EURO 2012: Mesmo boa defensivamente, Grécia sabe que 2004 não é parâmetro mais.
Luiz Guilherme de Almeida
Belo Horizonte - MG
Repetir
2004 é algo bastante utópico. E a própria Grécia sabe disso. O título europeu
histórico completa oito anos e de lá para cá o futebol grego mudou muito,
positiva e negativamente. Entretanto, ser novamente campeã européia não é a
grande prioridade grega para a Euro 2012.
A
Grécia, como país, está em frangalhos. A crise econômica que assola a nação
afetou diretamente também o futebol jogado por lá, fazendo seus clubes enfrentar
enormes dificuldades financeiras para se manterem. O Campeonato Nacional decaiu
muito tecnicamente e vai aos poucos minando as equipes tradicionais que
anteriormente davam trabalho, como o Olympiakos, o PAOK e o Panathinaikos.
Nesse contexto, o futebol grego se esforça para manter-se coeso de forma hercúlea (perdoem o trocadilho) e chega para a Euro como franco atirador, sem grandes expectativas. Mas não podemos nos enganar achando que não há cobranças. Depois de classificar-se de forma invicta no grupo de qualificação para o torneio europeu, a Grécia chega buscando a classificação à segunda fase em um grupo em que isso é possível, tentando apagar e mostrar melhor futebol do que a pífia campanha na edição passada, que ficou marcada pelas três derrotas e apenas um gol anotado.
Nesse contexto, o futebol grego se esforça para manter-se coeso de forma hercúlea (perdoem o trocadilho) e chega para a Euro como franco atirador, sem grandes expectativas. Mas não podemos nos enganar achando que não há cobranças. Depois de classificar-se de forma invicta no grupo de qualificação para o torneio europeu, a Grécia chega buscando a classificação à segunda fase em um grupo em que isso é possível, tentando apagar e mostrar melhor futebol do que a pífia campanha na edição passada, que ficou marcada pelas três derrotas e apenas um gol anotado.
Com
sete vitórias e três empates, a Grécia se classificou em primeiro, mas não
empolgou. O futebol é muito mais defensivo e até aceitável, para uma equipe que
sofre muito em produzir lá na frente. A defesa continua sólida. Avraam
Papadopoulos, do Olympiacos, é titular e foi eleito o jogador do ano no futebol
grego. O jovem de apenas 20 anos, Kyriakos Papadopoulos, do Schalke 04, fez
excelente temporada na Alemanha e chega conquistando seu espaço. Sokratis
Papastathopoulos, do Werder Bremen também é mais um bom nome no setor.
Os
laterais Holebas e Torosidis são os titulares pelos lados. Ambos são bons
jogadores que apoiam bem e compensam a marcação com dedicação. Ajudam bastante
nos movimentos ofensivos da equipe, uma vez que lá na frente tem faltado
volume.
O
meio é burocrático. Produz pouco ofensivamente o que acaba por desequilibrar as
ações de jogo da equipe. Entretanto o
bom Sotiris Ninis é a esperança de algum brilho. Considerado a grande revelação
do futebol grego, o meia-direita do Panathinaikos de 22 anos atuou pela
primeira vez pelo clube aos 17 anos e pela seleção aos 18. Esteve na Copa do
Mundo de 2010 mas atuou pouco. Arma com boa visão de jogo e agilidade, além de
pegar bem em chutes de fora da área. Desembarca na Euro voltando de grave lesão
no joelho em setembro, jogando apenas o final da temporada. Difícil cravar
alguma coisa.
Fernando
Santos é o comandante grego na competição. O treinador de 57 anos de larga
experiência no futebol grego dirigiu clubes como AEK, Panathinaikos e PAOK. Seu
retrospecto na seleção é bom, pois sob seu comando a equipe só perdeu uma vez.
Desde que assumiu tem feito uma renovação na equipe grega, deixando nomes já batidos e velhos fora de suas listas e introduzindo aos poucos os novos valores. Santos já convocou 55 jogadores, 18 deles pela primeira vez. Conhecido pelo seu foco no planejamento tático, ele tem implantado na Grécia o esquema 4-3-3, com Gekas sendo seu homem de referência no ataque. Samaras tem liberdade para atuar por ambos os lados e tentar municiar os movimentos ofensivos. O meio de campo destroi efetivamente mas constrói muito pouco. Pelos lados a equipe se solta mais com os laterais mais ofensivos. A defesa permanece o ponto forte da equipe, que também conta com o bom Alexandros Tzorvas no gol.
