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Futebol Masculino - Grupo B


GRUPO B - México, Coreia do Sul, Gabão e Suíça

Por: Eduardo Madeira Junior

MÉXICO

Nome: Federación Mexicana de Fútbol
Técnico: Luis Fernando Tena
Histórico Olímpico: Nenhuma medalha
Time base: Corona; Chávez, Reyes, Araujo e Jiménez; Herrera, Salcido, Ponce e Enríquez; Giovani e Peralta
Vale Ouro: Giovani dos Santos
Objetivo na Olimpíada: Medalha de ouro

Giovani é o grande nome mexicano
(Reuters)
Campeão do tradicional Torneio de Toulon, realizado na França, o México chega aos Jogos Olímpicos com uma geração muito talentosa e que carrega alguns feitos que o time principal vem mostrando não ter capacidade de conseguir: títulos. Em 2005 e em 2011, Los Niños Héroes conquistaram o Mundial Sub-17. Além do mais, também em 2011, a seleção mexicana terminou em 3º lugar no Mundial Sub-20.

Porém, o técnico Luis Fernando Tena decidiu apostar em uma equipe mais “experiente”, com apenas quatro atletas que estiveram na disputa da Copa do Mundo Sub-20 no ano anterior: José Antonio Rodriguez, Néstor Araujo, Diego Antonio Reyes e Jorge Enríquez. Os três últimos citados também já vem sendo aos poucos lançados por José Manuel de la Torre na seleção principal do México.

Porém, ficou a sensação de “vazio” neste elenco mexicano pela não participação de Carlos Fierro, Giovani Casillas e Julio Gómez. O trio foi o mais destacado do México no Mundial Sub-17 do ano passado, com o último citado recebendo a Bola de Ouro da competição. Mas deve-se ressaltar, dos três, apenas Fierro jogou com certa regularidade em seu time.

Outra ausência a ser sentida é a de Ulises Dávila, que surgiu como uma grande promessa no Chivas Guadalajara, mas que sumiu no continente europeu. O meia nunca atuou pelo Chelsea e foi emprestado ao Vitesse na última temporada. Ainda assim, o mexicano encontrou muitos problemas para jogar na Holanda e não teve sequencia. Carlos Vela e Jonathan dos Santos são outros dois jogadores vindos de fora que poderiam estar em Londres, mas ambos decidiram focar a preparação nos seus clubes e pediram para não serem chamados. David Cabrera é o desfalque lesionado.

Em compensação, a grande esperança do time mexicano está no principal responsável pela conquista do Mundial Sub-17 de 2005, Giovani dos Santos. Filho do brasileiro Zizinho, o meia-atacante do Tottenham, da Inglaterra, tem 23 anos e levará para Londres a experiência de ter jogado uma Copa do Mundo e de conhecer os campos ingleses.

Que Giovani tem grande potencial, isso não é segredo para ninguém, mas ainda precisa provar mais, já que quando surgiu no Barcelona, fez estrondoso barulho. As lesões e a difícil adaptação ao futebol inglês o atrapalharam nesta sequencia. Ainda assim, é o referencial da seleção mexicana.

Com as esperanças depositadas em Giovani no meio-campo, Tena optou por levar três jogadores acima dos 23 anos para os outros três setores do campo. O experiente José Corona deverá ser o goleiro titular, o não menos rodado Carlos Salcido surge como boa opção para a defesa, podendo atuar como lateral, zagueiro e também como volante. A última escolha foi do atacante Oribe Peralta. Não foram escolhas em vão. Tanto Corona quanto Peralta estavam presentes no Pan-Americano de 2011. Junto com Zavala, eram os três acima dos 23 anos.

Aliás, Luis Fernando Tena, que treinou o México na conquista do Pan, levará para Londres oito atletas que estiveram em Guadalajara neste título. Se não apostará na geração mais vangloriada, que foi a das conquistas mundiais, jogará suas fichas no time mais entrosado.

O México não chega a Londres querendo ser apenas mais um. Luis Fernando Tena quer conquistar uma medalha, de preferência, a dourada, para isso, conta com uma equipe talentosa e entrosada.

