Uma das principais forças da NBA nos últimos 15 anos, San Antonio segue no páreo na atual temporada
Pedro Muxfeldt – Rio de
Janeiro (RJ)
Fonte da Foto: FanSaloon.com |
Quando, em 1998, o Chicago
Bulls batia o Utah Jazz – com cesta histórica de Michael Jordan sobre Bryon
Russel – pelo título da temporada, o público presente ao Delta Center, em Salt Lake City, via
o fim de uma era.
Após aquele jogo, o maior
jogador de basquete de todos os tempos confirmou sua aposentadoria das quadras
e tinha início a chamada era pós-Jordan.
Nesse novo período, seis
times diferentes levantaram o caneco da liga. Um desses times é o San Antonio
Spurs. Vitorioso em quatro oportunidades (1999, 2003, 2005 e 2007), a franquia
do Texas tornou-se uma das principais forças do basquete norteamericano.
Fundada em 1967 como Dallas
Chaparrals, a equipe atou durante seus primeiros nove anos de existência na ABA
(liga de basquete que concorreu com a NBA durante as décadas de 60 e 70). Em
1976, com a fusão das duas ligas e já sob o nome atual, os Spurs iniciam sua
caminhada de sucesso. Comandados pelo “Iceman” George Gervin, a franquia vai
aos playoffs nas nove temporadas seguintes, porém não chega sequer às finais.
Gervin deixa San Antonio
rumo ao Chicago Bulls em 1985. Com ele, vão também as esperanças dos torcedores
locais e a equipe vive sua fase mais negra. Fora dos playoffs e com médias de
público cada vez menores, a franquia chega a ser ameaçada de realocação para
outras cidades. Contudo, em 1989, inicia-se uma revolução na equipe.
Nesse ano, o pivô David
Robinson – selecionado no draft de 87 – estreia pelos Spurs. Ex-fuzileiro
naval, o “Almirante” faz temporada incrível com mais de 20 pontos e 10 rebotes
de média e leva San Antonio de volta à pós-temporada.
Os anos vão passando,
Robinson ganha cada vez mais destaque – é eleito melhor jogador da temporada
1994-95 –, o elenco melhora, mas o título não vem.
Para piorar, no princípio do
campeonato 96-97, Robinson quebra o pé no sexto jogo da temporada e, sem ele,
os Spurs terminam o torneio na antepenúltima posição.
Depois da tempestade, porém,
veio a bonança. No draft de 97, os texanos selecionam a sensação da
Universidade de Wake Forest, Tim Duncan.
Com entrosamento
surpreendente, Duncan e Robinson, apelidados de Torres Gêmeas, devolvem os
Spurs aos holofotes. Derrotada por Utah nos playoffs de 98, a equipe inicia a
temporada seguinte com um único objetivo: fazer história.
Adiado pelo locaute da liga,
o torneio 98-99 fica reduzido a 50 jogos. Com 37 vitórias, San Antonio atropela
os rivais nos playoffs e faz 4 a
1 na final contra o New York Knicks tornando-se a primeira (e até hoje, única)
franquia remanescente da ABA a conquistar um título.
Apesar do bom elenco dos
Spurs, as três temporadas subseqüentes são controladas pelo Los Angeles Lakers
de Kobe Bryant e Shaquille O’Neal.
Em 2002, com a aposentadoria
iminente de David Robinson, já com 37 anos, chegam a San Antonio o armador
francês Tony Parker e o ala argentino Manu Ginóbili e os Spurs entram em sua
fase mais gloriosa. Em cinco temporadas, a equipe é campeã três vezes e se
estabelece de vez como uma das potências da liga.
Após o último título, em
2007, Ginóbili e Duncan passaram a conviver com uma série de lesões que minaram
consideravelmente as chances da equipe nos playoffs. Todavia, o excelente
trabalho realizado pelo técnico Gregg Popovich, comandante desde 96, manteve a
equipe jogando em alto nível nos últimos anos.
Na atual temporada, com suas
estrelas em boa forma e elenco reformulado, os Spurs fazem grande campanha.
Em uma semana, começam os
playoffs e por mais que equipes como Oklahoma e Chicago apresentem um basquete
mais bonito, é bom não descuidar de San Antonio pois o gatilho mais rápido do
Oeste, como se costuma dizer, sabe o caminho da vitória.
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