Promessa na base e com um ótimo começo de carreira, Carlos Alberto parece não querer dar certo mais em nenhum lugar e está encostado no Vasco.
Luís Felipe Barreiros
Rio de Janeiro/RJ
Contratado em 2009 com a promessa de ser o líder da equipe que resgataria o Vasco para a elite do futebol nacional, Carlos Alberto conseguiu ganhar um certo destaque, mas nunca foi o jogador que chegou a ser campeão europeu.
Com uma Champions League, uma Copa do Brasil, um Brasileirão e um Mundial na bagagem, o meia tem uma habilidade rara, mas, devido a fatores que fogem da ideia de craque de bola e a aparente falta de interesse em jogar bola, o jogador não consegue mais dar certo em lugar algum.
Emprestado pelo Vasco ao Grêmio, o meio-campista conseguiu ficar poucos meses no clube e ser dispensado, sendo emprestado ao Bahia no mesmo ano e não tendo seu vínculo renovado com o clube baiano - sim, o mesmo time que tem no elenco os ex-vascaínos Jéferson, Morais, Magno e Titi. Chegou até ser recusado no Palmeiras nesse início de ano. Não sei porque, mas, mesmo com todo esse histórico de divisor de grupo, arrumador de problemas e, nos últimos anos, de não jogar absolutamente nada, há vascaínos que o querem de volta ao time principal, o que acho uma loucura total.
Tendo a união como maior trunfo desse elenco cruz-maltino, o jogador viria como aquele aluno novo com histórico de confusões em uma escola com grupos já formados e que encrenqueiros não são bem-vindos. O caso Bernardo, caso que consiste no fato do jogador ter entrado na justiça contra o clube pela falta de pagamento, é um exemplo que, mesmo sendo antes um jogador querido pelo grupo e torcida, qualquer alteração de comportamento que possa prejudicar ao grupo não é bem vista e, muito menos, bem aceita. Imagina um atleta que não é mais querido pela torcida e com o histórico 'carlos-albertiano'? E não adianta o argumento de 'compor' elenco, que o Vasco precisa de reposição no meio-campo. Você realmente acha que o jogador vai aceitar a ideia de ficar no banco e ser feliz com isso?
Não acredito que a possível volta do meia a São Januário seja uma boa tanto para o time quanto para o clube em si. Mesmo pagando 300 mil ao mês ao jogador para ele treinar separado, é melhor gastar o dinheiro e, ao mesmo tempo, procurar algum clube que o queira do que arrumar problema com a torcida num futuro bem próximo. Afinal, antes só do que mal-acompanhado e, com ele, o vascaíno estará em ambas as situações.
Concordo com você que o Carlos Alberto botaria a união do grupo em risco.
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