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16 histórias para contar



Jogar uma Eurocopa já deve ser algo muito gratificante. Para alguns jogadores, que às vezes estão em seleções periféricas e que raramente chegam a torneios de grande visibilidade, pode-se considerar como o ponto mais alto de sua carreira. Mas o que dizer de um jogador que tem em sua carreira o recorde de atleta que mais atuou em UEFA Euro? Essa é a história de Lilian Thuram.

Por Eduardo M. Júnior
Lauro Müller/SC
Futebol Europeu Online

Lilian Thuram é o jogador que mais vestiu a
camisa da França. 
Ruddy Lilian Thuram-Ulien nasceu em Guadalupe, território francês que fica no Caribe, mas iniciou sua carreira futebolística na França mesmo. O Mônaco foi o clube que o revelou e que ajudou a projetá-lo para o mundo do futebol. Por lá, Thuram atuou por quase 200 partidas, tendo balançado as redes em 11 oportunidades.

Depois de dois vice-campeonatos nacionais com o time do Principado, o zagueiro/lateral-direito se transferiu para o Parma. Foi lá que sua carreira engrenou de vez! Os títulos mais valiosos pelo clube italiano foram as duas copas da Itália e a Copa da UEFA. Com todo esse sucesso, Thuram se transferiu para a Juventus em 2001, permanecendo lá até o Calciopoli, que culminou no rebaixamento da Vecchia Senhora em 2006. O francês deixou Turim com dois títulos da Série A e um vice da Champions League.

Até 2008, Thuram defendeu o Barcelona de Rijkaard, já decadente naquela época. Quando estava prestes a assinar com o Paris Saint-Germain, foi diagnosticado um problema no coração, que impediu a continuação de sua carreira.

Mas não estou aqui para falar da brilhante carreira de Thuram e sim de sua história nas disputas da Eurocopa. Seu começo nos Bleus foi em 1994 e dois anos depois ele já estava na Inglaterra para jogar sua primeira UEFA Euro.

Lilian Thuram era peça de confiança do técnico Aimé Jacquet e participou de todas as partidas da França edição de 1996 da Eurocopa. A campanha francesa no papel até que foi boa – semifinalista e invicta -, mas no campo, isso não foi representado muito bem. Três empates e duas vitórias, porém, os dois jogos em que saiu como vencedor marcaram um futebol insosso e lento do time francês. Dos três empates, dois culminaram em disputas de pênaltis. Contra a Holanda, veio à vitória, contra a República Tcheca, a sorte não sorriu para os Bleus, que foram eliminados.

Só em 1996, já colocávamos na conta de Thuram cinco jogos na Euro. E ele ainda tem história no torneio!

Thuram conquistou a Euro em 2000.
Quatro anos depois, o defensor, na época, já campeão do mundo em 1998 – tendo feito dois gols na semifinal contra a Croácia, os seus únicos dois gols com a camisa da Seleção Francesa -, pôde ver seu nome no hall de grandes campeões franceses.

Podemos destacar duas curiosidades nesta edição da Euro, claro, envolvendo Thuram:

1 – A única derrota da França no torneio foi justo na partida em que o defensor não esteve em campo, no 3×2 para a Holanda;

2 – Em 96, Thuram, com cartão amarelo, não participou dos últimos minutos da semifinal contra a República Tcheca e o resultado já foi destacado acima. Na final de 2000, o jogador se viu na mesma situação, porém, Roger Lemerre, então técnico da Seleção, optou por deixá-lo em campo. O resultado disto tudo foi no histórico disparo de pé esquerdo de Trézeguet, que pegou Toldo no contrapé e deu o título a França no gol de ouro.

Coincidência ou não, o fato é que Thuram participou daquele grande time que ainda tinha Zinédine Zidane, Thierry Henry, Patrick Vieira, Didier Deschamps e Laurent Blanc. Eram mais cinco jogos pra sua lista, contabilizando dez!

Em 2004, a campanha francesa tinha tudo pra decolar. Les Bleus ainda tinham nomes como Zidane, Vieira, Henry, Trézeguet e é claro, Thuram, porém, havia uma pedra grega no caminho francês.

No início, a França mostrou enorme poder de reação, principalmente na estréia, quando virou pra cima da Inglaterra com dois gols de Zizou nos acréscimos da partida. Croácia e Suíça foram duas equipes que conseguiram igualar em gols com a França, porém, nenhuma das duas seleções conseguiu vencê-los – os croatas seguraram o empate, mas os suíços foram derrotados.

Só que nas quartas de final, a França foi bruscamente parada pela Grécia de Angelos Charisteas, autor do gol que eliminou Thuram e seus companheiros da Euro de 2004. O defensor conseguiu acrescentar a sua lista mais quatro jogos, somando catorze.

Capitão em 2008, Thuram participou do fracasso francês.
Em 2008, Lilian Thuram participou de sua última Eurocopa, porém, ele não deve ter tido o final que esperava. O confuso time treinado por Raymond Domenech não passou da primeira fase e somou apenas um ponto. A França ainda perdeu para a Itália por 2×0 e foi humilhada pela Holanda, 4×1.

Thuram participou dos jogos contra Romênia e Holanda, e em ambos, foi o capitão da equipe. Aliás, no duelo contra os romenos, o defensor chegou à marca de 15 jogos, chegando ao recorde de maior número de jogos em Eurocopas.

Dias depois, Edwin van Der Sar viria igualar a marca do francês, porém, pra um goleiro, é mais “fácil”. Thuram encerrou sua jornada na Seleção da França com 142 jogos e dois gols, jogador que mais vestiu a camisa de seu país e realmente a honrou. Com muita técnica, força e vigor nas marcações, Thuram ficou marcado na história do futebol de seu país.

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