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A importância de Fàbregas

Na classificação contra o Milan, Messi foi decisivo. Mas Fàbregas foi o melhor em campo e ratificou sua importância no esquema de Josep Guardiola

Victor Mendes

Duque de Caxias/RJ
Créditos da imagem: Agência Reuters


Quando Xavi tentava forçar a transferência de Cesc Fàbregas ao Barcelona, Arsène Wenger reagia furioso. O comandante do Arsenal tinha razão em proteger os interesses do clube, que não fazia nada de errado e ainda valorizava Cesc de todas as maneiras, inclusive com uma faixa de capitão em reconhecimento à liderança técnica que ele exercia sobre o time. Mas, além do aspecto contratual, havia outros fatores que intrigavam bastante. O que Pep Guardiola faria com Fàbregas? Ele seria mera alternativa a Xavi, barraria o desenvolvimento de Thiago Alcântara, deslocaria Iniesta para uma posição em que ele rende menos, provocaria uma mudança inútil de esquema? Fato é que o Arsenal tinha todo o direito de considerar que a irremediável obsessão do Barcelona era um luxo.

Para quem ainda duvidava da importância dele, a Copa do Mundo de Clubes foi uma boa chance para rever conceitos. Quem imaginava ver Xavi, Iniesta, Cesc e Thiago juntos? No Barça, Fàbregas atua mais próximo ao gol em uma formação (o “3-7-0” de Muricy) que aposta tudo nas variações táticas, no tiki-taka e a que um jogador com esses atributos ofensivos, aprimorados por Wenger, adapta-se perfeitamente. Em 2012, Cesc teve uma queda nítida em seu rendimento. Mais sobrecarregado devido a problemas musculares de Xavi, queda de rendimento de Messi em determinados jogos de janeiro e lesões à rodo de Iniesta, o catalão não resistiu. Mas bastou ficar de fora em uma partida de alto nível e voltar logo em seguinte para chegarmos à conclusão de que a função exercida pelo camisa 4 no Barcelona 2011/2012 é essencial.

Na partida de ida contra o Milan pelas quartas-de-finais da Champions League, Fàbregas foi cortado da equipe titular às vésperas da entrada em campo devido a forte dores nas costas. Temerário, Guardiola optou por não forçar o uso de seu meio-campo e foi ao San Siro com Keita, para reforçar a marcação. Parado, ficou a sensação de que faltava um algo a mais na hora das trocas de passes próximo à área rossonera e nos raros chutes à meta de Abiatti. Ontem, na vitória por 3x1 que classificou o Barcelona a sua quinta semifinal consecutiva, Cesc retornou e fez, talvez, sua melhor partida desde que voltou à Catalunha.

A qualidade de um jogador é medida pela quantidade de funções que ele consegue executar com categoria. Não há contestação a um meio-campista que, mesmo atuando mais adiantado em relação aos tempos de Arsenal, acumula 15 gols e 15 assistências em apenas 32 partidas. Fàbregas dribla, chuta, toca e, acima de tudo, aproveita com perfeição sua excelente visão de jogo. O toque inteligente para Messi logo no início do jogo mostrou que passa por ele o futuro do Barcelona na ausência de Xavi. Em janeiro, em uma entrevista ao site da UEFA, o catalão falou sobre o assunto. "É difícil lidar com a pressão de substituir Xavi. Ele é um jogador totalmente diferenciado. Em alguns lances, fica claro que eu não tenha a paciência para cadenciar o jogo ou tocar a bola para trás".

Fica claro que, em algumas partidas, Guardiola começa a testar Fàbregas na função de seu principal articulador. Xavi, de fato, é diferenciado e, talvez, até único. Mas Pep tenta achar uma solução cedo. Ao mesmo tempo, Vicente Del Bosque começa a utilizá-lo na mesma função do armador azulgrená. Tudo é questão de tempo e adaptação. Nas semifinais, Fàbregas e o Barcelona irão reencontrar um antigo adversário: o Chelsea de Fernando Torres e Mata, rival máximo dos tempos de Arsenal. Mas isso é assunto para um futuro texto. Enquanto isso, Fàbregas desfruta de importância no clube onde começou a dar seus primeiros passos futebolísticos.

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