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EURO 2012: Atual campeã, Espanha é favorita, mas vive sob incógnita

Campeã da Eurocopa de 2008 e da Copa do Mundo de 2010, Espanha é máxima favorita, mas desfalques importantes de Villa e Puyol criam dúvidas na cabeça de Vicente Del Bosque

Victor Mendes 
Duque de Caxias/RJ
Créditos das imagens: El País

O estigma de amarelona que rondava o ambiente da seleção espanhola de futebol foi deixado para trás. Quando, em 2008, a Espanha venceu a Eurocopa e quebrou um amargo jejum de 44 anos sem levantar taça (isso não contando a medalha de ouro olímpica em 1992), a sina de fracasso dava o primeiro passo para ser esquecido. Em 2009, quase voltou à tona após cair nas semifinais da Copa das Confederações para os Estados Unidos. Contudo, em 2010, foi eliminada de vez: pela primeira vez em sua história, a Fúria conquistou a Copa do Mundo.

Pela primeira vez em muito tempo a Roja entra num torneio sem a pressão de que é obrigada a vencer. Claro, por ser a atual campeã, a expectativa pela manuntenção do título é grande, mas isso não precisa ser relativizado. O provável tri-campeão pode levar a Espanha a ser o primeiro país a conquistar três grandes torneios consecutivamente. Os dois últimos anos, no entanto, deixaram algumas interrogações: os maus resultados em amistosos contra seleções de ponta indicavam dificuldades no jogo ou apenas problemas em se concentrar em partidas menos relevantes após as conquistas? Nas Eliminatórias, num grupo fácil, o desempenho foi fantástico: oito jogos e oito vitórias.

A Espanha, principalmente após a Copa, tem jogado de maneira mais diferente. O meio-campo, bastante povoado de volante, não arma com tanta intensidade como o pré-Copa. A manuntenção da posse de bola continua, mas os deveras deslocamentos de Iniesta à esquerda do ataque ratifica que isso não faz bem à seleção - nem para o Barcelona, quando utilizado dessa forma. Com Busquets, Xabi Alonso e Xavi, distante do local onde mais gosta de atuar, formando a meiuca do 4-3-3, o setor fica bastante pesado. A Roja toca, toca, toca e nada de finalização a gol. Principal atributo de Villa, cortado por lesão, suas finalizações farão falta.

A uma semana e dois dias da estreia na competição europeia (10 de junho, contra a Itália), Del Bosque, pelo visto, não tem alternativas a Villa.  Afeito ao 4-3-3 e ao 4-2-3-1, predominou contra a Venezuela a última tática, dando a entender que, sem Villa, Del Bosque vai jogar com um centroavante de ofício na referência de seu esquema. O 4-4-2 utilizado à época de Aragonés e contra Chile, Portugal e Paraguai na Copa, nunca mais foi testado. A confiança do treinador em Llorente e Soldado não é das maiores, o que explica a convocação de Fernando Torres, que cresceu de produção na reta final de temporada. Pelo visto, El Niño chega para ser titular. No amistoso da última quarta-feira contra a Coreia do Sul, iniciou e marcou o primeiro gol da goleada por 4x1. Em enquente promovida pelo Marca, 68% dos votantes pediram o canterano do Atlético de Madrid como titular.

O que pode não acontecer se o campeão mundial resolver repetir o módulo tático proposto contra Inglaterra, República Tcheca e Escócia, nos últimos jogos de 2011. Vimos uma Espanha à Barcelona: Silva e Fàbregas revezavam na posição de falso nove, o que para mim, à época, foi um claro sinal de que Torres seria reserva na Euro (só não estava no meu plano e de Del Bosque a lesão de Villa, dois meses depois). Aconteceu, porém, que contra a seleção mais forte das três, a Inglaterra, a dupla inexistiu, criando mais problemas para o madrilenho, que parecia convicto de barcelonizar a Roja. Contudo, Silva e Fàbregas dificilmente jogarão juntos novamente: nesses três jogos, Xavi esteve indisponível por lesão. Fase por fase, o blaugrana deverá sentar o banco mais uma vez.

Destaques - Andrés Iniesta e Xavier Hernández. A sensacional dupla do Barcelona é o cérebro e o coração também da Espanha. Motor da seleção, todas as jogadas passam pelos pés magníficos de Xavi, enquanto Iniesta acelera mais a condução da bola. Xavi é um meia que marca, arma e finaliza. Completo, o catalão tem alma, sangue nos olhos e venenos nos pés. Joga de terno e gravata. É o maestro de uma grande orquestra. Por outro lado, Iniesta tem vocação técnica para ditar o ritmo de jogo do time no qual atua. É a antítese da alegria apregoada no futebol. É meia sem expressão fora de campo, avesso à mídia, mas com bastante personalidade dentro das quatro linhas.

Os convocados: 

Goleiros: Iker Casillas (Real Madrid), Pepe Reina (Liverpool/ING), Victor Valdés (Barcelona); 
Defensores: Álvaro Arbeloa (Real Madrid), Sergio Ramos (Real Madrid), Juanfran (Atlético de Madrid), Jordi Alba (Valencia), Raúl Albiol (Real Madrid), Gerard Piqué (Barcelona), Javi Martínez (Athletic Bilbao);  
Meio-campistas: Xavi (Barcelona), Sergio Busquets (Barcelona), Andrés Iniesta (Barcelona), Xabi Alonso (Real Madrid), David Silva (Manchester City), Santi Cazorla (Málaga), Cesc Fàbregas (Barcelona), Juan Mata (Chelsea/ING); 
Atacantes: Jesús Navas (Sevilla), Pedro (Barcelona), Fernando Llorente (Athletic Bilbao), Fernando Torres (Chelsea/ING), Alvaro Negredo (Sevilla).

Um comentário:

  1. acho que a espanha copa, com um meio campo desse, dá até medo de jogar contra.

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