Convocados:

Goleiros: Rodriguez e Corona*
Defensores: Vidrio, Ponce, Araujo, Salcido*, Israel Jiménez, Chávez e Mier
Meias: Aquino, Enríquez, Herrera e Reyes
Atacantes: Fabián, Dos Santos, Peralta*, Raúl Jiménez e Cortés

*Jogadores acima dos 23 anos

Coreia do Sul

Nome: Korea Football Association
Site oficial: http://www.kfa.or.kr/
Técnico: Hong Myung-Bo
Histórico Olímpico: Nenhuma medalha
Time base: Jung Sung-Ryong; Kim Chang-Soo, Hwang Seok-Ho, Kim Young-Kwon, Yun Suk-Young; Ki Sung-Yueng, Park Jong-Woo; Kim Bo-Kyung, Koo Ja-Cheol, Ji Dong-Won; Park Chu-Young
Vale Ouro: Ki Sung-Yueng (meia) e Ji Dong-Won (atacante)
Objetivo na Olimpíada: Chegar a segunda fase

Ki Sung-Yueng já desperta interesses de alguns
clubes (Reuters)
A Coreia do Sul chega aos Jogos Olímpicos com a expectativa de surpreender o mundo. Oito dos dezoito convocados tem passagem pela seleção principal, além disso, o técnico Hong Myung-Bo aposta no entrosamento adquirido durante os Jogos da Ásia de 2010. Os sul-coreanos conquistaram a medalha de bronze naquela oportunidade e cinco jogadores que estiveram presentes na competição irão para Londres.

Nesse quinteto de atletas, encontra-se Park Chu-Young. O atacante de 27 anos surgiu bem no FC Seoul, teve temporadas regulares no Monaco, mas quase nem jogou pelo Arsenal. Ainda assim, esteve na Copa do Mundo de 2010, é constantemente chamado para o time principal da Coreia e tem sido a aposta de Myung-Bo nos torneios de base, onde pode levar jogadores acima do limite de idade. Seu parceiro de ataque deve ser Ji Dong-Won, que chegou recentemente a Inglaterra para atuar no Sunderland. Fez apenas dois gols em 19 jogos, mas foi um período de adaptação para o garoto de 21 anos, que deve acrescer ao time sul-coreano.

O goleiro Jung Sung-Ryong é outro atleta com mais de 23 anos. O jogador do Suwon Bluewings deverá ser o titular durante a Olimpíada, deixando Lee Beom-Young na reserva. A outra aposta será Kim Chang-Soo, que em 2008, estando na idade permitida, participou dos Jogos de Pequim, agora será um dos “+23” de Myung-Bo.

Mais um atleta de destaque do time norte-coreano é Koo Ja-Cheol. Após temporadas irregulares pelo Wolfsburg, onde atuava pouco, o meio campista foi emprestado ao caçulinha alemão, Augsburg e ajudou o time bávaro a manter-se na primeira divisão ao marcar cinco gols em quinze jogos. Koo deverá ser o capitão coreano em Londres.

Outro meia interessante do time é Ki Sung-Yueng, de 23 anos. O atleta chegou em 2009 na Escócia para jogar no Celtic e veio ganhando muito espaço nessas últimas temporadas. Em 2011/12, Ki fez 41 partidas e marcou sete gols. Além disso, ele já acumula prêmios individuais, como “Jogador Coreano de 2011” e “Jogador Jovem da Ásia de 2009”.

Esta será a oitava participação olímpica da Coreia do Sul no futebol. O país asiático é presença na categoria desde 1988, nos jogos de Seoul e suas melhores campanhas foram nos Jogos de 1948 – justamente na Grã-Bretanha – e 2004, onde caiu nas quartas-de-final. Nas duas edições, curiosamente, as seleções que eliminaram os coreanos foram para a final: em 1948, a Suécia a eliminou e acabou batendo a Iugoslávia na decisão e em 2004, os paraguaios bateram os coreanos, mas pararam na Argentina.

A Coreia do Sul não é uma das favoritas da chave. Mexicanos e suíços parecem mais bem preparados, mas isso não é um motivo que tire a gana dos coreanos em passar de fase. Por terem um time que já possui quilometragem no mundo do futebol, não seria zebra classificar-se, basta se impor diante das seleções consideradas favoritas.

