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Clássico de uma só cor


Manchester Utd. 2 x 1 Liverpool. Poucos lembram, mas tivemos um jogo no Old Trafford. Ainda no sábado, o vareio do incrível Tottenham no Newcastle,o Everton aumentando o grau da fritura de André Villas-Boas no Chelsea e a despedida gloriosa de Henry da Premier League. No domingo, Manchester City joga à italiana, vence e mantém liderança. E no outro clássico da rodada, West Bromwich esmaga Wolverhampton.

Por Renato Negreiros 
Rio de Janeiro/RJ

Rooney comemora o mais importante do jogo: o gol da vitória.
(foto: manutd.com)
Não imaginei que uma palavra que postei na semana passada seria a mais comentada e discutida deste fim-de-semana do Campeonato Inglês: “racista”. A rodada 24 marcava confrontos interessantíssimos com destaque para o maior clássico do país: Manchester United e Liverpool. Este jogo em si carrega uma aura única e inabalada de tradição e rivalidade. Entretanto, o jogo deste sábado proporcionaria o reencontro do atacante uruguaio Suárez e seu “algoz”, o lateral francês Evra. A expectativa foi correspondida antes mesmo de a bola rolar, com a esnobada do atacante do Liverpool em Evra no protocolar cumprimento pré-jogo.

Ao meu ver, Suárez foi imaturo e vingativo. Se almejava criar um clima hostil e se aproveitar disso, metade do seu objetivo foi alcançado. A outra metade, (que lhe favorecia) não deu muito certo. O clima ficou péssimo, os fãs do United o vaiavam a cada toque a bola e claramente os jogadores do United pegavam mais pesado nas divididas com o uruguaio. O problema é que o Liverpool parecia incapaz de ser melhor que o ligadíssimo rival e o 0x0 do intervalo ficou de bom tamanho para os comandados de Kenny Dalglish, pois o Manchester exerceu um ligeiro domínio.

Logo no comecinho do segundo tempo, veio a avalanche. Rooney marcou duas vezes em 3 minutos contra seu declaradamente mais odiado rival e deu a impressão que poderíamos estar diante de mais uma goleada, nesta temporada de grandes goleadas. Porém, o mal escalado Liverpool (Belllamy no banco em ótima fase e Downing por baixo, em campo) se refez do castigo e reequilibrou o jogo. Com sabedoria e a inspiração de Valencia, o United administrava a vantagem até que o Liverpool iniciou o sprint final. O polêmico Suárez aproveitou a hesitação de Ferdinand numa bola jogada na área e com oportunismo, fez o primeiro dos Reds. A pressão intensa do Liverpool se encerrou somente com o apito final. E a vitória manteve o Manchester na vice-liderança enquanto o Liverpool se estabiliza num preocupante 7° lugar.

Neste mesmo sábado, quem tivesse de uniforme na beira do gramado do White Hart Lane e gritasse “dez ou dois” como fazemos nas peladas do dia-a-dia, poderia ter entrado e jogado contra o 3°colocado do Campeonato Inglês. Um começo alucinante dos Spurs, com Ekotto fazendo o primeiro aos 4 minutos e o ex-Magpie Saha aumentando aos seis. Como ninguém do lado de fora gritou “é outra!” o Newcastle permaneceu em campo e foi severamente punido por isso. Adebayor foi o destaque da impiedosa goleada de 5 a 0. O togolês fez um gol e participou de outros três. Saha fez dois e Kranjcar completou. A goleada aumenta o coro que mobiliza o país em prol da escolha de Harry Redknapp para comandar o English Team em substituição ao demissionário Fabio Capello. O avermelhado treinador já sinalizou que gostou da ideia.

Em Liverpool, o Everton confirma sua ascensão derrotando com sobras o irregular Chelsea por 2 a 0. Pienaar fez sua volta ao Goodison Park em grande estilo, marcando cinco minutos após o apito inicial. Stracqualursi fez o outro gol, aproveitando passe do excelente Donovan. Os Toffees chegam agora ao 10°lugar e o time do “novo Mourinho” Villas Boas, é o quinto. O craque do Football Manager corre sério risco de demissão, uma vez que Abramovich tem um “q” de Beto Zini (presidente do Guarani que adorava demitir treinadores em seus tempos de Guarani) na hora de lidar com técnicos. Em tempo, Torres continua sem marcar.

