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Londres-2012: Vela


A Vela pode não ter destaque nos dias "normais", mas quando chegam os Jogos Olímpicos, é um dos esportes que mais traz glórias ao Brasil

@ViniciusBrino
Ribeirão Preto - SP


A Vela, que em alguns lugares também é chamada de Iatismo, consiste em um esporte onde o(s) competidor(es) tem que guiar um pequeno barco apenas com a força do vento (e de seu próprio corpo).

E embora não tenha tanto destaque na mídia brasileira durante os dias “normais”, na Olimpíada esse esporte tem sua importância, devido ao seu alto número de medalhas conquistadas pelos atletas brasileiros. Ao lado do Voleibol (de praia e de quadra, juntos), a Vela é o esporte que mais consagrou brasileiros, foram seis medalhas de ouro, três de prata e sete de bronze (se separarmos o vôlei, a Vela fica em primeiro lugar, seguida pelo Judô, que tem 15).

Esses números nos deixam na décima posição do quadro de medalhas da história do esporte em Olimpíadas (o primeiro é do Reino Unido, que é seguido por EUA e Noruega), onde ele foi disputado pela primeira vez em 1900 (Paris), e está regularmente no evento esportivo desde 1908 (Londres), tendo ficado de fora apenas em 1904 (St. Louis).


Mas o alto número de medalhas também só se deu devido à grande quantidade de categorias do esporte. Ao todo, são dez: RS:X, Laser, Finn, 470 e Star, no masculino; RS:X, Laser Radial, 470 e Eliott 6m, no feminino; e 49er, que é aberta a ambos os sexos. Em 2012, a Vela será disputada entre os dias 28/07 e 11/08, em Portland e Weymouth (costa sul), onde fica a Academia Nacional de Vela da Inglaterra, a cerca de 200 km da cidade de Londres.

Brasil

A maior chance de medalha (inclusive segundo a Federação Internacional de Vela, que os põe como favoritos ao ouro) vem na categoria Star, com Roberto Scheidt, que é figurinha carimbada em Olimpíadas, já tendo sido, inclusive, porta-bandeira do Brasil, em Pequim-2008, e Bruno Prada. A dupla levou a prata na Olimpíada passada e é a atual tricampeã mundial.


Outro forte nome brasileiro é o de Bimba (Ricardo Winicky), no RS:X masculino, que chega a sua quarta Olimpíada. Ele foi campeão mundial da sua categoria, em 2007, e teve um bom desempenho em Atenas-2004, mas perdeu a medalha de ouro por pouco (e acabou ficando fora do pódio), na última regata, onde começou em primeiro lugar.

Mas os representantes tupiniquins não param por aí, ainda temos Patrícia Freitas, no RS:X feminino; Bruno Fontes (segundo colocado no ranking mundial da categoria), na Laser; Adriana Kostiw, na Laser Radial; Jorge Zarif (campeão mundial júnior em 2009), na Finn; e Fernanda Oliveira (bronze em 2008, com Isabel Swan) e Ana Barbachan, nos 470 feminino. Nos 49er, 470 masculino e Elliott 6m (feminino - que estreia em Jogos Olímpicos esse ano) não teremos representantes.

Adversários

Na categoria Star, de Scheidt e Prada, os principais adversários são os anfitriões Ian Percy e Andrew Simpson, que conquistaram o ouro na Olimpíada passada. Aparecem também, correndo por fora, os irlandeses Peter O'Leary e David Burrows, campeões da Skandia Sail for Gold Regatta 2012.


Já na classe Finn, onde compete o brasileiro Jorge Zarif, o maior rival é outro anfitrião, trata-se do britânico Ben Ainslie, de 35 anos, que conseguiu uma medalha de ouro em cada uma das três edições dos Jogos Olímpicos que disputou (já tendo, inclusive, derrotado Robert Scheidt), sendo duas na Finn e uma na Laser (onde também conquistou uma prata).

A categoria Laser (masculino) tem como forte favorito o australiano Tom Slingsby, que venceu os dois últimos mundiais, mas o britânico Paul Goodison, que levou o mundial e o ouro olímpico em 2008, promete bater de frente. Andrew Murdoch, da Nova Zelândia, foi bronze nos campeonatos do mundo de 2010 e 2011, e vem com força para completar o pódio, na briga com o brasileiro Bruno Fontes e o argentino Júlio Alsogaray.

No RS: X Masculino, o brasileiro Bimba chega com força, mas a competição é muito acirrada. Os principais favoritos são o holandês Dorian van Rijsselberghe, primeiro colocado no mundial de 2011 e terceiro no de 2009; o israelense Shahar Zubari, bronze em Pequim-2008; e o polonês Przemyslaw Miarczynski, segundo colocado no mundial de 2010.

Nos 470 masculino, que não possui velejadores brasileiros, os favoritos são os australianos Belcher e Page, ouro nos mundiais de 2010 e 2011. Seus concorrentes devem ser os britânicos Patience e Bithell, que foram prata nos mundiais de 2009 e 2011. Para completar o pódio, a principal aposta é nos croatas Fantella e Marenic, campeões do campeonato mundial de 2009.

Na categoria 49er, onde também não há atletas do Brasil, a briga maior fica entre a Austrália, com Outteridge e Jensen, que foram ouro nos mundiais de 2009 e 2011 e prata no de 2010, e a Espanha, com Martinez e Fernandez, que levaram o mundial de 2010 e ficaram com a última prata olímpica da categoria.

Nos 470 femininos, onde o Brasil “veleja por fora” com Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, o favoritismo fica com Espanha, com a dupla Pacheco e Betanzos, campeã mundial de 2011 e vice em 2009, e Holanda, com Westerhof e Berkhout, que faturaram os mundiais de 2009 e 2010.

Já na Laser Radial, o Brasil dificilmente conseguirá subir no pódio. A favorita para o ouro é a holandesa Marit Bouwmeester, prata no mundial de 2010 e ouro no de 2011. Outra com grandes chances de chegar ao topo é a finlandesa Sari Multala, campeã em 2009 e 2010. A norte-americana Paige Railey, bronze nos dois últimos campeonatos, deve completar ao pódio.


Na categoria RS:X feminina, onde temos Patrícia Freitas, a briga pela ponta da tabela provavelmente se restringirá à espanhola Marina Alabau, campeã mundial em 2009 e terceira colocada em 2011, a israelense Lee Korzits, que levou o mundial do ano passado, e a experiente Alessandra Sensini, segunda colocada no mundial de 2010 e medalhista de bronze em Atlanta-96 e Atenas-04, prata em Pequim-08 e ouro Sidney-00.

A categoria Elliott 6m ainda deixa algumas dúvidas, por estrear esse ano nos jogos. Os países que entram com maior força para subir no pódio são o Reino Unido, ouro no mundial de 2010 e prata no de 2011; EUA, prata em 2010 e ouro em 2011; e França, ouro em 2009 e bronze em 2011.

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