A seleção brasileira feminina de Basquete foi pré-convocada para as Jogos Olímpicos de Londres. Treinador José Antônio Tarrallo chamou 18 atletas para fase de treinamentos em Jundiaí.
Por Cleyton Santos*
Assistente Cláudio Cedra, treinador José Antônio Tarallo e a diretora de seleções feminina, a ex-jogadora Hortência concederam entrevista na sede da ACEESP, em São Paulo (Foto: Adílson Gomes/ACEESP)
A seleção feminina de basquete selecionou na última 5ªfeira as dezoito atletas que vão começar a treinar no dia 3 de maio, em Jundiaí, como preparação para os Jogos Olímpicos de Londres. O treinador José Antônio Tarallo também foi apresentado para a imprensa apela atual diretora de todas as seleções femininas da CBB, a ex-jogadora Hortência.
A coletiva que estava
prevista para começar as 11h teve um atraso de cerca de meia-hora, mas tudo por
conta de um contratempo: O Sul-Americano de Seleções foi cancelado, o que se
tornou um problema para toda a preparação da Seleção.
Hortência destacou que a
seleção chegou a recusar convites para torneios na China para participar do
Sul-Americano, que classificaria para a Copa América.
Logo após as palavras da
atual diretora, a palavra foi repassada para o treinador José Antônio Tarallo,
que divulgou a lista das 18 atletas. (veja ao final da texto)
Depois da divulgação da
lista, foram feitas perguntas para o treinador, que destacou que têm um estilo
defensivo, que foca bastante de destacar aprimoramentos, como passe, rebote
defensivo, rebote ofensivo, por exemplo.
Antes do término da
coletiva, um assunto foi citado em relação a ala Iziane, que está na lista para
os Jogos Olímpicos, e que como seria o pagamento para ela, pois ela mantêm
contrato com a WNBA. Hortência destacou que, a primeira questão era de se as
jogadoras têm real interesse em jogar pela seleção.
Após o término da coletiva
foi dado um espaço para que os repórteres pudessem fazer perguntas
individualmente, e com isso, o Leitura Esportiva fez três perguntas para o
treinador José Antônio Tarallo.
LE: Você disse que seu estilo é defensivo, que preza
bastante pelos fundamentos, e esse é um estilo bastante parecido com o do
treinador Rúben Magnano, da seleção masculina. Você tem ele como uma espécie de
espelho para seu trabalho?
Tarallo: Não, não utilizo
como espelho, mas sempre gostei, acredito que seja a maneira mais simples de
jogar com nossas equipes para poder jogar de igual para igual contra nossos
adversários. Obviamente é um técnico experiente, campeão olímpico, que não tive
oportunidade de conversar com ele, mas é um técnico muito importante pro
cenário do basquetebol brasileiro. Gosto muito com a maneira que ele comanda a
equipe.
LE: Como será o trabalho da Damiris, não digo para estes
Jogos Olímpicos, mas indo além, você consegue ver ela como uma liderança dessa
nova geração?
Tarallo: Sim, a Damiris é
uma menina encantadora. É o tipo da jogadora que chega antes do treino, treina
e continua treinado após a atividade, é muito focada, se cuida fisicamente, se
cuida mentalmente já foi nossa capitã no Mundial sub-19, é muito responsável,
liderou a equipe dela e nos momentos complicados, sempre assumiu a
responsabilidade. É claro que para este ano, ela ainda vai aparecer menos, mas
naturalmente, têm tudo para se tornar uma grande liderança no elenco.
LE: Jogadoras como Érika e
Iziane têm experiência no basquete norte-americano, a WNBA, e a Damiris agora
terá essa experiência. Qual é a importância que jogar nessas competições podem
ajudar essa seleção?
Tarallo: É de fundamental
importância, a jogadora que vivencia grandes competições de alto nível, melhora
cada vez mais, quanto mais jogadoras tivermos atuando em grandes competições, é
melhor. Tanto que não é a toa que das 21 atletas dos EUA, somente uma não atuou
na WNBA, todas as outras atuam no basquete norte-americano.
Segue abaixo a lista das 18
atletas:
Armadoras:
Adrianinha, 33 anos, 1,70 de
altura e joga no Basket Parma (ITA)
Bárbara, 26 anos, 1,80 de
altura e joga no Americana-SP
Joice, 25 anos, 1,74 de
altura e joga no Ourinhos-SP
Tássia, 19 anos, 1,79 de
altura e joga no Americana-SP
Alas/Armadoras:
Iziane, 30 anos, 1,82 de
altura e joga no Maranhão Basquete-MA
Jaqueline, 26 anos, 1,77 de
altura e joga no Santo André-SP
Karla, 33 anos, 1,72 de
altura e joga no Americana-SP
Palmira, 27 anos, 1,75 de
altura e joga no Catanduva-SP
Chuca, 33 anos, 1,82 de
altura e joga no Ourinhos-SP
Patrícia, 21 anos, 1,71 de
altura e joga no São José-SP
Alas:
Renata, 27 anos, 1,82 de
altura e joga no Maranhão Basquete-MA
Silvia, 29 anos, 1,83 de
altura e joga no Ourinhos-SP
Alas/Pivôs:
Damiris, 19 anos, 1,92 de
altura e joga no Minnesota Lynx (WNBA)
Franciele, 24 anos, 1,88 de
altura e joga no Hondarribia-Irun (ESP)
Gilmara, 31 anos, 1,92 de
altura e joga no Catanduva-SP
Pivôs:
Clarissa, 24 anos, 1,82 de
altura e joga no Catanduva-SP
Érika, 30 anos, 1,97 de
altura e joga no Perfumerias Avenida (ESP)
Nádia, 23 anos, 1,94 de
altura e joga no Santo André-SP
O Brasil vai fazer uma série
de amistosos contra a seleção australiana no final em junho, em Victoria (AUS),
depois fará uma série de confrontos contra a seleção norte-americana, entre os
dias 13 e 17 de julho, em Washington, e por último jogará um torneio internacional
em Lille, aonde enfrentará China, Austrália e França, entre os dias 17 a 23 de
julho.
A seleção ainda poderá
montar um quadrangular amistoso contra Chile, Argentina e mais uma seleção
convidada, para compensar o cancelamento do Sul-Americano de Seleções.
*Jornalista estava presente na coletiva da CBB.
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