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Vitória em Silverstone mostrou que Mark Webber é um sério candidato ao título


Regular, o piloto da Red Bull provou que pode ser um dos principais concorrentes do líder Fernando Alonso em 2012

Por Leandro Gomes
Rio de Janeiro/RJ

Vencedor do GP da Inglaterra, Mark Webber é o vice-líder
do campeonato, atrás de Fernando Alonso. Foto: Reuters.
Fernando Alonso foi vítima de um esperto ato estratégico da Red Bull, embora a princípio simples. O espanhol parecia ter a corrida ganha com a tática de deixar os pneus macios, que não renderam bem em Silverstone, apenas para as últimas voltas. Porém, a RBR preferiu usar os macios antes e utilizar os compostos duros para a parte final da prova. Deu certo: foi assim que Mark Webber pôde, já nas últimas voltas, destruir toda a vantagem construída pelo piloto da Ferrari durante a prova, vencer o GP da Inglaterra, e pasmem, se candidatar como um dos grandes candidatos ao título de 2012.

É verdade que Mark Webber nunca foi um dos mais talentosos do grid, muito menos um dos mais respeitados. Sua situação só piorou após ter tido um desempenho bem abaixo das expectativas em 2011 com uma Red Bull que era um foguete. Porém, não só pelo seu desempenho hoje, mas pelos seus resultados nesse ano, não dá para ignorar que o australiano, atual vice-líder, já aparece com um dos favoritos no campeonato; não pelas boas performances, mas sim pela regularidade — algo que, nesse campeonato maluco, nem mesmo Alonso conseguiu alcançar.

Das nove provas disputadas até agora, Webber só foi ao pódio duas vezes, justamente nas duas em que venceu. No entanto, nas outras sete, o piloto da Red Bull chegou em quarto cinco vezes. Com isso, o australiano pôde acumular muitos pontos e até mesmo anular o 11º lugar conquistado na Espanha, única prova em que não pontou na temporada. Essa é a regularidade que pode fazer a diferença lá na frente, principalmente num campeonato sem favoritos e sem uma equipe que claramente se destaque em relação às demais.

No entanto, é importante lembrar que regularidade não basta; resultados mais incisivos ainda contam muito, e é nisso que Webber, com apenas dois pódios em 2012, peca e ainda precisa melhorar se quiser sonhar mais alto. Da mesma forma, talvez seja por isso que Alonso ainda esteja na condição de favorito (embora mais pela sua genialidade que pela ajuda da Ferrari) — embora tenha conseguido alguns resultados não tão bons, não deixou de pontuar em nenhuma prova e ainda subiu ao pódio cinco vezes. E para melhorar, talvez possa contar com uma boa ajuda daqui em diante.

A ajuda é, finalmente, Felipe Massa. Hoje, o brasileiro, que chegou em quarto, claramente fez sua melhor prova na temporada.  Combativo o tempo todo, sempre andou no ritmo dos demais quando os pneus lhe permitiram tal coisa e ainda teria chegado ao pódio se Vettel não desse o mesmo pulo do gato de Webber e o ultrapasse nos boxes. E como pode ajudar Alonso? Simples: basta que continue pontuando bem daqui para frente e atrapalhe a vida dos concorrentes do espanhol, como quase conseguiu hoje. O brasileiro vem melhorando desde Monaco, e a seu ótimo desempenho hoje mostrou que pode sim fazer isso.

Vale também destacar o ótimo dia da Lotus hoje, que viu um eficiente Raikkonen chegar em quinto e um agressivo e surpreendente Grosjean chegar em sexto, após ter caído para último nas primeiras voltas. É realmente uma pena que a equipe não tenha vencido na temporada, pois merece. Quem já não merece elogios é a McLaren, que merece ligar o alerta: não deu um carro em boas condições a Hamilton, que foi apenas o oitavo, e ainda presencia uma inexplicável má fase de Button, que a muito custo chegou em décimo. Não a toa caiu para a quarta posição no Mundial de Construtores.

Quem também merece elogios pela prova de hoje é Bruno Senna, que fez boa prova de recuperação e chegou em nono, salvando dois pontos para a Williams. E aí fica a pergunta já não chegou a hora de Pastor Maldonado receber um belo puxão de orelhas da equipe? Hoje, vinha bem até fazer uma besteira sem tamanho para cima de Sergio Perez e sair da zona de pontuação. É impressionante a quantidade de erros cometidos, que, se não o impede de conseguir uma boa classificação nos treinos, estraga praticamente sua corrida e sua classificação no campeonato. Prova disso? Não fosse os 25 pontos da vitória na Espanha, Pastor teria apenas quatro pontos, mas se não tivesse errado tanto, estaria em sexto ou sétimo na tabela. De fato, chegou-se a um ponto em que os erros estão ficando intoleráveis.

A corrida na Inglaterra, embora tenha tido seus bons momentos, deu a impressão de que poderia ter sido melhor. O fato de alguns longos trechos da prova terem sido monótonos fez com que a prova se tornasse uma das piores do ano — particularmente, arrisco-me a dizer que foi a pior. Porém, isso não quer dizer que ela foi necessariamente ruim; o problema é que as provas têm sido tão movimentadas nesse ano que qualquer momento mais calmo já causa certa estranheza e decepção. Ao menos ela permitiu que a disputa pelo título continue acirrada, embora já haja sinais de que em breve será restrita aos pilotos da RBR e a Alonso.

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