Convocados:

Goleiros: Sung-Ryong* e Bum-Young
Defensores: Suk-Young, Young-Gwon, Kee-Hee, Jae-Suk, Seok-Ho e Chang-So*
Meias: Sung-Dong, Bo-Kyung, Sung-Yueng, Ko Ja-Cheol, Tae-Hee, Park Jong-Woo e Kook-Young
Atacantes: Ji Dong-Won, Park Chu-Young* e Kim Hyun-Sung

Gabão

Nome: Gabonese Football Federation
Técnico: Claude Albert Mbourounot
Histórico: Primeira participação
Time base: Ovono; E. Ndong, Ecuele-Manga, Ebanega e Nzambe; H. Ndong, Ndoumbou, Madinda e Biyogho; Nono e Aubameyang
Vale Ouro: Pierre-Emerick Aubameyang (atacante)
Objetivo na Olimpíada: Torneio para ganhar experiência

Aubameyang é um dos melhores jogadores
africanos do momento (Reuters)
Com boa parte do elenco atuando na França e no Gabão, a seleção gabonesa chega de forma despretensiosa a sua primeira aparição olímpica. O técnico Claude Albert Mbourounot aposta bastante no entrosamento de seus atletas, já que dos dezoito jogadores que irão para Londres, doze estiveram no Pré-Olímpico da CAF em 2011. Mas esperar um estilo de jogo mais vistoso e desenvolto de Gabão, como faziam as antigas seleções africanas, é um pouco demais. Veremos mais um time forte fisicamente, priorizando a defesa e mostrando pouca inteligência com os pés.

O jogador que quebrará esse paradigma é Pierre-Emerick Aubameyang. Após anos e anos sendo emprestado a diversos clubes franceses pelo Milan, o gabonês se encontrou na carreira na última temporada. Ele foi o grande destaque da ótima campanha do Saint-Étienne no Campeonato Francês e teve boa participação na Copa Africana de Nações, realizada no início de 2012. Aubameyang foi um dos artilheiros do torneio com três gols e para muitos, foi o melhor jogador da competição.

Embora rodado e peça importante da seleção principal, o artilheiro de Les Verts estará em Londres na idade limite, tem 23 anos ainda. Mas seus parceiros de ataque são muito jovens: Axel Meye tem apenas 17 anos e Allen Nono tem 19. Romuald Ntsitsigui é o mais “velho” depois de Aubameyang, tem 21 anos, mas assim como Meye e Nono, atua no Gabão e possui pouca experiência.

No quesito rodagem, os gaboneses até tem, mas não muito. Na última Copa Africana, seis jogadores que possuíam idade olímpica representaram Gabão e todos eles foram chamados por Mbourounot para disputar os Jogos de Londres. Porém, o treinador teve algumas baixas de última hora. Rémy Ebanega, recém contratado do Auxerre, não irá para Londres para ficar em seu clube. O mesmo tinha acontecido com um dos “+23” do elenco, Ecuele Manga. O Lorient, clube do jogador, havia vetado a ida do zagueiro para Londres, mas após alguma insistência, ele foi liberado e certamente será um dos titulares do time na competição.

O outro jogador acima do limite de idade é o goleiro Didier Ovono. O atleta do Le Mans defende a seleção de Gabão desde 2005 e será o titular em Londres, deixando Mfa Mezui no banco de reservas.

Essas incertezas só atrapalham o trabalho de Claude Albert Mbourounot, que não deverá criar táticas mirabolantes e geniais para vencer os jogos. Serão bolas e mais bolas lançadas para Aubameyang se virar do jeito que dá. O Saint-Étienne jogava mais ou menos assim, mas o atacante tinha bons companheiros no meio-campo e seu trabalho era facilitado. Veremos como será em Londres.

