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Kentucky - Futuro duvidoso



Campeões da NCAA devem perder os cinco titulares e mais um reserva para a NBA, forçando uma brusca reconstrução


Vinicius Carvalhosa
Basquete (Pick and Roll)
Rio de Janeiro/RJ


Os Wildcats vão certamente perder o pivô Anthony Davis e os ala Terrence Jones e Michael Kidd-Gilchrist para o draft. Ainda existem grandes possibilidades – 90%, diria – de também perderem os outros dois titulares para a NBA, o armador Marquis Teague e o ala-armador Doron Lamb. Todos devem sair na primeira rodada. Para completar, o principal reserva, o armador Darius Miller, estava em seu último ano – deve ser draftado na segunda rodada.

As esperanças do técnico John Calipari para 2012-13 estavam, como sempre acontece lá na cidade de Lexington, na forte classe de recrutas vindos da High School. Assim como a anterior, que contava com Davis, Kidd-Gilchrist e Teague, é considerada a melhor do país na temporada. Porém, não parece ter o mesmo poderio de vencer imediatamente que esta última tinha.O sangue novo poderia colocar o time novamente no hall dos favoritos absolutos caso contasse com os dois melhores jogadores do colegial, Shabazz Muhammad e Nerlens Noel. O pivô Noel confirmou que será um Wildcat, mas Shabazz optou por UCLA – justamente a universidade que Kentucky pretende alcançar em número de títulos.
Melhor jogador colegial dos EUA para alguns, Noel vai se juntar ao ala Alex Poythress (número 13 do país), ao ala-armador Archie Goodwin (#15) e ao pivô Willie Cauley (#40). Alguns jovens muito bem cotados que ainda não escolheram faculdade também consideram jogar sob o comando de Calipari: os alas-pivôs Anthony Bennett (#7) e Amile Jefferson (#25) e o pivô Tony Parker (#26). Caso ao menos um deles realmente se mude para Lexington, as coisas tendem a ficar mais tranquilas por lá. Mas a mania de encher o time com one-and-dones (jogadores badalados que ficam apenas um ano e saem para a NBA) pode custar caro ao time.
Os futuros novatos terão a companhia – e a concorrência – de jogadores também pouco experientes. Dos que sobraram, o único que jogava com frequência no time campeão era o ala-pivô Kyle Wiltjer, que tem tudo para assumir o posto de líder da equipe ao lado de Noel. Wiltjer jogou cerca de 11.4 minutos, marcando 5 pontos por jogo. Apesar de ser pouco aproveitado, veio badalado da High School, onde era considerado o 19º melhor do país. É o único da classe de 2011 que vai sobrar, já que os outros estão de saída para o draft.
Poucos outros jogadores, além dos calouros e de Wiltjer, vão receber bolsa de estudos no time. Um deles é o ala-armador Jon Hood, que foi o número 92 da classe de 2009 e está indo para seu último ano. O problema é que ele jogava menos de 5 minutos por partida em suas duas primeiras temporadas e não jogou em 2011-12 por conta de uma lesão. Outro é o armador Jarrod Polson, que chegou como walk on (jogadores pouco falados no colegial que entram para o time sem bolsa) e depois recebeu a sonhada scholarship. Ainda há o armador Twany Beckham, que vai também para o último ano e era walk on.O mais importante de todos pode ser o armador Ryan Harrow, que era o número 39 da classe de 2010 e veio transferido de North Carolina State. Se Teague realmente for para o draft, ele terá de assumir a titularidade e jogará muitos minutos.

Como a tendência hoje, especialmente após suas boas atuações no March Madness, é que tanto Teague como Lamb decidam se profissionalizar, vamos trabalhar com esse cenário para determinar a rotação da equipe:
PG – Ryan Harrow assumirá a posição e jogará muitos minutos. Sem Teague, Twany Beckham ficará em quadra mais tempo que o normal para descansar o titular. Jarrod Polson estará por ali apenas para dar profundidade ao elenco.
SG – Sem Lamb, Archie Goodwin será o titular. A equipe terá de torcer muito para Jon Hood voltar bem da lesão e se firmar como um reserva útil.
SF – Alex Poythress é o dono da posição. Hood terá de jogar aqui também para deixá-lo descansar, assim como Wiltjer pode entrar na 3, ainda mais se Calipari fizer o esperado e assinar com um dos jovens que ainda não se decidiram, como Anthony Bennett ou Amile Jefferson, para jogar na 4.
PF – Kyle Wiltjer será o titular, apesar de ainda ter de trabalhar muito seu jogo defensivo para ganhar a confiança do treinador. Caso Bennet ou Jefferson cheguem, quem vier jogará bons minutos na posição. Poythress também pode jogar aqui.
C – Nerlens Noel tem tudo para ser o dono do time. Willie Cauley será um reserva muito útil.
Tal rotação escancara a falta de experiência e, principalmente, de profundidade no elenco de Kentucky. Calipari precisa, ao menos, adicionar mais um ala ao grupo. O problema é que não há mais boas opções disponíveis tão tarde na corrida pelos melhores recrutas.
Montar as melhores classes do país é sempre bom, e passa a impressão de ser um programa onde todos querem ir. Os one-and-dones deram um título à universidade, mas estão cobrando seu preço agora. Em 2009, o primeiro ano do treinador em Lexington, chegaram para jogar apenas um ano John Wall, DeMarcus Cousins, Eric Bledsoe e Daniel Orton. Em 2010, o mesmo aconteceu com Brandon Knight e Enes Kanter - Kanter sequer jogou na NCAA, já que foi declarado inelegível por ter recebido salários do Fenerbahçe. Davis, Kidd-Gilchrist e Teague são as bolas da vez. E a tendência é continuar: Noel, Poythress e Harrow estão cotados para a primeira rodada do draft de 2013.
Todos por lá precisam torcer, e muito, para que pelo menos um entre Lamb e Teague fique para a próxima temporada. Mesmo sem eles, o time titular parece bom o bastante para ser campeão de novo – no meio da loucura que é o torneio da NCAA, tudo é possível. Mas o elenco raso preocupa.
Não dá para duvidar nunca dos Wildcats, mas parece difícil vê-los como favoritos absolutos novamente em um futuro próximo.



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