Autor de feitos extravagantes no futebol brasileiro, o tigre vive dias
de gatinho na segundona do Mineiro.
Luiz Felipe Nunes
Belo Horizonte/MG
Time campeão mineiro de 2005 posa no Mineirão cheio de cruzeirenses. Foto: Terra Esportes |
Era início de 1998. A cidade de Ipatinga, 10ª maior do estado de Minas
Gerais, possuía uma boa estrutura para esportes, principalmente o estádio
Ipatingão, um dos maiores de MG. Apesar dessas características, a cidade não
tinha um clube de expressão no estado. Após um esforço do atual presidente
Itair Machado, junto com patrocinadores, o clube amador da cidade, o Novo
Cruzeiro, foi profissionalizado junto à federação Mineira de Futebol (FMF), e
logo após teve seu nome alterado para Ipatinga FC.
Com um crescimento prodígio, semelhante ao de clubes como Brasiliense e
Paraná Clube, o Ipatinga foi vice-campeão mineiro pela primeira vez em 2002.
Naquele ano,os grandes clubes do estado disputaram a Copa Sul-Minas. Menos de
dez anos após sua fundação, o Tigre firmava uma parceria com o Cruzeiro, que
cedeu vários atletas ao clube do Vale do Aço. Na época, o Ipatinga foi chamado
por torcedores como Cruzeiro B, ou Cruzeirinho.
A parceria deu muito certo. Em 2005, o campeonato mineiro foi decidido
entre Matriz e Filial, como foi classificado o confronto pelos mineiros e pela
imprensa, e a grande surpresa da década no futebol Mineiro ficou a cargo do
primeiro título mineiro do Ipatinga. Naquele ano, o time também chegou no
quadrangular final da Série C, terminou na 3ª posição e não alcançando a
promoção.
Em 2006, na revanche da final de 2005, o Ipatinga perdia o Mineiro para
o Cruzeiro. Porém, a derrota não atrapalhou a temporada do Ipatinga, que
terminava novamente na 3ª posição na Série C e, beneficiado pela mudança do
regulamento da competição, conseguia o acesso à Série B de 2007, onde alcançou
o feito máximo até hoje na história do Clube. O Ipatinga termina a Segundona na
2ª colocação, numa disputa inesquecível, onde segurou a taça de campeão até o
último minuto, quando o Coritiba virou para 3x2 a partida contra o Santa Cruz,
no Recife. De todo jeito, pela primeira vez na história, o Vale do Aço mineiro
estava na elite do futebol nacional.
O ano de 2008, que marcava a participação do Ipatinga na Série A, terminou
como um ano de rebaixamentos. Apesar de toda a moral adquirida com o acesso à
Série A, o Ipatinga não se garantiu no Mineiro, e foi rebaixado ao Módulo II.
No Brasileirão também não foi diferente, e o Tigre retornava à Série B de 2009
rebaixado.
Após um 2009 fraco, o tive retornava à elite mineira em 2010 em grande
estilo. Vice campeão estadual, sendo derrotado pelo Atlético na final. A
campanha na Série B, porém, foi decepcionante. O Ipatinga terminou o campeonato
na 19ª colocação, e foi rebaixado à Série C. Em 2011 o time foi novamente
rebaixado no Mineiro, mas garantiu presença na Série B com o 3º lugar da Série
C.
Apenas 7 anos após o primeiro título mineiro, o Ipatinga experimentou 2
rebaixamentos no estadual, 3 promoções e 2 rebaixamentos de divisões nacionais.
Em 2012, o Tigre disputa o Módulo II do campeonato mineiro e a Série B
Nacional, e a estreia no estadual não foi das melhores: empate em 0x0 com a
Tombense.
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