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A bela Seleção Brasileira de 82 e a péssima Tragédia de Sarriá


Comandados pelo Mestre Telê, os selecionados brasileiros de 1982 esgotaram futebol na Copa daquele ano. Mas por um capricho do destino batizado como Paolo Rossi, foram impedidos de disputarem o título.

Wilson Hebert
Rio de Janeiro/RJ

Foi difícil para a defesa do Brasil parar Rossi naquele dia.
Foto: Portal Terra.
Primeiro vamos entender como funcionava o regulamento da Copa do Mundo naquele ano. Diferente do que acontece atualmente, o Mundial contava com seis grupos e não oito. Como eram quatro seleções em cada chave, o total era de 24. Os dois líderes de cada chaveamento passavam a segunda fase de grupos, formando quatro chaves com três seleções em cada. O campeão de cada chave avançava para as semifinais.

A Copa do Mundo de 1982 teve um total de 52 jogos, com 146 gols marcados. A Itália, carrasca brasileira, foi a grande campeã do torneio, consagrando Paolo Rossi como artilheiro. Ele marcou seis vezes.

Na trajetória italiana, após fechar o grupo 1 em segundo lugar, com três pontos, ficando atrás da Polônia que somou quatro, veio o grupo C, já na segunda fase, que contava também com Brasil e Argentina. No duelo contra a seleção do país do Tango, vitória por 2x1 com gols de Marco Tardelli e Antonio Cabrini. Daniel Passarella descontou para os nossos hermanos nos minutos finais da partida, recuperando a esperança de pelo menos um empate, mas que acabou não vindo.

Já o Brasil, que também fez o primeiro jogo do grupo C contra a Argentina, bateu os rivais por 3x1. Zico, Serginho e Júnior foram os responsáveis por apimentar a euforia brasileira de que o quarto título estava por vir naquele campeonato. Ramón Diaz fez o gol de honra argentino faltando dois minutos para o fim da partida. Após aquele jogo, a seleção argentina comandada por César Luis Menotti estava eliminada daquela Copa.

5 de julho de 1982. Essa data disputa com o dia do "Maracanazzo" o posto de data mais traumática para o futebol brasileiro  

O Brasil de Telê foi a campo com Valdir Peres; Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior; Falcão e Cerezo; Sócrates, Zico e Éder; Serginho.

A Itália de Enzo Bearzot mandou para a disputa Dino Zoff; Fulvio Collovati, Claudio Gentile, Gaetano Scirea e Antonio Cabrini; Gabriele Oriali, Giancarlo Antognoni, Bruno Conti e Marco Tardelli; Francesco Graziani e Paolo Rossi.

A seleção brasileira chegou para aquele jogo carregando o peso de ser a super favorita para a conquista da Copa do Mundo de 82. Dona de um futebol vistoso, bonito, romântico, de toque de bola, envolvente, habilidoso, orquestrado. Tinha entre seus titulares, jogadores absolutos em suas respectivas posições, como Júnior, Cerezo, Falcão, Sócrates, Zico... E, claro, esse futebol pra frente e alegre tornou-se possível porque no banco de reservas havia um comandante que primava pela técnica aliada à perfeição. Segundo estudiosos e analistas que viveram aquela época, foi um time formado para encantar e ganhar. Ganhar o mundo.

Do outro lado havia um time de azarões, se é que podemos dizer isso da squadra azzurra. Paolo Rossi brilhou muito mais do que seus companheiros na eliminação brasileira, diferente do que acontecia na equilibrada constelação verde e amarela que esteve para se opor a Itália naquele embate. Mas Rossi pode brilhar porque era, de fato, um craque. Entretanto, dentro do grupo italiano, sua presença era questionada já que pouco antes daquele Mundial, ele havia sofrido uma suspensão por manipulação de resultado.

O Brasil era tão certo da sua impecabilidade, que pecava por querer ser certo demais. Nos dois primeiros gols da seleção italiana, duas falhas da defesa brasileira. Primeiro por ficar parada, olhando os adversários fazerem duas inversões seguidas de jogo, até que o cruzamento de Cabrini encontrasse a cabeça de Paolo Rossi para cabecear pro fundo do barbante.

Após ter chegado ao empate com Sócrates, Cerezo tentou fazer uma graça, dando um profundo passe no campo de defesa... Só que o passe acabou parando nos pés dele... Paolo Rossi, que colocou novamente sua seleção em vantagem.

Todavia, não há como desmerecer a marca daquele time. Quem acompanhou a Copa sabe. E quem não acompanhou, basta tirar um dia para ficar vendo vídeos da campanha brasileira naquele ano, para chegar a conclusão que esse futebol atual do Barcelona não foi inventado recentemente. Guardiola acerta em cheio quando ele diz que se inspira no Brasil do passado. Pela sua idade e pelo que os canarinhos fizeram em 82, certamente ele se refere ao time de Zico e Cia.

Mas de nada adianta apenas ler. Veja no vídeo abaixo os melhores momentos daquele fatídico jogo que ficou conhecido posteriormente como a "Tragédia de Sarriá":






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