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Londres-2012: Vôlei Feminino



Vôlei feminino em Londres está marcado pelo equilíbrio entre as favoritas, mas EUA chegam como favoritos


Vinicius Carvalhosa
Rio de Janeiro/RJ


Norte-americanas são novamente favoritas. Foto: FIVB
Estados Unidos, Brasil, China, Itália, Japão, Sérvia, Turquia e Rússia. Todos estes sete países estão entre os dez melhores no ranking feminino da FIVB – o que, teoricamente, deveria significar que todos têm chances de títulos. Não chega a ser assim, já que os ranqueamentos costumam não ser muito fiéis ao que realmente vemos em quadra. Ninguém realmente espera que turcas, japonesas e sérvias estejam brigando por medalhas, mas ainda assim não podem ser descartadas.

O Grupo A está mais tranquilo, com Itália, Japão e Rússia bastante à frente das outras três rivais, República Dominicana, Argélia e Grã-Bretanha. Já o Grupo B têm cinco equipes com condições de avançar de fase, mas são apenas quatro vagas. Entre Brasil, China, EUA, Sérvia, Turquia e Coreia do Sul, as coreanas disparam como favoritas à lanterna, enquanto sérvias e turcas devem brigar pela quarta posição.

Brasil: o sonho do bi olímpico é difícil, mas não impossível

Assim como na competição masculina, o vôlei brasileiro feminino também caiu na chave mais difícil dos Jogos Olímpicos. As comandadas de José Roberto Guimarães defendem o título, mas não são favoritas. Com idades variando entre 32 anos (a líbero Fabi) e 23 (a ponta Natália), a renovação não veio da maneira desejada, e a equipe ainda depende muito de remanescentes do título de Pequim, como a ponteira Jaqueline, a oposto Sheilla e as centrais Thaísa e Fabiana. A jovem Natália é uma grande esperança, mas vem de lesão e seu status físico é incerto. Fernanda Garay é outra cara relativamente nova no elenco que já tem grande importância. O corte de Mari nas vésperas das Olimpíadas, porém, foi estranho e pode ter causado algum mal-estar no elenco. A ausência de uma levantadora confiável é outro problema.

A falta de renovação e o desgaste do elenco ficaram visíveis no ciclo olímpico, com apenas um título relevante – o Grand Prix de 2009. Nas três edições seguintes, foram três pratas perdendo em todas para os EUA na decisão. Nada animador, ainda mais com as ianques no mesmo grupo em Londres. O vice também veio no Mundial de 2010, mas para outra algoz frequente, a Rússia. Para piorar, na Copa do Mundo de 2011 o resultado foi apenas o quinto lugar.

Sheilla e Jaque ainda são as destaques. Foto: Divulgação
Perder para as temidas americanas pode abalar a moral brasileira no torneio, mas nada que ameace a classificação para as quartas de final. Como segundo do grupo, o Brasil deve encarar o Japão nas quartas, adversário inferior. Porém, nas semis a situação complica, e avançar é difícil, mas não impossível. Não dá para prever nada, mas é provável que a Seleção Brasileira termina em uma posição entre o 1º e o 4º lugares.

Convocadas:
Levantadoras – Dani Lins (SESI) e Fernanda (Iqtisadchi-AZE)
Opostos – Sheilla (Rio de Janeiro) e Tandara (Osasco)
Ponteiras – Natália (Osasco), Fê Garay (Volei Futuro), Paula (Volei Futuro) e Jaqueline (Osasco)
Centrais – Fabiana (Fenerbahçe-TUR), Adenízia (Osasco) e Thaísa (Osasco)
Líbero – Fabi (Rio de Janeiro)

O resto do Grupo B: EUA disparam e três brigam por mais duas vagas

EUA: Favoritas ao título, as norte-americanas são também favoritas, naturalmente, ao primeiro lugar do grupo. Os EUA venceram os três últimos Grand Prix, e possuem jogadoras experientes como a oposto Destinee Hooker, a central Danielle Scott-Arruda e a ponteira Logan Tom, as principais destaques do elenco. A central Foluke Akinradewo e a levantadora Lindsey Berg também não podem ser desprezadas. A líbero Nicole Davis e a oposto reserva Tayyba Haneef-Park possuem experiência olímpica. Como desfalque, a líbero Stacy Sykora, que sofreu traumatismo cranioencefálico após um acidente com o ônibus de seu time, o Volei Futuro, em Osasco, e ainda não se recuperou totalmente. De qualquer maneira, é um elenco muito forte e tem tudo para confirmar o favoritismo em Londres.

China: Você ainda deve se lembrar de como as chinesas foram dominantes na primeira metade da década de 2000. Levaram o ouro olímpico em Atenas-2004, o título da Copa do Mundo de 2003, o quarto lugar no Mundial de 2002... mas aos poucos foram caindo e não passaram de um bronze em casa, em Pequim-2008. Ainda assim, se mantiveram entre as melhores do mundo, e são a número 3 do ranking hoje – atrás apenas de EUA e Brasil, adversárias na chave. Com uma equipe jovem, o time sonha em repetir o bronze, mas é muito difícil. A levantadora Wei Qiuyue tem apenas 23 anos, mas já é uma das craques da equipe e esteve na última edição das Olimpíadas. A líbero Xian Zhang pode ser considerada uma das veteranas do elenco, apesar de ter apenas 27 anos. A central Junjing Yang, de 23 anos, é outra das jovens talentosas da China. As centrais Ma Yunwen e Xu Yunli e a ponteira Wang Yimei são as únicas outras que também estiveram em Pequim. A tendência é que o time avance em terceiro e encare uma pedreira como Rússia ou Itália na fase seguinte – e aí termina a participação chinesa em Londres.

