EURO 2012: Trintões buscam levar a Irlanda a uma campanha histórica
Com ajuda de Keane, Duff e Given e com um toque italiano de Giovanni Trappatoni, a equipe irlandesa retorna a Eurocopa após 24 anos
Cleyton Santos
São Paulo-SP
GRUPO C
A Irlanda retorna a uma Eurocopa após 24 anos, com vários estigmas para retirar. Os "The Boys in Green" (garotos de verde, em referência ao uniforme principal da seleção) mantêm uma geração promissora, com nomes como Shane Long, Simon Cox, Keiren Westwood e Darren O'Dea, mas ainda assim precisa e muito dos trintões para conseguir fazer uma boa campanha na Euro.
Shay Given ainda é um líder dentro do elenco. Com 36 anos, e 121 partidas pela Seleção, Given demonstra tranquilidade para a zaga irlandesa. Given quase conseguiu a façanha de não sofrer um gol pela seleção durante um ano inteiro. Foi ano passado, quando ele ficou oito partidas sem buscar a bola dentro de suas próprias redes. No mesmo ano, ele só sofreu dois gols: um contra a Armênia, pela última rodada das eliminatórias para a Euro e outro para a Estônia, no playoff.
Outro que vêm demonstrando bom estilo de jogo é Damien Duff, que é outro que não é nenhum garoto, mas que vêm atuando bem pela seleção. Mas o maior trintão do elenco é outro.
Robbie Keane sabe e muito de sua importância para a seleção. Extrovertido, reclamão, líder. Keane assumiu a responsabilidade de comandar o elenco ao lado de Shay Given e manteve o trem irlandês nos trilhos, mesmo que com alguns atropelos, como o histórico confronto contra a França, nas últimas eliminatórias para a Copa do Mundo.
Além disso, Keane fez sua parte nas eliminatórias, não foi apenas um líder, foi o goleador de sempre, sendo um dos principais goleadores das eliminatórias, com sete gols e atuando em 11 das 12 partidas da equipe.
É com esses trintões que a Irlanda busca melhorar seu desempenho em comparação a sua primeira e única participação na Eurocopa, que foi em 1988. A competição, na época realizada na antiga Alemanha Ocidental teve a Irlanda ganhando uma partida da Inglaterra, empatando com a União Soviétca e perdendo por 1 a 0 da Holanda, de Van Basten. Nada mal em um grupo em que estavam as futuras finalistas daquela edição.
Mas a Irlanda quer mais, busca mais. E espera que a campanha da seleção nesta Euro quebre por exemplo, a lógica de um dos principais ditados irlandeses:
"Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece."
DESTAQUE: O destaque da Irlanda não está jogando. É um dos maiores jogadores que a Itália já teve e um dos símbolos máximos do que é jogar retrancado para vencer. Giovanni Trappatoni já é um senhor de 73 anos, que poderia muito bem ficar degustando vinhos em Cusano Milanino, uma cidade da província de Milão, aonde teve sua carreira cantada em verso e prosa pelos torcedores do Milan. Mas não está.
Após péssimos trabalhos em Stuttgart e em Salzburg (Áustria), "Trappa" foi contratado em 2008 para remontar uma seleção que parecia estar fadada ao esquecimento. A Irlanda não engrenou depois da boa participação na Copa de 2002 e perdeu força no cenário futebolístico europeu. Trappatoni topou o desafio, ainda mais que ele ficou conhecido como um treinador que gostava de um jogo defensivo, exatamente o que a Irlanda buscava.
O início foi tortuoso, mas depois que o time engrenou, Trappatoni caiu nas graças dos irlandeses. Ainda mais depois do fatídico jogo contra a França. Ele foi um dos mais reclamou da derrota para os Bleus, e recebeu admiração de todos. Agora a Irlanda retorna a ficar entre as 16 melhores seleções da Europa, e muito se deve ao trabalho firme, com um esquema tático direto e conciso e ao um elenco homogêneo, aonde ninguém se banca da 'estrela'. Talvez por isso, Trappatoni seja o destaque, pois transformou um grupo de homens em uma verdadeira seleção.
