O time do
Vasco, que tinha na união a sua principal marca, vai ter que colocar a mão na
consciência. O quanto antes.
Por Wilson Hebert
Rio de Janeiro/RJ
Felipe entrou no intervalo para jogar contra o Alianza. Foto: Ide Gomes/Frame/Agência Estado/Globoessporte |
Não que o técnico Ricardo
Gomes tenha que passar por nova operação em decorrência do seu AVC. Mas caso
ele volte mesmo a assumir o time do Vasco no meio do ano, poderá chegar já
precisando operar uma fratura exposta: a aparente desunião do grupo.
Ainda é cedo para fazer
qualquer diagnóstico. Mas infelizmente não temos mais motivos para achar que o
elenco vascaíno seja puro companheirismo. O meia Felipe deflagrou tal fato nas
suas palavras após a partida contra o Alianza Lima nesta terça:
- Quando eu estiver atrapalhando, não tem problema nenhum. Posso pendurar
as chuteiras ou voltar para o Qatar e jogar meu futebolzinho lá - disse
em entrevista a Rádio Tupi.
Dispensamos comentários
sobre a qualidade do jogador. Isso é fato consumado. Reconhecemos também a sua
total liberdade em discordar dos métodos adotados pelo treinador, o que não é
feio nem falta de respeito. O conversado não sai caro, já diziam algumas
pessoas de gerações anteriores.
Mas não custa pedir e
lembrar ao atleta o quão importante é não expor o grupo. É lógico que ele não está
gostando da reserva. Ele não precisa disfarçar, pois até o teclado usado para
redigir este post sabe que a vontade dele é ser titular e poder ajudar o time
de coração.
Mesmo na reserva, a
contragosto, ele ainda pode ser útil. Quando entra, como foi o caso nesta
segunda partida da Libertadores de acordo com análise de Felippe Cardoso, da Rádio
Globo (este que vos escreve não viu a partida, apenas ouviu) e internamente,
passando suas sabedorias adquiridas com sua experiência aos mais jovens.
Só que desse jeito, falando o
que falou, ele perde a chance de ajudar e perde a oportunidade de não
atrapalhar. É claro que o Cristóvão não é um técnico rodado, com bagagem,
multicampeão. Entretanto, pro trabalho dar certo como deu no ano passado, ele
precisa do apoio dos jogadores. De preferências dos líderes.
Entendeu, Felipe?
Hebert, respeito por formação qualquer comentário. Mas considero que deveria analisar melhor. Cristóvão não é um técnico rodado. Mas é um homem do futebol. Há muito tempo e muito, muitíssimo rodado. Então devemos imaginar que sua bagagem nesse assunto têm valor. Cuidado para não cair na velha prática: Buscar pêlo em ovo !
ResponderExcluirAlex Caetano, tudo bem que o Cristóvão tenha vivência no futebol. Mas quando eu falei que ele não é um técnico rodado, com bagagem, não o fiz para questionar sua capacidade, mas sim para justificar uma possível falta de moral dele com o Felipe.
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