Prova ficou marcada pelo
acidente causado pelo francês Romain Grosjean na largada.
Por Lívio Galdeano
São Caetano do Sul/SP
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| Grosjean voa depois de causar acidente (fonte: motorsport.con) |
Um mês após a corrida na
Hungria todos esperavam quais seriam as novidades trazidas pelas equipes para a
metade final do campeonato que é um dos mais disputados dos últimos anos.
Porém, a sexta-feira que seria o dia ideal para as equipes testarem os carros
foi desperdiçada em razão das fortes chuvas que caíram no circuito de Spa, fato esse que fez com que ninguém marcasse
tempo no segundo treino livre.
No sábado o que se viu foi
uma pole tranquila de Button, tendo como adversário forte pela vitória o
espanhol Fernando Alonso que largaria apenas na quinta colocação.
Antes da primeira curva a
situação do piloto inglês ficou mais fácil, em razão de um erro grande de
Grosjean. O piloto da Lotus tentou fechar a porta de Lewis Hamilton, porém os
dois se tocaram e perderam o controle de seus carros, como conseqüência Alonso,
Kamui Kobayashi, Sergio Perez e Pastor Maldonado (que havia queimado a largada)
foram atingidos. Dos cinco pilotos envolvidos, apenas Maldonado e Kobayashi
conseguiram continuar na prova e o safety car foi acionado para que a pista
pudesse ser limpa de tantos destroços espalhados.
Após a corrida ser retomada,
o que se viu foi um amplo domínio de Button que em nenhum momento teve a
vitória ameaçada. Talvez até pela grande tranqüilidade o piloto da McLaren mau
apareceu na transmissão televisiva. O grande destaque da prova foi o alemão
Sebastian Vettel que largou em décimo e se manteve na mesma posição depois da
confusão na largada. O atual bicampeão do mundo veio de trás e fez uma grande
sequência de ultrapassagens nas duas últimas curvas da pista, sempre colocando
por fora para fazer a primeira curva e realizar a ultrapassagem na curva
seguinte em que ficava do lado de dentro da pista. Ao final alcançou a segunda
posição que lhe foi suficiente para se tornar vice-líder do campeonato e ver a
diferença para Alonso cair para 24 pontos.
Dessa vez os pilotos
brasileiros foram bem na prova, Felipe Massa conseguiu chegar em quinto lugar,
enquanto Bruno Senna fez uma bela apresentação mas foi prejudicado por um erro
de estratégia da Williams que o fez despencar para a 12ª posição, aliás Michael
Schumacher também foi prejudicado por erro de estratégia da Mercedes, equipe
que cada vez mais anda pra trás no campeonato com relação aos concorrentes
diretos.
A próxima corrida em Monza
deve demonstrar de fato as evoluções que as equipes fizeram nos carros no mês
de agosto e será possível ver qual o possível rumo que o campeonato deve tomar
para as últimas oito etapas.
Punição
a Grosjean não era aplicada desde 1994
O piloto francês da Lotus
tem se notabilizado ao lado de Maldonado por protagonizar uma série de
acidentes no ano. Porém, dessa vez o acidente provocado por Grosjean tomou
proporções muito grandes e perigosas. Alonso e Kobayashi viram carros passarem
a alguns centímetros de acertarem suas cabeças. Então a FIA decidiu que era
necessário que algo fosse feito para chamar atenção de um piloto que está sendo
no mínimo imprudente em sua conduta e não restou outra alternativa a não ser
punir Grosjean com a suspensão por uma corrida. Hoje a Lotus anunciou que o
piloto reserva Jérôme D’ambrosio que correu pela Marussia ano passado ocupará o
lugar de Grosjean em Monza.
A última vez que esse tipo
de punição foi aplicada aconteceu em 1994 quando Eddie Irvine a bordo de sua
Jordan causou um acidente com Jos Verstappen da Benneton, Martin Brundle da
McLaren e Eric Bernard da Ligier na reta oposta de Interlagos. À época, o novato
piloto norte irlandês foi punido com
uma suspensão de três corridas e claramente diminuiu sua
imprudência após a punição. Espera-se que o mesmo aconteça com Grosjean e que
sirva de exemplo para Pastor Maldonado que novamente foi punido por causar um
acidente com Timo Glock, resolva rever sua postura, pois pode ser o próximo a
sofrer o mesmo tipo de punição.
Abaixo o vídeo que causou a punição de Irvine em 1994
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