Desde que assumiu tem feito uma renovação na equipe grega, deixando nomes já batidos e velhos fora de suas listas e introduzindo aos poucos os novos valores. Santos já convocou 55 jogadores, 18 deles pela primeira vez. Conhecido pelo seu foco no planejamento tático, ele tem implantado na Grécia o esquema 4-3-3, com Gekas sendo seu homem de referência no ataque. Samaras tem liberdade para atuar por ambos os lados e tentar municiar os movimentos ofensivos. O meio de campo destroi efetivamente mas constrói muito pouco. Pelos lados a equipe se solta mais com os laterais mais ofensivos. A defesa permanece o ponto forte da equipe, que também conta com o bom Alexandros Tzorvas no gol.
Papadopoulos; precocidade e talento. Foto: Schalke 04 Oficial |
Destaque – O
jovem zagueiro Kyriakos Papadopoulos vem se consolidando como um jogador de
muito futuro pela seleção. Sua temporada pelo Schalke 04 foi bastante elogiada
pela imprensa alemã e pelo treinador, que lhe deu a primeira oportunidade pela
seleção em 2011. Até aqui são sete partidas e dois gols marcados com a camisa
helênica.
É
um zagueiro alto e de ótimo jogo aéreo. Sua boa impulsão faz com que ele seja
tanto ameaça ao ir à frente quanto transmite segurança ao defender. Citando
segurança, essa é outra característica do seu jogo. Na Bundesliga mostrou-se um
zagueiro seguro em seu posicionamento e firme nas jogadas. Pode também atuar
como primeiro volante, pois tem boa antecipação. Peca um pouco ao dar saída de
bola sendo que ainda é preciso evoluir no fundamento do passe.
Credenciado
pelas boas qualidades e bom futebol mostrado, sua juventude e precocidade
também chama a atenção. É o jogador mais jovem a atuar profissionalmente na
Grécia, estreando com apenas 15 anos e 283 dias de idade. Aos 18 anos chegava à
Alemanha e aos 20 já era titular de sua seleção. Fez parte da Seleção do
Campeonato Europeu Sub-19 em 2007, tendo ainda 15 anos.
Os pré-convocados
(dois serão cortados):
Goleiros: Kostas Chalkias (PAOK), Michalis Sifakis (Aris), Alexis Tzorvas (Palermo/ITA);
Defensores: Avraam Papadopoulos (Olympiacos), Sokratis Papastathopoulos (Werder Bremen/ALE), Vassilis Torosidis (Olympiacos), José Holebas (Olympiacos), Stelios Malezas (PAOK), Yiannis Maniatis (Olympiacos), Giorgos Tzavellas (Monaco/FRA), Kyriakos Papadopoulos (Schalke 04/ALE);
Meio-campistas: Yiannis Fetfatzidis (Olympiacos), Grigoris Makos (AEK), Costas Katsouranis (Panathinaikos), Giorgos Fotakis (PAOK), Costas Fortounis (Kaiserslautern/ALE), Giorgos Karagounis (Panathinaikos), Alexandros Tziolis (Monaco/FRA), Sotiris Ninis (Panathinaikos), Panayiotis Kone (Bologna/ITA);
Atacantes: Georgios Samaras (Celtic/ESC), Dimitris Salpingidis (PAOK), Costas Mitroglou (Olympiacos), Nikos Liberopoulos (AEK), Fanis Gekas (Samsunspor/TUR).
Goleiros: Kostas Chalkias (PAOK), Michalis Sifakis (Aris), Alexis Tzorvas (Palermo/ITA);
Defensores: Avraam Papadopoulos (Olympiacos), Sokratis Papastathopoulos (Werder Bremen/ALE), Vassilis Torosidis (Olympiacos), José Holebas (Olympiacos), Stelios Malezas (PAOK), Yiannis Maniatis (Olympiacos), Giorgos Tzavellas (Monaco/FRA), Kyriakos Papadopoulos (Schalke 04/ALE);
Meio-campistas: Yiannis Fetfatzidis (Olympiacos), Grigoris Makos (AEK), Costas Katsouranis (Panathinaikos), Giorgos Fotakis (PAOK), Costas Fortounis (Kaiserslautern/ALE), Giorgos Karagounis (Panathinaikos), Alexandros Tziolis (Monaco/FRA), Sotiris Ninis (Panathinaikos), Panayiotis Kone (Bologna/ITA);
Atacantes: Georgios Samaras (Celtic/ESC), Dimitris Salpingidis (PAOK), Costas Mitroglou (Olympiacos), Nikos Liberopoulos (AEK), Fanis Gekas (Samsunspor/TUR).
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