Os grandes jogos deste finais de semana podem trazer importantes lições para os mais variados times. No Flamengo não poderia ser diferente.
Daniel
Junior - @dcostajunior
Rio
de Janeiro/RJ
Imagem: amigao10.com.br |
Esse
final de semana, para quem curti futebol, é de se comer com os olhos, como
diriam os gaúchos. Temos pelo Brasil todo jogos importantes que entram na reta
final dos Estaduais; na Argentina Instituto e River Plate na luta pela
liderança da segunda divisão, tivemos Arsenal e Chelsea (um empate de 0 x 0 que
não diz o que foi o jogo), temos Barcelona e Real Madrid que traz as últimas
esperanças dos barcelonistas beliscarem a Liga Espanhola e temos, entre tantas
boas partidas, um Flamengo e Vasco.
Apesar
do Vasco da Gama estar classificado para próxima fase da Libertadores (a equipe
cruz-maltina enfrenta o Lanús pelas oitavas-de-final), ou seja, parece viver um
melhor momento em campo do que o time rubro-negro, clássico é clássico e
vice-versa, diria o poeta.
O
time do técnico Cristovão Borges mostra alguns períodos de instabilidade
durante as partidas e não tem a mesma pegada do ano passado, quando se destacou
como uma das melhores equipes do país, ganhando a Copa do Brasil e fazendo uma
ótima campanha na edição nacional do Brasileirão. Alguns jogadores não possuem
reservas (como Alecsandro da qual o Vasco tornou-se refém desde a saída de
Elton) e joga o clássico contra o time rubro-negro sem o melhor zagueiro do
Brasil, Dedé. Somente as últimas palavras já dizem muito ao torcedor vascaíno.
Pelo
Flamengo há quem diga que uma derrota significa a demissão do técnico Joel
Santana, após a saída turbulenta do técnico V. Luxemburgo em janeiro deste ano.
Ou seja, o técnico tem “mal e parcamente” 4 meses de trabalho. Entre
turbilhões, contusões e as manchetes que sempre se destacam quando o assunto é
Flamengo.
Até
o momento a diretoria do Flamengo não colocou essa “pressão maior” sobre a
comissão técnica. Muito tem sido dito na imprensa a respeito da demissão do
Natalino. Se o Flamengo for eliminado das finais da Taça Rio no dia 22 de
abril, ficaria 28 dias se preparando para o campeonato mais importante do
Brasil, a nova edição do Brasileirão.
Um
novo técnico teria pouco menos de 1 (um) mês para trabalhar e conhecer seu
elenco. Atualmente a diretoria está trabalhando na lista de dispensas. Acredito
que com o técnico Joel Santana, numa espécie de preparação para o fim do
primeiro semestre e início do segundo.
Joel
não é um técnico atualizado. Pelo contrário, suas virtudes mais exaltadas se
referem ao caráter pessoal, não ao profissional, onde ele mesmo gaba-se de ser
o Rei do Rio, por ter conquistado Estaduais pelos quatro grandes do Rio. É
verdade, mas atualmente isso é pouco para torcida e para o Clube de Regatas
Flamengo. Em ano de eleição, as crises e disses-me-disse
– boa parte criados dentro da própria Gávea – se avolumam e não garantem
tranqüilidade para qualquer treinador que aceite dirigir o clube carioca.
Por
outro lado, a derrota para o time vascaíno poderia servir de um “choque de realidade”
para o Flamengo que precisa rever seu trabalho, com um olhar mais simples.
Importante seria, por exemplo, definir seu elenco, preparar-se para janela,
enxugar a folha de pagamento em busca de jogadores pontuais e importantes para
algumas posições e fazer um contrato menos megalomaníaco com um treinador, se
este for o caso.
Sem
dúvida alguma, a derrota deverá ser emoldurada de amargura se for do time
rubro-negro.
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