O dia em que Maldonado foi Senna
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GP da Espanha é um divisor de águas em temporadas que um piloto mandava
e desmandava nas pistas
Daniel Junior - @dcostajunior
Rio de Janeiro/RJ
GloboEsporte/Reuters |
Ninguém imaginava que a RBR pudesse perder a hegemonia do ano passado de
uma forma tão convincente e muito menos que tal derrota não se desse para
apenas uma equipe, mas para três!
McLaren, Lotus e Williams evoluíram ou mesmo a teoria de Tostines ganha
mais espaço: a RBR piorou e declinando da sua qualidade, permitiu que as outras
equipes, com atualizações que não chamavam muito a atenção na pré-temporada,
transformassem a edição de 2012 na mais emocionante disputa nos últimos ‘não
sei quantos anos’.
A vitória de Pastor Maldonado foi espetacular. Assim como é
impressionante como o príncipe das Astúrias, Fernando Alonso, consegue tirar
leite de pedra deste carro vermelho que continuamos chamando de Ferrari,
lembrando a época bem ruim que viveu, por exemplo, o piloto italiano Michelle
Alboreto.
E talvez com mais ousadia, Raikkonen conseguisse um resultado melhor
(não que um terceiro lugar se jogue fora) e pudesse aparecer no retrovisor de
Alonso. Dessa vez não deu, mas está esquentando a vitória da Lotus, que seria
fantástica a esta altura.
Detalhe especial para corrida do venezuelano Maldonado, que teve o apoio
correto e sem erros da sua equipe e que não sentiu em nenhum momento a pressão
do piloto ferrarista, tendo conquistado a vitória especialmente por ter
antecipado sua parada no boxe. O carro mostrou confiabilidade e com boas
estratégias, pode beliscar mais 2 ou 3 vitórias na temporada.
Os aspectos negativos ficam com os brasileiros: B. Senna tem se
envolvido em vários acidentes com um carro que já demonstrou condições de
competitividade. Talvez a ansiedade seja a principal inimiga do piloto
brasileiro, que foi aposta de F. Williams para o lugar do experiente R.
Barrichello. Até aqui o venezuelano tem demonstrado conhecer melhor o carro e
tem sido mais regular. Não me espantaria se o nome de Rubens ressoasse nos
padocks no meio da temporada.
Já Felipe Massa é um exemplo clássico de um piloto que não tem um bom
‘relacionamento’ com seu carro. Quase nunca roda no meio do pelotão e faz
corridas mornas e chatas, completamente desanimadoras. Também está se tornando
um especialista em
desculpas. Se B. Senna peca pela inexperiência, Massa refuga
em um momento decisivo para sua carreira. Dificilmente o piloto irá dirigir
novamente um carro de uma equipe de ponta.
O GP de Mônaco poderá não trazer tanta emoção quanto o deste último
domingo, por conta da característica da pista, mas poderemos ter um sexto
vencedor, em seis corridas em 2012. Façam suas apostas!
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