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A sorte pode voltar a sorrir para a Williams


O sucesso do novo carro da equipe e a superação da desconfiança que rondava a sua dupla de pilotos prometem um bom futuro para os ingleses em 2012

Por Leandro Gomes
Rio de Janeiro/RJ

Pastor Maldonado e Frank Williams comemoram a vitória
no GP da Espanha. Foto: Josep Lago/AFP
Nem o mais otimista torcedor da Williams imaginaria que a equipe se sairia tão bem em 2012. O fraquíssimo desempenho dos ingleses em 2011 e a dupla aparentemente pouco confiável para esse ano levavam a crer que a lendária escuderia continuaria num triste processo de decadência. Porém, os bons resultados nas primeiras corridas e a vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha já mudaram tudo. E acredite: já não é devaneio achar que a equipe pode continuar nesse empolgante ritmo no resto da temporada.

Já não há mais como negar: o carro da Williams é sim bem-nascido. Tirando o fraco desempenho obtido no Bahrein, seus pilotos sempre conseguiram andar na zona de pontuação nas outras corridas, provando que o FW34 é capaz de bater de frente com as outras equipes — um alento após 2011, quando os ingleses só eram superiores às três nanicas do fundo do grid. Maldonado foi bem demais na Austrália e na Espanha e Bruno Senna teve ótimas performances na Malásia e na China, e nessas ocasiões não houve corridas atípicas, com grande número de abandonos ou problemas do tipo com pilotos de ponta. Logo, não dá para dizer que tudo foi obra do acaso.

Para melhorar, o seu melhor resultado veio justamente no GP da Espanha. O que isso tem a ver? Ora, essa é a primeira corrida da perna europeia, e aquela em que todas as equipes vêm com suas primeiras grandes atualizações. A soberba vitória de Maldonado mostrou que o pessoal de Grove trabalhou bem e conseguiu desenvolver ainda mais um carro que já havia se mostrado promissor nas quatro provas iniciais, veloz e sem abusar dos pneus. Dessa forma, não deverá ser surpresa vê-los andando entre os primeiros novamente. O FW34 não é um carro para vencer campeonatos, mas pode tranquilamente pontuar constantemente e ocasionalmente chegar ao pódio.

Com um bom bólido em mãos, o resto fica a cargo da capacidade dos pilotos. E é aí que fica a outra surpresa da Williams: se antes Maldonado e Bruno Senna eram opções questionáveis, agora já provaram serem nomes bem mais confiáveis. De certa forma, já foi pelo menos amenizada a imagem de serem dois pilotos inexperientes, donos de um ritmo de corrida ruim e com grande capacidade de se envolverem num número de acidentes acima do esperado. De quebra, já até apagaram a ideia de que se desfazer do experiente Rubens Barrichello em prol de dois pilotos pagantes e imaturos foi um erro.

É bem verdade que vez ou outra os dois errem por andar acima do limite. Porém, não há como fechar os olhos para as capacidades de Bruno após as belas provas na China e na Malásia, quando surpreendeu ao fazer belas provas de recuperação e mostrar uma consistência de gente grande — aliás, é bom que se diga que fazia o mesmo na Espanha até ser acertado pro Schumacher. Quanto ao venezuelano, então, não há nem o que se falar: seu desempenho nos treinos vem provando que é um piloto incrivelmente veloz, e seu triunfo em Barcelona revelou uma até surpreendente habilidade para andar sob pressão, comprovando que aos poucos vem amadurecendo. De fato, os sul-americanos em questão não estão devendo para a maioria das duplas atuais do grid.

Ambos são mesmo promissores e pode render muito mais do que todos esperavam. E o bom rendimento da equipe como um todo talvez possa ser visto não só nas próximas corridas, mas especialmente em Monaco. Bruno Senna já venceu de forma categoria por lá em seus tempos de GP2 — curiosamente batendo seu atual companheiro de equipe, segundo colocado na ocasião. O compatriota de Hugo Chavez, aliás, não fica atrás: não bastasse sempre se dar bem em Monte Carlo na GP2, deixou todos boquiabertos ao se sair muito bem lá em 2011 com o péssimo carro que a Williams lhe fornecia, levando seu carro ao Q3 e permanecendo na zona de pontuação até Hamilton o tirar da prova. Então, não se surpreendam se os ingleses de Grove conseguirem grandes resultados já na próxima corrida.

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