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King Otto voltou!



A primeira passagem de Otto Rehhagel pelo Werder Bremen foi em 1976, mas por lá permaneceu pouco tempo, só uma temporada. Em 1981, ele retornava para a sua velha casa, mas desta vez, para ficar.

Eduardo M. Júnior
Lauro Müller/SC
Futebol Europeu Online

Em 1993, o Bremen ganhou sua terceira
Bundesliga. Rehhagel era o técnico.
Foto: Herthabsc.com. 
Rehhagel ficou catorze anos em Bremen, tendo conquistado dois títulos da Bundesliga e mais dois da DFB Pokal, além de uma Cup Winners’ Cup. Tais conquistas lhe deixaram popular entre os torcedores, que passaram a lhe chamar de “King Otto”.

Em 13 de fevereiro de 1995, Rehhagel anunciou que deixaria o comando do Bremen no término da temporada, pois queria “novos desafios”. Este desafio foi no todo poderoso Bayern, mas com problemas de relacionamento com alguns “figurões” do time, não durou mais de uma temporada. O então técnico bávaro pregava que “a estrela do time era o grupo” e nomes consagrados, como Jean-Pierre Papin e Mehmet Scholl não gostaram muito disso e reclamaram em público da insatisfação com os métodos de treinamento de Rehhagel.

Em 1996, King Otto renascia. No comando técnico do Kaiserslautern, ele levou os vermelhos a seu quarto – e último – título alemão, isso em 1998. E o apelido de “Rei” se tornava algo mais fixo no currículo do treinador.

Otto Rehhagel ainda conseguiria em 2004, o enorme feito de levar a Grécia ao título europeu. Após o término da campanha grega na Copa do Mundo de 2010 – onde a seleção conseguiria marcar seus primeiros gols em mundiais, além da primeira vitória em sua história na competição -, o treinador, na época com 72 anos, decidiu deixar a seleção.

Após um pequeno tempo de inatividade, King Otto ressurge e assumirá o Hertha Berlin na segunda metade da temporada alemã.

Rehhagel já está treinando o Hertha. Foto: Herthabsc.com.
Rehhagel é o nome certo para o clube da capital. Na verdade, é o nome certo para a diretoria do clube, que acha que atualmente, o Hertha ocupa um status que não possui, de time que luta por títulos. Em outras palavras, eles acham que o time está no mesmo patamar de Bayern e Dortmund. No quesito técnico, as decisões do diretor esportivo, Michael Preetz mostram bem isso.

O Hertha tinha um treinador jovem e muito promissor, Markus Babbel, que aceitou o desafio de tirar o clube da segundona e assim o fez. O time começou bem a temporada – nas vésperas do duelo diante do Bayern, se falava até em vencê-los, coisa que não aconteceu -, mas após uma série de maus resultados, a pressão aumentou e o clima entre Babel e Preetz esquentou. A corda arrebentou no lado mais fraco e o treinador caiu.

Em seguida, veio Michael Skibbe. Tava na cara que era uma bola fora da diretoria. Skibbe foi rebaixado com o Eintracht Frankfurt e não durou mais que cinco jogos. Foram cinco derrotas em seus míseros cinco jogos e ele foi mandado embora.

A diretoria do Hertha se sente por cima da carne seca, acham que um time que tem Ebert, Kobiashvilli e Mijatovic pode ir longe. Então, trouxeram um treinador que julgam ser da altura atual do clube.

Soberba berlinense à parte, não deixa de ser um bom nome. Rehhagel tem tudo pra botar ordem nos conturbados ares de Berlin. Experiente – 73 anos – e com títulos na bagagem, King Otto pode salvar o Hertha de um vexatório novo rebaixamento. Tem um time razoável em mãos – mesmo com os três citados anteriormente – e com respaldo da diretoria, tem tudo para colocar o Hertha numa posição mais honrosa.

Citei no parágrafo anterior o “respaldo da diretoria” berlinense, acredito que ele virá pelo que Otto Rehhagel representa no futebol alemão. Tem nome forte e história no país. Vai ser complicado passar por cima de sua autoridade. Skibbe e Babbel, dois técnicos que ainda não tem a “cancha” de um King Otto e não sobreviveram aos duelos internos.

King Otto é lenda viva na Bundesliga. Foto: Herthabsc.com
Só para exemplificar essa experiência de Rehhagel: ele será o segundo técnico mais velho da Bundesliga, com 73 anos e seis meses. O mais velho foi Fred Schulz, que com 74 anos de idade, treinou o Werder Bremen em 1978. Porém, Otto é o mais “calejado”, tendo participado de 820 partidas como treinador, nenhum outro técnico tem números iguais ou superiores.

King Otto chega pra ser muito mais do que um treinador do Hertha Berlin, ele chega pra botar ordem na casa… Doze anos depois de sua saída da Bundesliga!

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