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EURO 2012: Chegou a hora da Alemanha cumprir as expectativas

Melhor seleção do mundo no pós-Copa, Alemanha precisa deixar de ficar apenas nos elogios e fazer jus às expectativas. Está na hora de levantar uma taça, que não vem desde 1996.

Victor Mendes 
Duque de Caxias/RJ
Créditos das imagens: Portal Alemanha e AP Photos
 
Nos últimos três torneios de relevância, a Alemanha chegou, em todos, pelo menos nas semifinais. Na Copas de 2006 e 2010 foi freada, respectivamente, por Itália e Espanha, que viria a ser sua pedra no sapato também na Eurocopa de 2008, quando a Fúria tornou-se campeã em cima dos germânicos. Na África do Sul, a seleção treinada por Joaquim Löw chegou desacreditada pelo fato de ter perdido bastante jogadores por lesão, sobretudo Ballack, capitão e referência. Contudo, a experiência da maioria dos jogadores ausentes deu lugar à juventude e à ousadia. O resultado foi o excelente desempenho dentro de campo. Apesar de não ter sido campeã, a Alemanha saiu do continente africano com a sensação que aquele grupo já estava mais do que preparado para as próximas competições.

E, dessa forma, os alemães chegam à Eurocopa 2012. Possuindo um grupo jovem, técnico, habilidoso e fatal chegou a hora da seleção tri-campeã mundial fazer jus às expectativas: chegou a hora de levantar a taça. Um novo fracasso, dessa vez, será relativizado e visto de uma maneira diferente. Os 16 anos desde a última conquista, na Euro de 1996, já se aproximam do maior período de jejum desde o primeiro título, o da Copa do Mundo de 1954 (18 anos até a Euro 72). Sem praticamente nenhuma mudança no onze inicial que esmagou Inglaterra e Argentina há dois anos, os germânicos terão três difíceis adversários pela frente: Holanda, Portugal e Dinamarca. Os holandeses, rival na segunda rodada e na disputa pelo primeiro lugar, já sentiram na pele o poderio dessa equipe. Em setembro passado, em Dortmund, Müller, Klose e Özil garantiram a vitória por 3x0 dos donos da casa. Foi um passeio.

O trabalho de reformulação tão discutido na seleção brasileira foi feito com perfeição na Alemanha. O exemplo germânico está aí para ser seguido. Quando os garotos da Alemanha foram donos de uma inesquecível Eurocopa Sub-21 em 2009, chegando a esmagar a Inglaterra por 4x0 na final, ensaiavam uma inesquecível Copa com a seleção principal no ano seguinte. Neuer, Jerome Boateng, Khedira e Özil, titulares na África do Sul, arrebentaram no torneio. Höwedes e Hummels, presentes na lista dos 23, também fizeram parte do elenco campeão. Um ano depois, em solo africano, os garotos não sentiram o peso de uma Copa do Mundo. A seleção de 2010 foi a mais jovem em 76 anos a representar a Alemanha em um Mundial. 

A força motriz dessa equipe está concentrada no meio-campo. Com Schweinsteiger e Khedira na volância e Özil, Müller e Podolski mais à frente na linha de três, a criação de jogadas são múltiplas. Os volantes, principalmente o craque do Bayern de Munich, são essencial no esquema de jogo de Löw, pois aparecem sempre nas jogadas ofensivas, não se limitando somente à marcação. No gol, um paredão. Neuer terminou mais uma vez uma temporada em alta e transborda bastante segurança. Protegendo sua meta, uma zaga sólida: Badstuber deixa a desejar tecnicamente, mas seu companheiro Hummels foi dono de uma excelente temporada com o bi-campeão alemão Borussia Dortmund. A dúvida fica quanto a lateral. Polivalente, Lahm é títular absoluto, enquanto Boateng e Schmelzer disputam a outra vaga. Nos últimos jogos, Löw tem utilizado mais o lateral do Borussia, com o capitão Lahm na direita. Se Boateng for titular, é provável que o lateral do Bayern seja utilizado na esquerda. No ataque, o homem-gol: Klose. Sedento por ir às redes, Miroslav se adaptou bem à Lazio e fez uma temporada positiva. Com a seleção, nunca deixou a desejar.

As opções no banco de reservas também são interessantes. Nomes como Götze, melhor jogador da Bundesliga 2010/2011, Reus, melhor jogador da Bundesliga 2011/2012, Kroos, Gündogan, Schürrle e Mário Gómez, super artilheiro do Bayern de Munich na temporada, aparecem como alternativas aos titulares. São eles que, por ora, garantem uma futura geração alemã para uma próxima Eurocopa. 

O desempenho e o estilo de jogo são foram do comum. A Alemanha se propõe a ser sempre agressivo e, com a qualidade técnica de seus jogadores, jogar em altíssima velocidade e com grande precisão. Dentre as principais seleções do mundo, nenhuma tem um contra-ataque tão feroz como a dos germânicos. Se, por exemplo, a Espanha impõe pressão psicológica, tocando sem parar, a Alemanha impõe pressão física, praticamente atropelando os adversários. Com a bola, toca rápido, chega em velocidade pelos flancos do campo ou pela faixa central. Sem ela, marca forte, com os três meio-campistas ofensivos sendo importante nessa marcação.

Destaque - Bastian Schweinsteiger. Um dos melhores volante do mundo, Schweinsteiger é essencial no esquema de jogo de Joaquim Löw. Ele talvez seja o único jogador do elenco sem ter um substituto à altura. Prova disso é o fato de, ausente nos últimos dois amistosos da seleção, contra França e Suiça, a Alemanha ter perdido. Schwein arma, desarma, toca, chuta, dribla, pedala. É o dono da Alemanha. Se joga bem, o jogo flui. Se tiver mal, a equipe sofre. Sua importância se refletiu também no Bayern de Munich. Quando o volante se lesionou e teve que ficar um período de fora, os bávaros sofreram uma sequência de revés e deixaram o Borussia Dortmund pegar a liderança e ser campeão. Aos 27 anos, Schweinsteiger é querido pela torcida, tem a confiança de Löw e quer esquecer a perda da Champions League, onde desperdiçou um pênalti (decisivo, diga-se de passagem) nas cobranças.

Os convocados:

Goleiros: Manuel Neuer (Bayern), Tim Wiese (Werder Bremen), Ron-Robert Zieler (Hannover 96);
Defensores
: Jerome Boateng (Bayern), Holger Badstuber (Bayern), Philipp Lahm (Bayern), Per Mertesacker (Arsenal/ING), Mats Hummels (Borussia Dortmund), Benedikt Höwedes (Schalke 04), Marcel Schmelzer (Borussia Dortmund); 
Meio-campistas: Mesut Özil (Real Madrid/ESP), Sami Khedira (Real Madrid/ESP), Toni Kroos (Bayern), Thomas Müller (Bayern), Bastian Schweinsteiger (Bayern), Marco Reus (Borussia Mönchengladbach), Mario Götze (Borussia Dortmund), Ilkay Gündogan (Borussia Dortmund), Lars Bender (Bayer Leverkusen), Andre Schürrle (Bayer Leverkusen), Lukas Podolski (Colônia);
Atacantes
: Mario Gomez (Bayern), Miroslav Klose (Lazio/ITA).

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