Francês chega para tentar arrumar um dos maiores defeitos do time de Lebron e Wade na busca pelo título
Vinicius Carvalhosa
Basquete (Pick and Roll)
Rio de Janeiro/RJ
Jogador já passou pelo Knicks. Foto: Getty Images |
O francês foi dispensado pelo Denver Nuggets logo que chegou na troca que levou também seu companheiro JaVale McGee para o time e enviou Nenê para Washington DC. Após o interesse demonstrado por algumas franquias, ele acabou assinando com a equipe da Florida, que buscava a qualquer custo alguém para ajudar na rotação de garrafão: além do diretor Pat Riley e do técnico Erik Spoelstra, as estrelas do time Lebron James e Dwyane Wade também ajudaram a “recrutar” o ala-pivô. Já recuperado da lesão na mão que o afastou das quadras no início da temporada, Turiaf chega com a missão de melhorar um pouco um dos maiores defeitos do elenco.
O garrafão sempre foi um problema para o Heat. Desde que chegou à South Beach, o craque Chris Bosh logo afirmou que nunca mais queria ser improvisado por muito tempo como pivô, como acontecia no Toronto Raptors. Caso aceitasse, o time poderia facilmente usar o útil Udonis Haslem na posição 4 ao lado de Bosh. Embora joguem juntos bons minutos, Haslem é baixo demais para ficar no interior do garrafão por muito tempo, já que tem apenas 2,03m. O titular Joel Anthony é inexistente no ataque, marcando apenas 3.2 pontos por jogo, e não pega tantos rebotes (4.2) ou dá tocos (1.3) como se espera de um pivô defensivo. Os reservas Dexter Pittman e Eddy Curry jogam pouco e não passam confiança. A franquia chegou ao ponto de assinar com o bom defensor Mickell Gladness, de 2,11m, mas que desde que saiu da NCAA em 2008 (onde jogou por Alabama A&M e chegou a distribuir 16 tocos em um jogo, recorde universitário) nunca havia jogado na NBA – passou pelo basquete holandês e pela D-League. Agora que seu segundo contrato de dez dias expirou após jogar apenas 3.5 minutos por jogo em oito aparições, o espaço foi aberto para Turiaf.
A tarefa do francês em quadra será tentar contribuir o máximo de tempo que puder improvisado na posição 5 – já jogou bastante ali pelo Knicks – e garantir boa defesa e muita disposição. Pode até acertar um ou outro de seus jumpers razoáveis (tem médias de 5.2 pontos e 3.8 rebotes na carreira), mas isso não é prioridade, já que a equipe nunca exigiu produção ofensiva dos pivôs – já tem Lebron, Wade e Bosh para pontuar. Ou seja, só precisa fazer o que sempre fez. Com a experiência de quem já superou até uma delicada cirurgia cardíaca e voltou a jogar um esporte de alto rendimento, Ronny traz o que o Heat mais precisa para chegar ao título: coração.
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