Flamengo pede ajuda para Olympikus, que responde 'não', e negocia com Adidas
Flamengo pediu para que Olympikus ajudasse a pagar
Ronaldinho, o que foi negado pela fornecedora.
Por Caio Caetano
Rio de Janeiro/RJ
Patrícia (esquerda) e Túlio (direita) em discurso |
A relação entre Flamengo e Olympikus parece estar
estremecida, o estopim para a crise foi quando representantes do clube foram
até São Paulo para pedir ajuda à parceira para quitar os atrasados e arcar com
os futuros meses de salário de Ronaldinho Gaúcho – aproximadamente 1 milhão e
200 mil por mês – a resposta foi um “não”.
Após isso, os representantes do time rubro-negro
iniciaram contatos com a fornecedora alemã, Adidas, para ser o novo fornecedor
esportivo do Flamengo.
O site UOL, apurou que a Olympikus , que paga salários
altos como o Love e Deivid, alega não arcar com o de Ronaldinho pois ser um salário
altíssimo e não obter o mesmo retorno comercial de épocas anteriores.
A primeira reunião entre ambas as partes, ocorreu na última
semana em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O encontro ocorreu
por intermédio de Assis, irmão e empresário de R10, que está envolvido nas
conversas, já que a Adidas quer ser a patrocinadora exclusiva do jogador, que
atualmente é patrocinado pela concorrente Nike. Além disso, a empresa pretende
fechar com o Fla para dominar as ações de marketing do ano do centenário do
clássico Fla x Flu, já que a empresa fornece material esportivo para o clube
das Laranjeiras.
Assis, que articula as conversas, foi condenado a prisão
por sonegação fiscal nesta terça-feira e pode ficar de quatro a cinco anos na
prisão. O empresário recorrerá em liberdade apesar do mandato de prisão.
Dirigente
da Olympikus responde, e alguns conselheiros do clube não vêem com bons olhos o
possível rompimento do contrato
“O clube é livre para fazer o que quiser. Só espero que
eles lembrem que temos um contrato até o fim de 2014 que reza uma série de
regras, cláusulas e compromissos. Além das parecerias para construção de museu
e lojas. Se acham que podem arranjar algo melhor e arcar com a multa, é uma
questão de disputa de mercado”, analisou, lembrando a multa de R$ 30 milhões em
caso de rescisão unilateral da parceria.
Um dos responsáveis pelas primeiras conversas entre Fla e
Adidas, o marido de Patrícia Amorim, Fernando Sihman, tomou as rédeas da
negociação. O cartola não gostou nada de ver suas ambições contrariadas pela
Olympikus e incendiou a disputa nos bastidores.
Sihman queria que o clube fechasse acordo com a SPR,
empresa especializada em licenciamentos esportivos, para a implantação de lojas
oficiais do clube, mas viu sua vontade ser vetada pela Olympikus. A fornecedora
não aprovou e decidiu que ela mesmo controlaria o lançamentos de lojas oficiais
do clube.
“Nós temos o direito de abrir lojas e vamos escolher o
que é melhor para a parceria Flamengo/Olympikus. Não queríamos ceder isso à
SPR. Isso pode até ter incomodado alguém, porém não posso fazer nada. Para nós,
o interessante é que a nossa empresa cuide desse processo de franquias”,
explicou Túlio Formícola.
O desentendimento entre as partes não é visto com bons
olhos por conselheiros e diretores do clube. Para muitos, algumas brigas
pessoais prejudicariam muito mais o clube, já que o clube segue sem um
patrocinador master e a fornecedora é a principal fonte de capital no atual
panorama financeiro do Clube de Regatas do Flamengo.
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