Avanti Palestra: Uma pedra no caminho palmeirense
Depois de muito esforço, o
Palmeiras chegou à final da Copa do Brasil, mas seu adversário, embora de menos
nome, não tem nada de bobo, e promete bater de frente com os paulistas em busca
dessa taça, que espaçou de suas mãos no último ano
@Vinicius Brino e Diego
Henrique de Carvalho
Ribeirão Preto e Taboão da Serra – SP
Ribeirão Preto e Taboão da Serra – SP
Foto: Site Oficial do Coritiba |
É verdade que, quando se
configuraram as semifinais, todos esperavam (e muitos torciam) por um
“Choque-Rei” na decisão da Copa do Brasil deste ano. Mas no lugar do São Paulo,
surgiu um intruso chamado Coritiba. E se engana quem acredita que isso seja
motivo de alívio para os jogadores do Palmeiras, que, em tese, têm um
adversário mais fraco pelo caminho.
Isso porque existem vários
motivos que servem de alerta ao Palmeiras e não se limitam às próprias
deficiências do time paulista. O primeiro deles, o mais óbvio e de fácil (para
os palmeirenses, triste) lembrança: os acapachantes 6x0 que eliminaram o Verdão
logo no primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil do ano passado, no
Couto Pereira (porque no segundo, somente um acaso semelhante permitiria o
revés do Palmeiras, que venceu, mas com insuficientes 2x 0).
Além disso, são seis os
remanescentes do Coxa que participaram daquela goleada histórica e estarão em
campo nesta noite, na Arena Barueri: Jonas, Emerson, Pereira e Lucas Mendes,
que formam a mesma defesa de 2011, o meia-atacante Rafinha e o técnico Marcelo
Oliveira.
Ocorre que naquela mesma
edição de Copa do Brasil, o Coritiba não só derrubaria impiedosamente seu rival
desta noite, como, também, chegaria à final e, por pouco, não levantaria a taça
diante do gigante Vasco da Gama. No entanto, como dito no início do parágrafo
anterior, a coisa não pára por aí. O Coritiba é um time organizado, que manteve
a base do ano passado, sob o comando do mesmo treinador.
É claro que também existem
defeitos no alviverde paranaense, que faz poucos gols como visitante (marcou apenas
um nesta Copado Brasil). No Couto Pereira, porém, é praticamente imbatível: na
competição, venceu todos com, pelo menos, dois gols de diferença.
Foto: globoesporte.com |
E aí, provavelmente esteja o maior perigo para o Palmeiras: não vencer
em Barueri ou vencer por poucos gols. Pois derrotar o Coxa em Curitiba não será
fácil para os comandados de Felipão. Foi assim em 2011,
nas quartas. Foi assim com o São Paulo na semifinal deste ano, na qual o
Tricolor venceu pelo placar mínimo no Morumbi e, com 2 a 0, foi eliminado fora
de casa.
Além disso tudo, também pesa em prol do Coxa a estabilidade da equipe,
atual tricampeã paranaense e que no ano passado, além do vice nesse mesmo
torneio, brigou por vaga na Libertadores, por meio do Campeonato Brasileiro,
até a última rodada.
Junte isso ao fato de o Coritiba não ter a mesma pressão sob suas costas
e já temos um forte adversário para bater de frente com o alviverde paulista. É
claro que nenhum Coxa Branca quer ver seu time com um “bi vice” da competição,
mas eles não estão em jejum de títulos como o Palmeiras, já que sua camisa não
é tão grande quanto a do adversário, e, consequentemente, suas cobranças também
não.
Por fim, o Palmeiras não terá Hernán Barcos, um de seus melhores
jogadores (se não o maior), nas duas partidas, já que ele sofreu de uma crise
de apendicite, e terá que ser operado. Além disso, Henrique, uma das peças-chave
da equipe, foi expulso na segunda partida da semifinal, contra o Grêmio, e não
joga o primeiro jogo. Já Marcos Assunção, outro importante nome do time,
precisa tomar cuidado, já que está pendurado.
Foto: globoesporte.com |
Complicou? Sim, mas quem disse que seria fácil? A grande chance do
Palmeiras quebrar esse incômodo tabu apareceu. Com uma grande pedra, que pode
muito bem virar esse jogo, no caminho. Mas apareceu.
Só o tempo dirá quem levará esse caneco, mas com certeza podemos esperar
dois jogos muito disputados.
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