Pouca inspiração marca Náutico e Cruzeiro, que empatam sem gols.
Em jogo ruim e de muita
transpiração, Náutico e Cruzeiro erram bastante e ficam com o empate no Recife.
Luiz Guilherme de Almeida
Belo Horizonte - MG
Muita disputa e pouco futebol marcaram a partida Foto:http://blogs.diariodepernambuco.com.b |
Foi um jogo de muita pegada,
marcação forte e muito esforço. Mas o placar que importa mesmo, não foi mudado.
Náutico e Cruzeiro jogaram ontem a noite nos Aflitos, pela segunda rodada do
Campeonato Brasileiro e terminaram a partida em um 0x0 sem graça.
Pelo segundo tempo, a equipe
pernambucana jogou melhor e foi mais contundente, mas esbarrou em uma forte
marcação celeste e na boa atuação do goleiro Fábio.
O resultado mantém as duas
equipes sem vencer. O Cruzeiro segue invicto na competição, mas com dois
empates. Entretanto, sem ter marcado gols nem levado. Já o Náutico, conquista o
primeiro ponto na competição após a derrota para o Figueirense na estréia.
Primeiro
Tempo
Náutico e Cruzeiro fizeram
um jogo bastante movimentado e disputado no primeiro tempo. As equipes entraram
em campo com esquemas espelhados, atuando no 4-5-1, tendo apenas um jogador de
referência no comando dos ataques. A marcação foi a tônica em um primeiro tempo
sem muita inspiração, mas refleto de transpiração. Tentando diminuir os espaços e aproveitando
de um campo pequeno, a instrução era marcar forte a saída de bola de ambos os
lados, o que proporcionou também um festival tentativas de ligações diretas entre
as defesas e os ataques.
A equipe pernambucana,
empurrada pela sua fanática torcida tentou imprimir um ritmo veloz no seu jogo,
mas esbarrou bastante na precisa marcação cruzeirense no meio campo. As equipes
se alternavam nas estratégias ofensivas, uma vez que o Cruzeiro apostava nas
jogadas pelos flancos, utilizando Montillo como segundo atacante, enquanto o
Náutico insistia em batalhar pelo meio. Entretanto ambas as equipes mostraram
bastante disposição na marcação e conseguiram anular grande parte dos
movimentos ofensivos da outra.
O técnico Alexandre Gallo
optou por fazer uma marcação individual em Montillo, porém o jogador deu
trabalho com sua movimentação à defesa pernambucana. Derley, sempre fiel em
acompanhar o jogador, abusou um pouco das faltas, mas conseguiu passar sem
levar cartão.
Na primeira etapa Gallo
poderia ter explorado mais os lados do campo como alternativa, mas preferiu
conter o avanço dos seus laterais, talvez em receio de ser surpreendido pela
movimentação da equipe cruzeirense.
Já o Cruzeiro, chegou
algumas vezes à frente, criou algumas oportunidades mas não foi contundente.
Preferiu manter a posse de bola e apostar em jogadas mais agudas pelos lados do
campo sem muito sucesso. O que chamou a atenção foi a boa marcação imposta pela
equipe principalmente pelo meio campo, enquanto que quando se lançava ao ataque
chegava com a presença dos volantes. O estreante Tinga fez bem o papel na
distribuição da bola e no combate, liberando um pouco mais Souza que tentava auxiliar
Montillo e W. Paulista. Via-se aos poucos o que pretende Celso Roth para sua
equipe; marcação forte e chegada com volume à frente.
Ressalta o fato de que o
volante Charles, que deveria ter sido expulso pelo acúmulo de cartões amarelos,
acabou tendo uma de suas punições aplicadas a Diego Renan, em uma jogada em que
os dois chegaram junto em Araújo para cometerem falta.
O primeiro tempo terminou
sem grande número de chances claras para nenhum dos lados.
Segundo
Tempo
A segunda etapa foi bastante diferente. O Náutico voltou mais a
fim de jogo e dominou os primeiros minutos. Chegava com velocidade e finalmente
passou a explorar os flancos. A entrada do volante Souza ex-Palmeiras deu maior
consistência ao meio campo pernambucano que passou a dominar o setor. O jogador
passou a conduzir a bola e distribuir o jogo, algo que não havia sido feito na
primeira parte. Alexandre Gallo viu que precisaria forçar o jogo um pouco mais
caso quisesse a vitória, dessa forma lançou mão de um esquema mais ofensivo,
com a entrada de Raynner na frente com Araújo.
O Cruzeiro ainda marcava forte, chegava junto e conseguia controlar as investidas da equipe adversária, mas em diversos momentos recuou demais e deixou-se pressionar, aceitando tal risco em troca dos contra-ataques que começaram a surgir. Porém a equipe, pouco inspirada, produzia tímidamente lá na frente. A entrada de Wallyson tentava dar maior velocidade na saída para o ataque, mas o atacante entrou desintonizado na partida.
O Cruzeiro ainda marcava forte, chegava junto e conseguia controlar as investidas da equipe adversária, mas em diversos momentos recuou demais e deixou-se pressionar, aceitando tal risco em troca dos contra-ataques que começaram a surgir. Porém a equipe, pouco inspirada, produzia tímidamente lá na frente. A entrada de Wallyson tentava dar maior velocidade na saída para o ataque, mas o atacante entrou desintonizado na partida.
No final da partida, o
Náutico passou a pressionar ainda mais e obrigou o goleiro Fábio a trabalhar
bastante, fazendo defesas bastante difíceis. Entretanto a pressão não surtiu
efeito. Ambas as equipes, falhando bastante nas finalizações, encerraram uma
partida movimentada em um moroso 0x0.
Para o Náutico ficou um
empate em casa depois de um segundo tempo de pressão. A equipe de Alexandre
Gallo mostrou-se insegura da defesa que não conseguia dar qualidade na
transição para o ataque, forçando por demais as ligações diretas e chutões.
Porém o time é muito veloz e tem uma boa movimentação, o que pode dar trabalho.
O Cruzeiro de Celso Roth
marca muito forte, chega junto em todas as jogadas e cometeu muitas faltas.
Porém já se nota o trabalho do treinador surtindo o efeito que ele busca, uma
vez que a pegada não era característica da equipe com Vágner Mancini no
comando. Sofrendo com a falta de criatividade, a equipe aposta muito em jogadas
de Montillo e a chegada dos laterais, porém isso apenas é pouco. Talvez o
esquema com apenas um atacante não seja a melhor opção ofensiva, entretanto melhor
solidez defensiva começa a ser notada no time.
O empate ficou de bom tamanho nos Aflitos. Ambas as equipes mostraram
disposição mas foi pouco para conseguirem a vitória. A bola voltará a
rolar no dia 6 de junho, quarta-feira, quando o Náutico irá ao Rio de Janeiro,
onde encara o Vasco, às 20h30m em São Januário. Já o Cruzeiro jogará na
quinta-feira, também no Rio de Janeiro, contra o Botafogo, às 20h30m, no
Engenhão.
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