E num campo que lembrava o Godofredo Cruz (“campo” do Americano, do Rio) o Arsenal conseguiu uma dificílima virada diante do Suderland no Stadium of Light. A vitória de 2 a 1 veio depois de 90 minutos de pouca emoção e técnica de ambos os lados. O primeiro gol veio depois que o gigante Mertesacker pisou num dos 215.876 buracos e tombou no pasto, deixando o caminho livre para o jovem McLean invadir a área e vencer Szczesny, aos 24 do segundo tempo. O Arsenal reagiu depois do gol, Ramsey deu um chute preciso de fora da área e igualou aos 35. Depois de uma pressão desordenada e muita resistência dos Black Cats, Henry foi novamente o responsável pelas maiores emoções de um jogo dos Gunners, marcando de coice o gol da vitória do time londrino, aos 46, após cruzamento perfeito de Arshavin.
Henry comemora o gol da vitória do Arsenal em sua despedida da Premier League.
(Foto: arsenal.com)
Esta foi a última partida do francês pela Premier League e na próxima quarta, fará seu último jogo deste retorno ao clube. Ao todo, foram seis jogos e três gols, marca que mata de inveja os mais prestigiados Chamakh, Fernando Torres e Carroll. Uma pena que nos privaremos de ver em ação o veterano e genial atacante e teremos de ver esses exemplos anteriores dando caneladas e buscando desesperadamente alguns golzinhos que possam salvar seus empregos. Henry volta ao NY Red Bulls deixando o Arsenal em 4°Lugar na Liga e o bom Sunderland agora é o 9° e têm de se orgulhar muito disso.


Hart assegura a vitória do City novamente.
(Foto: sports.yahoo.com)
 No domingo, o Manchester City fez o sonso (e competitivo) jogo italiano de Mancini e bateu o Aston Villa no Villa Park por 1 a 0. Lescott fez o gol e ninguém do time visitante teve vergonha de se recolher e esperar o adversário testar a sua solidez defensiva. Solidez que só foi premiada pela sensacional defesa que o goleiro Hart fez já nos minutos finais. O Villa começa a se preocupar com a zona de rebaixamento. Está à sete pontos dela. E seu jogo atual precisa de melhorias para que a temporada termine sem grandes sustos. Keane está de saída (volta ao LA Galaxy) e uma pena para os Villans que isso não sirva para Heskey, talvez o cara mais sortudo dos últimos anos na Liga, visto a desproporção de suas capacidades futebolísticas e de como ele é visto e tratado pelos clubes que o empregam.

O irlandês McCarthy começa a ler jornal
agora pelos classificados, de emprego.
(foto: Reuters)
Ainda no domingo, no clássico do Black Country entre os W’s, o West Bromwich trucidou o Wolverhampton na casa do rival por 5 a 1 e provocou a demissão do fraco Mick McCarthy do comando dos Wolves. O bom Odemwingie fez três gols e despertou do sono que mergulhou nesta temporada (tinha cinco até então) e merece destaque absoluto. Fletcher mais uma vez se salvou da mediocridade do time da casa, fez o gol, mas totalmente inútil diante da enorme apatia do restante do time.


Outros resultados da 25ª Rodada da Premier League:

(17°) Blackburn 3x2 Queens Park Rangers (16°). Jogo sensacional, depois de abrir 3 a 0, os Rovers permitiram a aproximação do QPR e quase cederam o empate. A luta do rebaixamento sempre causa essas emoções.

(19°) Bolton 1x2 Wigan (20°). O Bolton continua curtindo sua depressão e levando à estágios ainda mais avançados, perdendo para o horroroso Wigan.

(12°) Fulham 2x1 Stoke City (13°). Os Cottagers continuam surpreendendo seus fãs, ganhando e bem certos jogos e sendo dizimado em outros. Pogrebnyak fez o dele na estréia.

(11°) Swansea 2x3 Norwich City (8°). Maravilhosa campanha do Norwich, poucos apostariam que o time de Lambert estaria nessa posição em pleno fevereiro. 

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