Convocados:

Goleiros: Mfa Mezui e Ovono*
Defensores: Ecuele Manga*, Ebanega, Emmanuel Ndong, Dinda e Nzambe
Meias: N’Doumbou, Boussoughou, Biyogo Poko, Madinda, Engongah, Tandjigora, Henri Ndong e Obiang
Atacantes: Aubameyang, Meye, Nono e Ntsitsigui

Suíça

Nome: Swiss Football Association
Site Oficial: http://www.football.ch
Técnico: Pierluigi Tami
Histórico Olímpico: Medalha de prata em 1928
Time base: Benaglio; Morganella, Affolter, Klose, Rodriguez; Wiss; Frei, Hochstrasser, Kasami, Emeghara; Mehmedi.
Vale Ouro: Diego Benaglio (goleiro) e Pajtim Kasami (meia)
Objetivo na Olimpíada: Chegar às semifinais

Goleiro titular na Copa de 2010, Benaglio será o
líder dos meninos suíços (Reuters)
Depois de quase 85 anos, a Suíça volta a disputa dos Jogos Olímpicos, desta vez, com uma das gerações mais talentosas da Europa. Se antigamente os suíços se notabilizavam pelas invencíveis retrancas, hoje o país vem revelando atletas dotados de muita técnica e habilidade singular. Se bem trabalhados pelo experiente Ottmar Hitzfeld, tem tudo para chegar forte na próxima Copa do Mundo.

Mas voltando o pensamento para a Olimpíada de 2012, o técnico Pierluigi Tami tem alguns problemas para montar seu time. Os dois principais atletas revelados pela Suíça nos últimos anos não estarão em Londres. Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri optaram por se preparem melhor em seus novos clubes – Borussia Mönchengladbach e Bayern respectivamente – do que disputar o torneio olímpico. Xhaka chegou a ser convocado, mas após conversa entre os dirigentes suíços e alemães, ficou acertado que ele ficaria no clube.

O problema mais recente de Tami foi com um dos de seus atletas acima dos 23 anos. Valon Behrami, recém contratado pelo Napoli, teve de ficar em seu clube. Para seu lugar foi chamado Xavier Hochstrasser do Luzern. O novo componente do elenco suíço já é cara conhecida dos atletas olímpicos, já que o atleta participou com outros jogadores da Euro Sub-21 do ano passado.

As outras apostas de Pierluigi Tami acima dos 23 anos foram boas e sensatas. A Suíça possui um goleiro jovem em grande fase, que é Yann Sommer, mas ele completará 24 anos no final de 2012, impossibilitando sua presença em Londres. Tami poderia fazer o óbvio e levar Sommer como um dos mais “velhos”, mas optou por Diego Benaglio, goleiro muito mais experiente e que saberá segurar a onda da meninada.

A outra escolha foi Timm Klose, zagueiro que surgiu bem no Basel e hoje atua no Nüremberg. A opção está no fato do atleta ter disputado a Euro Sub-21 em 2011 e possuir algum entrosamento com os demais companheiros. Mas o que gerou certa estranheza foi a não convocação de Jonathan Rossini, que formou dupla de zaga com Klose no torneio europeu. Com isso, abre-se espaço para François Affolter, que terminou a temporada muito bem no Werder Bremen.

Outro defensor que devemos prestar atenção é Ricardo Rodríguez. Filho de pai espanhol e mãe chilena, o lateral mostra características latinas dentro de campo. Rodríguez se destaca mais no ataque do que na defesa, mesmo assim, conquistou o durão Félix Magath no Wolfsburg e será o dono da posição no time suíço.

O trabalho feito na Suíça é duradouro e a prova é que quatro jogadores que irão a Londres ergueram a taça de campeões do mundo sub-17 em 2009. Além do citado Rodríguez, Oliver Buff, Benjamin Siegrist e o destaque do time – sem Xhaka e Shaqiri – Pajtim Kasami. Os astros daquele time eram Hans Seferovic e Nassim Ben Khalifa, mas a dupla caiu vertiginosamente na carreira.

A Suíça tentará provar em Londres que, mesmo sem ter Xhaka e Shaqiri, possui um time forte e um conjunto poderoso, podendo desbancar as badaladas seleções do Brasil e da Espanha.

Convocados:

Goleiros: Benaglio* e Siegrist
Defensores: Morganella, Affolter, Daprela, Scär, Klose* e Rodríguez
Meias: Kasami, Buff, Abrashi, Hochstrasser, Frei e Wiss
Atacantes: Drmic, Emeghara, Mehmedi e Zuber

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