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Todos os clubes são indiretamente culpados pela morte do jovem Wendell



A morte do jovem de 14 anos que fazia teste para ser federado do Vasco da Gama, deflagra o quanto o futebol brasileiro é mega atrasado em algumas áreas.

Por Wilson Hebert
Rio de Janeiro/RJ

O CT de Itaguaí com sua aparência acanhada.
Foto: Globoesporte.com
A primeira coisa que tem que ficar bem clara neste post, é que este é um texto inteiramente opinativo. Caso o amigo leitor queira saber mais informações sobre o caso, fica aqui a sugestão para ler a matéria no globoesporte.com...

O futebol no país desde sempre foi alvo de muitas críticas feitas pelos próprios brasileiros. E o alvo principal costuma ser a organização. Mas se fizermos uma análise pegando décadas anteriores a atual, observaremos que mesmo debaixo de eternas críticas, houve evolução. Ou seja, a gente reclama do que vemos e nem damos conta que o que não vemos está muito pior...

A morte do jovem Wendell deflagrou que os testes realizados para os jovens aspirantes a jogadores, que tradicionalmente recebe a alcunha de ‘peneira’, independente do clube, continua exatamente com o mesmo romantismo (e amadorismo) da época dos nossos avôs... Dentro das dependências dos clubes, muito provavelmente há o mínimo de estrutura necessária. Mas nos núcleos geralmente não há. Nem nas escolinhas de futebol (pode haver exceções, claro, mas que não passam nem perto de ser maioria).

Portanto, crucificar o Vasco da Gama seria, seguramente, um exagerado oportunismo. Como seria também crucificar o São Paulo pela morte do zagueiro Serginho, que atuava pelo São Caetano no gramado do Morumbi quando veio a falecer em 2004. Infelizmente algumas lições de profissionalismo no nosso futebol só são aprendidas na porrada. Mais infelizmente ainda, é o fato de acrescentarmos o cuidado com a saúde nesse pacote.

Antes da morte do Serginho, qual estádio tinha um desfribilador disponível em todas as partidas? No Brasil, nenhum. Depois da morte do zagueiro, quase todos passaram a ter. Hoje, quantos núcleos de peneiras fora dos clubes contam com equipe médica e ambulância?

A justificativa do custo é bem consistente. Mas então que não se façam testes no verão justamente na hora do sol forte. Porque não fazer testes a noite? Porque não levar a molecada para uma visita aos médicos do clube? Não é possível que os jogadores profissionais ocupem tanto assim o departamento medicinal a ponto deles não terem tempo pra examinar, como se deve, os jovens, que são tão sujeitos a problemas de saúde quanto os jogadores adultos, pois são todos seres humanos. Óbitos de jovens cada vez confirmam mais que certos problemas de saúde não tem idade.

Esses processos – visita ao médico e peneira em horários amenos – deveriam ser práticas comuns. Basta ter bom senso. E pelo que se sabe Brasil afora, são incontáveis os clubes (pequenos, médios e grandes) que ignoram por completo essas medidas básicas.

Não estamos falando de gramado onde a bola role regularmente. Estamos falando de vida humana. Todo o cuidado é pouco. Agora que a morte de um garoto teve repercussão nacional, talvez façam algo. Mas esse costume de se agir de forma atrasada, depois do pior, é o real culpado. E não clube A ou B. É difícil, mas é preciso dizer: todos estão errando!   

A bandeira do Vasco deixou o velório do jovem Wendell bastante emblemático.
Foto: Globoesporte.com

Um comentário:

  1. Foi uma fatalidade e pronto, coisa triste, chata, ninguem queria que acontecesse, mas nao tem pq buscar culpado, todo mundo joga pelada e ninguem pendura um medico num alambrado a cada pelada. mas tem uma parada que ta pegando eh pq deixaram o mlk sem comer, ai pega

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