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Contos Olímpicos: Chuva de Lágrimas



Terceiro dia olímpico teve lágrimas, derrotas, insucessos e decisões polêmicas. Isto é esporte

Por Cleyton Santos
De São Paulo

A foto do dia: A sul-coreana Shin A Lam chorando pela derrota na semifinal olímpica do sabre 
O terceiro dia desta edição dos Jogos Olímpicos teve como destaque, as lágrimas. Mesmo destaque do primeiro dia, mas a diferença é que estas foram de revolta, reprovação.

Diversas decisões controversas aconteceram em um pequeno espaço de tempo. No judô, a brasileira Rafaela Silva foi eliminada por um golpe ilegal (e que foi ilegal mesmo), mas causou uma desnecessária revolta em muitos comentaristas esportivos.


Na ginástica, o Japão ficou as portas de não conquistar uma medalha olímpica por equipes no masculino, mas uma revisão da dificuldade da apresentação de seu último ginasta, fez com que eles ficassem com a prata, os britânicos chegassem ao bronze e os ucranianos acabassem indo para o limbo.


Mas nenhum desses momentos é comparado ao que aconteceu na Esgrima. A sul-coreana Shin A Lam estava empatando com a alemã Britta Heidemann, resultado que a classificava para a final olímpica do sabre. Faltava um segundo para o final do overtime. Houveram cinco toques-duplos (quando os dois esgrimistas acertam com a espada ao mesmo tempo) o relógio chegou a zerar, mas a árbitra pediu que houvesse um segundo corrido.


No final, Heidemann conseguiu fazer o ponto e saiu comemorando. A sul-coreana ficou desolada do tablado e não saiu de onde estava. Motivo simples: Se saísse, era um sinal de que aceitava a derrota.


Ninguém esperava uma decisão dessas. Houve recurso sul-coreano, mas ele não foi aceito e depois de 40 minutos, Shin A Lam teve que ser retirada do tablado. Ela ainda teve que lutar pelo bronze, mas perdeu. Ficou sem medalha, sem o sonho olímpico realizado, mas emocionou a todos, não apenas as pessoas que estavam acompanhando, mas quem via ela sentada, aos prantos, esperando um resultado.


Um detalhe que eu não disse: Quando ela saiu, ela foi ovacionada pelo público presente. Que poderia reclamar que ela estava atrasando as finais, mas não; reconheceu que as lágrimas de Lam eram de revolta, e que ela não tinha escolha a não ser ficar.


Duas afirmações bem simples:

1º Nunca um esporte como a esgrima teve tanta divulgação quanto ontem;
2º Obrigado Coréias, por protagonizar momentos tão emocionantes.


Mas enfim, isto é esporte. É perder e reclamar, chorar, se revoltar, mas de maneira educada. Houve emoção naquele tablado. Ali apareceu uma séria candidata a medalha Pierre de Coubertin (entregue somente a atletas que têm o verdadeiro espírito olímpico). Shin A Lam merece.


Jogos Olímpicos realmente, é uma competição que nos leva a vários tipos de emoções em um espaço curto de tempo.

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