Sérvia: A Sérvia vai brigar com a Turquia pelo posto de quarta força do grupo, mas a princípio leva vantagem. Se o grupo já era difícil, a situação ficou mais complicada ainda com a lesão da ponta Jelena Nikolic, capitã do time. Sem ela, a responsabilidade cai sobre as outras jogadoras importantes, como a levantadora Bojana Zivkovic, a central Stefana Veljkovic e a ponteira Sanja Malagurski. Como deve brigar pela quarta posição, pegaria a primeira colocada do outro grupo, e dificilmente passa das quartas.

Turquia: Comandada pelo brasileiro Marco Aurélio Motta, a Turquia é uma equipe jovem e que vem surpreendendo recentemente no cenário internacional. Bronze no último Grand Prix, as turcas são lideradas em quadra pela oposto Neslihan Darnel, pela central Neriman Oszoy e pela levantadora Özge Çenberci. A briga pela quarta vaga com a Sérvia será dura.

Coreia do Sul: As sul-coreanas são disparadas as favoritas à lanterna do grupo. Sem a mesma força de antes, a esperança é conseguir surpreender Sérvia e Turquia, mas ainda assim é muito difícil. A principal jogadora é a ponta Yeon-Koung Kim, auxiliada pela oposto Youn-Joo Hwang.



O Grupo A: briga também pela última vaga

Rússia: Prata em Sidney-2000 e Atenas-2004, a Rússia é sempre favorita. Mas a verdade é que os resultados recentes da equipe feminina não são animadoras. Fora o ouro no Mundial de 2010, as russas pouco conseguiram no último ciclo olímpico - apenas um pódio no Grand Prix, com a prata em 2009. Foram decepções nos três seguintes, com a ausência nos eventos de 2010 e 2012 pelas más colocações no Campeonato Europeu (amargaram apenas a sexta posição em 2009 e 2011), e o quarto lugar em 2011. Naturalmente, a geração encabeçada pela gigante Ekaterina Gamova e por Liubov Sokolova já está envelhecida, mas as duas são as últimas remanescentes. Novos talentos surgiram – especialmente a ponteira Tatiana Kosheleva e a central Maria Borisenko. Porém, a nova geração não parece ter a mesma força da anterior. Ainda assim, não dá para descartar as russas da briga por medalhas, até mesmo pelo ouro.

Sokolova e Gamova têm muita experiência. Foto: FIVB
Itália: Outra equipe que nunca pode ser considerada fora do baralho é a Itália, que cresceu bastante no vôlei feminino durante a década de 2000 comandada pela ponta Francesca Piccinini. A musa italiana estará presente em Londres, acompanhada de suas fiéis escudeiras, a levantadora Eleonora Lo Bianco, a ponteira Carolina Costagrande e a central Simona Gioli. Apesar da experiência e talento da squadra azzurra, ainda não conquistaram grandes feitos a nível internacional. Nas Olimpíadas ficaram com o quinto lugar em Atenas e Pequim. No Mundial foram campeãs em 2002, mas depois ficaram em quarto em 2006 e quinto em 2010. Na Copa do Mundo, os principais títulos recentes, ouro tanto em 2007 quanto em 2011. Mas no Grand Prix não passaram do bronze em 2006, 2007, 2008 e 2010. Falta aquele passo a mais, subir um degrau. E essa pode ser a última chance da geração, que está levando a jovem ponta Caterina Bosetti, de apenas 18 anos, para começar a ganhar experiência e comandar o futuro italiano.

Piccinini é a musa do vôlei feminino. Foto: FIVB
Japão: As japonesas não devem ter problemas para avançar para as quartas de final, embora sejam inferiores à Rússia e Itália. O recente bronze no Mundial de 2010 pode ter dado alguma moral às jogadoras, que formam um time razoavelmente jovem. As destaques são a levantadora Yoshie Takeshita e a central Erika Araki, enquanto a oposto Maiko Kano é a grande revelação do grupo e pode brilhar em Londres.

República Dominicana: As dominicanas surgiram para o mundo com o ouro no Pan-Americano de 2003, que sediaram em Santo Domingo. Foram um bronze na Copa dos Campeões de 2009, não chegaram mais perto do pódio em uma grande competição. Comandadas pelo técnico brasileiro Marcos Kwiek, dependem bastante do talento das pontas Milagros Cabral e Bethania de la Cruz. Como caíram em um grupo fácil, tem totais consições de passar de fase ficando à frente de Grã-Bretanha e Argélia.

Grã-Bretanha: O programa de vôlei da Grã-Bretanha só foi retomado em 2006, um ano após serem escolhidos como sede dos Jogos Olímpicos de 2012. Antes, Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte competiam separadamente, mas a FIVB permitiu a junção para as Olimpíadas. Capitão do time, a ponta Lynne Beattie é uma das principais jogadoras britânicas, ao lado da líbero Maria Bertelli e da jovem ponta Savanah Leaf, que joga no basquete universitário americano pela Universidade de Miami (FL). Outra promessa que joga na NCAA é a central Lizzie Reid, atleta da Universidade da Geórgia. Com o apoio da torcida, a Grã-Bretanha pode ter chance de bater a República Dominicana e se classificar para as quartas.

Argélia: A Argélia estreou nas Olimpíadas em 2008, quando ficou com o 11º lugar. Agora, apostam em uma equipe bastante jovem para jogar em Londres, o que torna ainda mais difícil avançar de fase. Nada menos do que sete jogadoras têm menos de 25 anos, incluindo a central Dallal Merwa Achour e a ponteira Celia Bourihane, ambas com 17 anos. Outro problema é a altura, já que apenas três atletas possuem mais de 1,80m.




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