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Avanti Palestra: Técnico especialista na competição e time sem parceiros são as armas verdes para acabar com jejum


Com três títulos da Copa do Brasil no currículo, Felipão aposta em um time desprovido da injeção do capital de empresas para faturar sua quarta taça do torneio. A última vez que o Palmeiras venceu um campeonato desta forma foi há 36 anos


Por Diego Henrique de Carvalho
Taboão da Serra/SP

Pelo Palmeiras, Felipão comemora a sua terceira taça da Copa do Brasil em 1998
(Foto: Alexandre Battibugli)

Não chega a ser tão longo quanto o jejum que se iniciou em 1976, após o título paulista conquistado ante o XV de Piracicaba, e terminou em 1993, com o início da era Parmalat e outra taça estadual. Mas como bem contou Vinícius Brino na primeira parte deste especial, nada que livre o palmeirense das inglórias e atordoantes goazações dos rivais, que comparam o atual Palestra a agremiações tradicionais do estado, mas de menor expressão e torcida: “É o Guarani ou o Palmeiras jogando de verde?”, pergunta o corintiano. “Ouvi falar que vai se unir à Lusa e virar um clube só”, comenta o são-paulino.

E nada mais justo, afinal, há mais de uma década o Verdão se tornou verdinho e passou a ser coadjuvante quando no mesmo saco estão Corinthians, São Paulo e Santos. Algumas tentativas para escapar de tal pequenez aconteceram durante este período, porém todas elas fracasssadas: Zinho, Juninho Paulista, Edmundo, Vanderlei Luxemburgo, Denílson, Edmílson, Diego Souza, Keirrison, Luiz Gonzaga Belluzzo, Muricy Ramalho, Roque Júnior, Vágner Love...

Felipão: a última cartada de Belluzzo
(Foto: Renato Pizzutto)
Veio, então, a última cartada. O presidente Luiz Gonzaga Belluzzo se desdobrou e repatriou o treinador do mais importante título da história do clube (a Libertadores de 1999), que, de quebra, remete o torcedor palestrino ao seu último instante de glória: Luís Felipe Scolari, que também atende pelo aumentativo do seu segundo nome.

No entanto, a frustração se repetiu. Desde que Felipão retornou, em 13 de junho de 2010, no ato derradeiro de Belluzzo, que no ano seguinte desistiria da reeleição, o Palmeiras não conseguiu manter uma longa sequência de resultados positivos. E olha que a expectativa era alta, a ponto de o goleiro Marcos desistir de encerrar a carreira e Kleber e Valdívia, destaques do título paulista de 2008, que também ilustram com perfeição a carência do torcedor palmeirense por novos ídolos, resolverem voltar após pouco tempo respirando ares que não o do Parque Antartica.

Mas o tempo passou, o bigode de Felipão ficou ainda mais branco, o Gladiador não gostou, se rebelou contra o chefe e saiu brigado por conta disso. São Marcos, por sua vez, pindurou a auréola, as asas e luvas no ano passado. Assim, sobrou apenas o Mago pra contar história. Ao menos, por ora (porque o chileno dá mostras de que, quando tiver a chance, sumirá num passe de mágica). E também por ora, não de conquistas.

Na metade de 2012, porém, o Palmeiras da segunda passagem de Felipão tem sua primeira chance de levantar um caneco, com a classificação à final da Copa do Brasil. E quis o destino que fosse justamente em uma competição na qual o gaúcho é craque. “Big Phill” disputou a Copa do Brasil nove vezes. Em uma oportunidade ficou pelas quartas de final, por seis vez parou nas semi e em outras cinco chegou à decisão, das quais venceu três (em 1991 com o surpreendente Cricíuma, em 1994 com o Grêmio e em 1998 com o próprio Palmeiras) e tem a chance do tetra neste ano.

É a oportunidade de o técnico, que já anunciou que não continuará no clube em  2013, ao menos disfarçar uma passagem marcada por derrotas (a mais traumática no ano de sua volta, quando foi eliminado na semifinal da Sul-Americana pelo Goiás) e intermináveis discussões públicas com diretores e jogadores. 

Assunção e Barcos: os principais nomes do Verdão
(Foto: Ari Ferreira)
Contudo, não será fácil para que Henrique, Marcos Assunção, Valdívia e Barcos tornem o seu comandante tetracampeão da Copa do Brasil. Afinal, os principais e mais caros nomes da equipe (sem contar Wesley, machucado e contratado com a ajuda de investidor) têm pela frente outro tabu tão difícil de superar quanto os 12 anos sem títulos nacionais ou os problemas internos. Desde a conquista do troféu do Paulistão de 1976, o Palmeiras não ganha nada sem o investimento de parceiros  - a não ser a indesejada Série-B do Brasileirão, vencida em 2002.

De lá pra cá, a vitoriosa cogestão com o grupo de laticínios Parmalat, entre 1992 e 2000, e a parceria com a empresa de marketing esportivo Traffic, em 2008, foram as responsáveis pelas conquistas do Palmeiras. No entanto, vencer sem elas pode não ser impossível para um clube que adquiriu o quarteto citado acima com seus próprios recursos e ainda assim chegou a uma final. E que, mais recentemente, tem como talismã um tal de Mazinho, adquirido quase de graça do Oeste de Itápolis.

Do outro lado, porém, há um adversário que não é o arquirival São Paulo, que se esperava, mas que, diferentemente da equipe do Morumbi, se acostumou a jogar a Copa do Brasil. E que, sobretudo, se doará ao máximo para não ser vice-campeão dela novamente...

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