health

[automobilismo] [bleft]

Technology

[futebol][bsummary]

business posts

[futebol][twocolumns]

Respeito é bom...


Sob forte influência da audiência ávida por momentos hilariantes, imprensa troca de lugar com os comediantes e nem sempre faz o seu papel

Daniel Junior - @dcostajunior
Rio de Janeiro

Globo Esporte.com
É claro que vivemos um novo tempo na interatividade dos meios de comunicação, especialmente com o público. Os e-mails, fóruns, vídeos, tornaram-se ferramentas de medição (audiência) e também acabam mostrando o que repórteres, jornalistas e comentaristas podem fazer (e especialmente falar) quando um Zé-graça sai dos limites e os coloca em situações constrangedoras. Quase sempre, com muito jogo de cintura, os profissionais acabam se saindo bem. Quase sempre.

Quando Léo Bianchi (Globo) banca o simpático e/ou comediante na coletiva de imprensa no Palmeiras que contava com o jogador argentino Hernán Barcos, cumpre um papel que não é seu. Não precisa ser simpático, comediante, engraçado. Sua única função ali naquele momento é levar informação ao telespectador, sob alguma pauta estudada e também orquestrada por alguma direção de jornalismo. Qualquer outro assunto que não seja “Palmeiras”, “Campeonato Paulista”, “Gol” e afins, é irrelevante do ponto de vista da sua profissão.

Óbvio que teve quem o defendesse. Uma questão que se eleva além das que se discutem recorrentemente. No entanto, é bom observar que, nossos irmãos da América Latina não possuem o mesmo comportamento e postura quando confrontados por situações até então inéditas no exercício da sua profissão.

O jogador uruguaio Loco Abreu (Botafogo) negou-se a vestir a camisa do “Inacreditável Futebol Clube” (brincadeira comumente feita àqueles que perdem gols “fáceis” promovida pela Rede Globo de Televisão) por entender ser um desrespeito a sua profissão. Jogadores como D´Alessandro, Montillo e Botinelli (todos argentinos), por exemplo,  são contidos em suas entrevistas, não excedendo nada do que se espera deles: a prática do futebol, cada um com suas características.

Essa herança humorística, espalhada pelas redes sociais e também no youtube, não deveria interferir na boa convivência da imprensa com os atletas, desde que a imprensa seja imprensa e atletas sejam cordiais nas suas falas. A grosseria de Barcos ao xingar o repórter teve como medida o exagero. Nome não muito diferente do que pode ser dito de alguém que gasta um tempo de uma coletiva de imprensa, na qual estão inseridos outros profissionais, para perguntar se o atleta sabe do apelido de Zé Ramalho.

Espero que isso nada tenha a ver com o fato de que, para exercer a profissão não é necessário mais a formação acadêmica. Que não sejam formados, mas também que não sejam tão tolos.

Em tempo: o gol perdido por Deivid nas semifinais da Taça Guanabara, entrou para história. Durante muitos dias ainda se falará sobre o que chamam “o gol mais perdido de todos os tempos”. Assim como é saudável a zoação que contempla momentos históricos no esporte, o respeito pelo profissional não pode ser menor do que o investido em charges/esquetes nos meios de comunicação.

Nenhum comentário:

Seja bem vindo ao Leitura Esportiva. Seu comentário é bastante importante para nós!

Comentários anônimos não serão mais aceitos.