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Você acredita nesse Palmeiras?


Evolução é a palavra que vem definindo o Palmeiras de 2012. Sem empolgação, é claro.

Luiz Guilherme de Almeida
Belo Horizonte - MG

Você acredita nesse Palmeiras?
Você, torcerdor ou não do alviverde, como se posiciona a respeito sobre esse início de temporada?

Para começar, vamos ficar claros em uma coisa. Estaduais não são parâmetros para análises mais detalhadas, daquelas que enaltecem pseudo-Barcelonas de primeiro trimestre. Especialmente o enfadonho Paulistão, com suas esprimidas datas e onde os clubes do interior pouco mostram força frente a eles mesmos, aos grandes pior ainda.

Entretanto, falaremos sobre evolução. Evolução essa que apresenta o Palmeiras, visivelmente, quando comparado ao tumultuado e fraco ano de 2011.  Indiferente de disputar um estadual não tão forte,  o time de Felipão evoluiu, e não foi pouco.

A torcida ainda ressabiada com esse futebol eficiente, espera que a consolidação dessa equipe dê resultados já na fase final do Paulista e no início de Copa do Brasil. A invencibilidade atual de 18 jogos não valeria de nada se não fosse o crescimento do jogo coletivo e tático que apresenta aos poucos o novo Palmeiras.  Os fatores para tal evolução são vários, dentro e fora de campo.

Fora dele o clube parece ir botando a bagunça em ordem, gradualmente. Contratar César Sampaio foi uma bola dentro. O Palmeiras 2011 sofria o desgaste do então diretor de futebol/técnico Felipão com o elenco e diretoria. Fazendo as vezes desse profissional, o técnico colecionou problemas, como o episódio Kléber. Esse, saiu da Academica sem deixar saudades. O vestiário palmeirense nunca esteve tão tranquilo quanto agora. César Sampaio é de fala mansa, chegou trabalhando dentro das possibilidades. Se não trouxe os “camarões” que pedia Felipão, conseguiu fazer contratações até agora pontuais, dando profundidade à um elenco que era bastante limitado, raso.

A diretoria também parece ter colocado a mão na consciência e resolvido dirigir o clube, ao invés de orquestrar publicamente brigas, disputas e impasses dantescos. Estando lá pra unicamente gerir um clube  já facilita muito, sem atrapalhar.

Mas dentro de campo é que a evolução é mais evidente. Como disse, o elenco do Palmeiras em 2011 sofria com a limitação técnica, total falta de opções e perspectiva. Era dependente de forma extrema de lances de bola parada de Marcos Assunção. Entretanto a história tem mudado. O elenco vem sendo melhor qualificado. Ao acertar com Juninho, o Palmeiras trouxe um jogador que toma conta do setor esquerdo por inteiro. Chega a frente com velocidade, além de recompor rapidamente. Ninguém parece se lembrar de Rivaldo.

A zaga, se não é um primor técnico, ganha mais opção com o jovem Arthur, que faz a dupla função zaga-lateral direita de forma eficiente.  Entretanto o mesmo setor já foi mais sólido, vide no ano passado. Na contenção, Márcio Araujo é destaque por não comprometer e jogar o essencial. Já Assunção continua com o pé calibrado, criando muitas oportunidades nas bolas paradas. Tais jogadas ainda são o forte do Palmeiras, mas ao contrário do ano passado, não é a única e exclusiva forma de se jogar futebol.

Na ligação entre meio e ataque, o time parece ganhar uma cara de vez. Valdívia voltando de constantes lesões esboça algum lampejo. Daniel Carvalho foi contratado mas Felipão descarta por hora usar dois meias. Segundo ele, o time estaria desguarnecido dessa forma. Contudo tal formação vem rendendo ao Palmeiras boas atuações, com certa criatividade que andava sumida na hora de armar jogadas. Carvalho e Valdívia são jogadores técnicos, que sabem trabalhar a bola. Já mostram ter certo entrosamento nesses primeiros meses. Talvez seja o momento de se Felipão trabalhar essa hipótese. Além do que, vem aí Wesley. O jogador ainda entrará na equipe e ao que tudo indica, fará um pouco mais do que a função que João Vitor faz hoje (contido na ala), caindo pela direira. A diferença é que o ex-santista tem qualidade para chegar à frente, jogando próximo à Valdívia ou Carvalho, dando mais opção de jogada. Ressalta também a boa característica que tem em fechar bem o meio campo, atuando como um terceiro volante, bem como gosta Felipão. Um jogador versátil que surge em um momento providencial dessa reformulação.

Barcos já chegou ajudando ao Palmeiras
Foto: http://listas.terra.com.br
Porém é na frente que está a maior evolução até agora. O centroavante argentino Barcos chegou e contribui a cada jogo para a consolidação dessa evolução. Longe de ser um poste, paradão na área, Barcos tem a técnica para fazer jogadas individuais,  a presença de área de artilheiro e principalmente, um senso tático muito positivo. Ele sabe que a equipe precisa dele como referência, mas cria espaços buscando jogo fora da área também, trazendo a aproximação de Maikon Leite e Valdívia. Dessa forma, o setor ofensivo do Palmeiras começa a diversificar seu fluxo, ora com Barcos, ora com a velocidade de Leite ou com a movimentação e toque envolvente de Valdívia e Carvalho.

O que antes parecia improvável, vem sendo feito. Variações táticas estão sendo feitas até mesmo durante os jogos, reflexo de como o elenco vai aos poucos encorpando, assimilando essa nova postura. Felipão ainda conta com reservas como Patrick e Ricardo Bueno, além de Luan – machucado – caso queira trabalhar alguma situação mais ofensiva.

Os resultados estão dentro de campo. Até aqui a equipe é líder invicta do Paulistão, com 9 vitórias e 5 empates. Joga partidas convincentes como em ambos os clássicos - 3x3 contra São Paulo e vitória 2x1 frente ao Santos) – e vem mostrando a boa desenvoltura ofensiva, com o melhor ataque da competição ao lado do São Paulo, 32 gols. Na Copa do Brasil não deve se comprometer.

Como disse, estaduais não servem de parâmetro para medir a força real de uma equipe. O que o Palmeiras vem fazendo é diferente disso. Antes de mostrar qualquer força,  a equipe mostra evolução, desenvolvimento. Pode perder o Paulista ou até sair da Copa do Brasil. Porém,  é notável o quanto a situação mudou no Palestra. De um time agonizante no segundo semestre de 2011, passou para um time com alguma perspectiva e menos previsível em 2012. Bom trabalho feito por Felipão, pelo elenco e quem diria, pela diretoria que precisa acertar a mão de verdade agora.

Você acredita no Palmeiras de 2012? Sem empolgação, eu vejo uma boa perspectiva. A torcida agradeçe.

Um comentário:

  1. Sempre vi o maior problema do Palmeiras sendo a diretoria, que desenvolvia uma gestão muito porca do clube, brigas internas que invariavelmente atrapalhavam o rendimento em campo. O bigode ta fazendo o trabalho dele mais calado, o que tambem é muito importante.

    Não acredito que o Palestra vá brigar pelo titulo brasileiro, acho que uma vaga entre os 4 na Copa do Brasil e a parte de cima na tabela do Brasileiro são os objetivos mais palpáveis... Mas vai que esse time consegue ainda mais cola? Barcos foi um upgrade impressionante na frente, Maikon Leite é uma alternativa bem interessante. Fato é que esse time promete voltar a dar alegrias aos palmeirenses, coisa que não acontece a muito tempo.

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