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O que faz o Chicago Bulls tão forte?


Donos da melhor campanha da NBA querem provar que 2012 é o ano do time voltar a vencer depois da Era Jordan

Dudu
Basquete (Pick and Roll)
Rio de Janeiro/RJ

Boozer, Rose e Noah. Foto: Getty Images
A equipe do Chicago Bulls é dona da melhor campanha da NBA, com 33 vitórias e 9 derrotas. Por isso, muitos tentam estudar a fórmula da equipe, que poderia ser algo simples como a genialidade de Derrick Rose ou a defesa agressiva do sistema tático defensivo comandado por Tom Thibodeau. Mas como e por que essa fórmula tem dado tão certo?

GARRAFÃO

É um pouco simples, no garrafão temos Joakim Noah e Carlos Boozer.

Noah luta por cada bola como um prato de comida, tanto na defesa como no ataque, atrapalhando ao máximo seus adversários e fazendo seu papel com extrema perfeição. Vem com médias de 10.4 rebotes por partida, e até conseguiu seu primeiro triple-double na carreira.

Já Boozer é dono de um trabalho de pernas de dar inveja a muitos jogadores. Tem talento, e no ataque demonstra isso com médias de 15.4 pontos e 8.1 rebotes. Indo além das estatísticas, Boozer ocupa um espaço na horizontal que dificulta demais a vida de seus adversários, ocupa espaço dentro do garrafão como um gigante no ataque e na defesa. Defesa também que Boozer, junto a Noah, comanda com perfeição, gritando, comunicando os bloqueios, abrindo o espaço para os companheiros de time não ficarem presos.

Vindos do banco, Taj Gibson dá mais velocidade ao time, enquanto Omer Asik consegue segurar o rojão para que Noah descanse.

ALAS

Nas alas, temos Luol Deng, Rip Hamilton, Ronnie Brewer e Kyle Korver.

Luol Deng, uma das principais peças defensivas da equipe, é alto e tem braços longos, além de ser forte e atlético. É o jogador que qualquer treinador quer ter no time. Especialista em defesa, marca do armador ao ala-pivô. Seus adversários sofrem para receber a bola, e receber livre é praticamente impossível quando se é marcado por Deng. Ainda mais com Noah e Boozer executando com perfeição a saída de bloqueio de seus companheiros. No ataque, Deng é dono de médias de 15.3 pontos e 6.7 rebotes.

Ronnie Brewer está mais ou menos no meio caminho de Deng. Talvez não execute com tanta perfeição o jogo defensivo como seu companheiro, mas também tem como especialidade a defesa. Até ano passado, era considerado o ponto fraco de Chicago, pois não pontuava muito e sobrecarregava a vida de Rose. Nesta temporada, Brewer está mais tranquilo, já que conseguiu a companhia de Hamilton, que executa melhor o papel ofensivo. Com isso, Ronnie vem com médias de 7.6 pontos e 3.4 rebotes por partida.



Falando em Rip Hamilton, quando está saudável é o nome perfeito para desafogar Derrick Rose e fazer o Bulls jogar ainda mais fácil. É um jogado bom defensivamente e, quando se trata de ataque, estamos falando do cara que sai com maestria dos bloqueios de seus companheiros. Então, juntando os bloqueios de Noah e Boozer com a saída de bloqueio de Hamilton, temos uma combinação quase perfeita. Só não é perfeita pois Rip não está bem fisicamente na temporada, e jogou apenas 16 jogos nessa temporada, alcançando média de 11.3 pontos por partida. Mas nos playoffs, caso se recupere, será peça chave para o Bulls.

Já Kyle Korver todos nós sabemos como é: seu forte é o arremesso de três pontos. E é isso que ele executa com extrema maestria, acertando 41.1% das bolas de três pontos, com médias de 7.4 pontos por partida.

Em uma fórmula simples, temos Deng e Hamilton para atacar e marcar, Brewer mais para marcar e Korver mais para atacar. Mais balanceado, impossível.

ARMAÇÃO

Sinceramente, essa é uma das posições que dispensa apresentações, já que estamos falando simplesmente do MVP mais novo da história da NBA.

Derrick Rose é o diferencial do Bulls. Sua velocidade, força, impulsão e controle corporal são de outro mundo, e é até difícil achar características para um cara que já é conhecido e admirados por todos. As pessoas falam somente de seu poder ofensivo, mas tudo isso que ele usa no ataque também é usado defensivamente. Rose sempre está em cima de seus adversários, cheio de intensidade, e é por isso que ele é considerado um dos melhores jogadores da liga. Está novamente brigado pelo prêmio de MVP da competição, com médias de 22.5 pontos e 7.8 assistências por partida.

Na reserva, temos C.J Watson, que vem bem nesta temporada, com médias de 9.8 pontos e 3.9 assistências por partida. Parece que o cara está tirando proveito de treinar todos os dias com Rose, e vem evoluindo seu jogo. Com isso, vem ajudando bastante sua equipe e dando descanso ao titular.

COMISSÃO TÉCNICA

Tom Thibodeau é o cabeça de tudo. Ele viu o time que tinha e montou com extrema perfeição seu estilo de jogo. O time do Bulls é todo um quebra-cabeça. Todas as situações de uma partida tem uma saída para a equipe de Chicago. Se precisa de pontos no garrafão, temos Boozer. Se precisa de bolas de três pontos, temos Korver. Se precisa de um time alto, é só colocar Brewer e Deng nas alas, entre outras variações já conhecidas da equipe. O técnico já transformou esse Bulls na melhor equipe da franquia desde os tempos de Michael Jordan - não comparando, apenas dizendo que o time nunca esteve tão forte desde a saída de MJ – e em um dos favoritos a vencer a NBA em 2011-12. Com tudo isso, Thibodeau ainda tem o talento de Rose, que faz a diferença e que ainda ajuda no processo coletivo da equipe.

***

Uma fórmula praticamente perfeita, gostosa de se ver, e de se entender. Procurem reparar em tudo isso que disse aqui e vocês vão ver que realmente o time do Bulls é um quebra-cabeça, onde a peça principal é Derrick Rose. E mesmo com Rose sendo o óbvio protagonista, dá para definir essa equipe em duas palavras: trabalho coletivo.

2012, o ano do Chicago Bulls.

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