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EURO 2012: Com a bola rolando, uma seleção limitada. República Tcheca chega à Euro sem empolgar nem mesmo ao povo tcheco.


Bem mais enfraquecida do que em outras gerações, Tchecos entrarão em campo sob desconfiança.

Luiz Guilherme de Almeida
Belo Horizonte - MG


GRUPO A


A República Tcheca ostenta um belo histórico pela Eurocopa. Desde a subdivisão da antiga Tchecoslováquia, o país jamais ficou de fora de uma fase final de Euro. A geração brilhante de Pavel Nedved também marcou época e ganhou o respeito de todos ao chegar até as semifinais em 2004 e ter sido segunda colocada no ranking FIFA até 2006.

Entretanto os tempos mudaram; a geração brilhante já não joga mais e o futebol tcheco caiu vertiginosamente. Com poucos bons nomes de destaque individual, a carência de maiores talentos como outrora deflagra a chamada entressafra que vive o futebol tcheco. A equipe chega para a disputa da Euro 2012 com aquela que é descrita, no próprio país, como uma das menos talentosasa seleções tchecas até hoje.

As eliminatórias para a Euro demonstraram a irregularidade da equipe, que conseguiu a classificação apenas na última rodada, eliminando Montenegro. Na fase de grupos foram 8 jogos, 4 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. Duas delas em casa para Espanha e Lituânia. O ataque sofreu para marcar. Apenas 12 gols em toda a campanha, o que lhe rendeu o “título” de pior ataque dentre as classificadas.

O elenco está enfraquecido. Foram poucos os jogadores que se destacaram na temporada européia, aliados à dependência do futebol de outros que já não brilham tanto como antes. O técnico Michal Bilek, ciente da escassez, tem tentado montar uma mais contida, que atua com sua primeira linha de quatro fixa, onde os laterais não chegam tanto ao ataque. Na cabeça de área, Bilek utiliza dois volantes fixos também, que tem a tarefa de fazer a ligação com Tomas Rosicky para que esse municie os atacantes. Entretanto o jogador do Arsenal, apesar de ainda talentoso, já não é mais aquele jogador que despontou em 2004. Sofreu com muitas lesões e nunca mais conseguiu repetir o bom futebol do início da carreira. Ainda se recupera de lesão do final da temporada. Nomes como Petr Jiracek  do Wolfsburg – ALE e Jaroslav Plasil do Bordeaux – FRA completam as opções do meio.

No ataque, Milan Baros ainda é o principal nome da equipe. Apesar do título da Liga Turca pelo Galatasaray, sua temporada foi tímida, como 8 gols em 28 jogos. Atuou à sombra do sueco Johan Elmander, sendo esse o homem de referência da equipe. Pela seleção, ele ainda é o segundo maior artilheiro da história, com 40 gols, mas marcou apenas 2 deles nos últimos dois anos. Longe de ser aquele jovem artilheiro da Euro 2004, ele terá a companhia de Tomas Necid, do CSKA Moscou. Necid entretanto tem sido instruido por Bilek a atuar mais como um meia atacante, dando maior companhia a Rosicky na armação. Função essa que está em evolução, mas não pode ser considerada como uma arma.

A atual República Tcheca é uma seleção bastante limitada tecnicamente e deverá enfrentar dificuldades no Grupo A para tentar se classificar. Chances de prosseguir na segunda fase são remotas devido aos confrontos com seleções de primeiro escalão. Mas perguntado sobre as possibilidades tchecas no torneio, Milan Baros foi enfático:

“Quem diria que a Grécia iria vencer em 2004? Ninguém! Por qual motivo não pode acontecer o mesmo conosco?”, declarou à revista Four Four Two.

Destaque – Uma temporada estupenda, de reencontro com o ótimo futebol que sempre teve. Assim pode ser descrito o ano do grande destaque tcheco na atualidade. Peter Cech voltou a ser pelo Chelsea aquele brilhante goleiro que foi logo que chegou à Londres.

Recém campeão da Europa pelos Blues, teve atuações soberbas debaixo das traves, mostrando reflexos apuradíssimos, posicionamento impecável e agigantando-se na frente dos atacantes adversários quando exigido. Juntamente com Didier Drogba e Ramires, forma a trinca dos principais jogadores do clube na temporada.

Apesar de sempre ter sido um goleiro seguro e muito competente, Cech passou por momentos de oscilação nos últimos anos, fugindo um pouco do que sempre teve condições de apresentar. A temporada 2011/2012 serviu para colocar as coisas no lugar e fez de Cech um dos melhores goleiros do mundo em uma disputa dura com outros gigantes como Iker Casillas e Manuel Neuer.

Experiente, Cech acaba de completar 30 anos e sabe que essa deverá ser sua última Euro pela sua seleção nacional. A contar pela sua grande fase, pelo menos em sua própria meta os tchecos não terão com o que se preocupar. Seguramente. 


Os convocados (dois serão cortados):

Goleiros: Petr Cech (Chelsea/ING), Jan Lastuvka (Dnipro/UCR), Jaroslav Drobny (Hamburgo/ALE), Tomas Grigar (Teplice);

Defensores: Michal Kadlec (Bayer Leverkusen/ALE), Tomas Sivok (Besiktas/ITA), Daniel Pudil (Cesena/ITA), David Limbersky (Viktoria Plzen), Frantisek Rajtoral (Viktoria Plzen), Theo Gebre Selassie (Slovan Liberec), Marek Suchy (Spartak Moscou/RUS),Roman Hubnik (Hertha Berlim/ALE).

Meio-campistas: Petr Jiracek (Wolfsburg/ALE), Daniel Kolar (Viktoria Plzen), Vaclav Pilar (Viktoria Plzen), Jan Rezek (Anorthosis Famagusta/CHP), Jaroslav Plasil (Bordeaux/FRA), Milan Petrzela (Viktoria Plzen), Tomas Hubschman (Shakhtar Donetsk/UCR), Vladimir Darida (Viktoria Plzen), Tomas Rosicky (Arsenal/ING).

Atacantes: Tomas Pekhart (Nürnberg/ALE), David Lafata (Jablonec), Tomas Necid (CSKA Moscou/RUS), Milan Baros (Galatasaray/TUR).

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