Os convocados:
Goleiros: Shay Given (Aston Villa-ING), Keiren Westwood (Sunderland-ING), David Forde (Millwall-ING);
Defensores: John O'Shea (Sunderland-ING), Richard Dunne (Aston Villa-ING), Sean St Ledger (Leicester-ING), Stephen Ward (Wolverhampton-ING), Kevin Foley (Wolverhampton-ING), Stephen Kelly (Fulham-ING), Darren O'Dea (Celtic-ESC);
Meio-campistas: Keith Andrews (West Bromwich Albion-ING), Glenn Whelan (Stoke-ING), Darron Gibson (Everton-ING), Damien Duff (Fulham-ING), Aiden McGeady (Spartak Moscou-RUS), Stephen Hunt (Wolverhampton-ING), Keith Fahey (Birmingham-ING), James McClean (Sunderland-ING);
Atacantes: Robbie Keane (Los Angeles Galaxy-EUA), Kevin Doyle (Wolverhampton-ING), Simon Cox (West Bromwich Albion-ING), Jonathan Walters (Stoke-ING), Shane Long (West Bromwich Albion-ING)
Cleyton Santos
São Paulo-SP
GRUPO C
Shay Given ainda é um líder dentro do elenco. Com 36 anos, e 121 partidas pela Seleção, Given demonstra tranquilidade para a zaga irlandesa. Given quase conseguiu a façanha de não sofrer um gol pela seleção durante um ano inteiro. Foi ano passado, quando ele ficou oito partidas sem buscar a bola dentro de suas próprias redes. No mesmo ano, ele só sofreu dois gols: um contra a Armênia, pela última rodada das eliminatórias para a Euro e outro para a Estônia, no playoff.
Outro que vêm demonstrando bom estilo de jogo é Damien Duff, que é outro que não é nenhum garoto, mas que vêm atuando bem pela seleção. Mas o maior trintão do elenco é outro.
Robbie Keane sabe e muito de sua importância para a seleção. Extrovertido, reclamão, líder. Keane assumiu a responsabilidade de comandar o elenco ao lado de Shay Given e manteve o trem irlandês nos trilhos, mesmo que com alguns atropelos, como o histórico confronto contra a França, nas últimas eliminatórias para a Copa do Mundo.
Além disso, Keane fez sua parte nas eliminatórias, não foi apenas um líder, foi o goleador de sempre, sendo um dos principais goleadores das eliminatórias, com sete gols e atuando em 11 das 12 partidas da equipe.
É com esses trintões que a Irlanda busca melhorar seu desempenho em comparação a sua primeira e única participação na Eurocopa, que foi em 1988. A competição, na época realizada na antiga Alemanha Ocidental teve a Irlanda ganhando uma partida da Inglaterra, empatando com a União Soviétca e perdendo por 1 a 0 da Holanda, de Van Basten. Nada mal em um grupo em que estavam as futuras finalistas daquela edição.
Mas a Irlanda quer mais, busca mais. E espera que a campanha da seleção nesta Euro quebre por exemplo, a lógica de um dos principais ditados irlandeses:
"Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece."
Após péssimos trabalhos em Stuttgart e em Salzburg (Áustria), "Trappa" foi contratado em 2008 para remontar uma seleção que parecia estar fadada ao esquecimento. A Irlanda não engrenou depois da boa participação na Copa de 2002 e perdeu força no cenário futebolístico europeu. Trappatoni topou o desafio, ainda mais que ele ficou conhecido como um treinador que gostava de um jogo defensivo, exatamente o que a Irlanda buscava.
O início foi tortuoso, mas depois que o time engrenou, Trappatoni caiu nas graças dos irlandeses. Ainda mais depois do fatídico jogo contra a França. Ele foi um dos mais reclamou da derrota para os Bleus, e recebeu admiração de todos. Agora a Irlanda retorna a ficar entre as 16 melhores seleções da Europa, e muito se deve ao trabalho firme, com um esquema tático direto e conciso e ao um elenco homogêneo, aonde ninguém se banca da 'estrela'. Talvez por isso, Trappatoni seja o destaque, pois transformou um grupo de homens em uma verdadeira seleção.
Os convocados:
Goleiros: Shay Given (Aston Villa-ING), Keiren Westwood (Sunderland-ING), David Forde (Millwall-ING);
Defensores: John O'Shea (Sunderland-ING), Richard Dunne (Aston Villa-ING), Sean St Ledger (Leicester-ING), Stephen Ward (Wolverhampton-ING), Kevin Foley (Wolverhampton-ING), Stephen Kelly (Fulham-ING), Darren O'Dea (Celtic-ESC);
Meio-campistas: Keith Andrews (West Bromwich Albion-ING), Glenn Whelan (Stoke-ING), Darron Gibson (Everton-ING), Damien Duff (Fulham-ING), Aiden McGeady (Spartak Moscou-RUS), Stephen Hunt (Wolverhampton-ING), Keith Fahey (Birmingham-ING), James McClean (Sunderland-ING);
Atacantes: Robbie Keane (Los Angeles Galaxy-EUA), Kevin Doyle (Wolverhampton-ING), Simon Cox (West Bromwich Albion-ING), Jonathan Walters (Stoke-ING), Shane Long (West Bromwich Albion-ING)
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