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Erros e acertos

Num dérbi marcado por "erros e acertos" do treinadores de Juventus e Inter, se deu melhor o jovem Conte, que corrigiu seus equívocos na etapa final, enquanto o experiente Ranieri se perdeu durante a partida. Abaixo, a análise tática da peleja.

Por Arthur Barcelos
De Marabá-PA

Antonio Conte e Claudio Ranieri (Foto: Getty Images)
Jogo após jogo, fica cada vez mais claro de como Claudio Ranieri é cabeça dura. E num jogo de tamanha importância como o Derby d'Italia, mesmo com uma Inter desacreditada na temporada, ser cabeça dura tem suas consequências, como por exemplo, uma demissão. Foi isso que aconteceu com o romano na segunda-feira, que teve o contrato com a equipe de Milão rescindido. 

E Ranieri fez valer sua experiência - 25 anos como técnico - para bloquear o 4-3-3 da invicta Juventus de Conte. E foi simples nessa decisão. Ao invés de seu 4-4-2 em linha (britânico, ortodoxo...), optou por um 4-4-2 com o meio-campo em losango. Com essa mudança no sistema tático, conseguiu neutralizar os homens responsáveis pela criação de jogadas bianconera: Pirlo, Vidal e Marchisio. 


Isso se deve ao encaixe do 4-4-2 losango sobre o 4-3-3 com triângulo de base alta no meio-campo, tendo como os principais confrontos Poli x Pirlo, Obi x Vidal e Zanetti x Marchisio. O mais importante, no entanto, foi Ranieri ter uma vantagem numérica maior nas disputas do meio-campo, já que tinha Stankovic na sobra, dando apoio na marcação à Obi e Zanetti, além de ser responsável pelo primeiro passe - que por vezes se tornava o único e último. Lembrando um líbero, mas à frente da linha defensiva.

Linha defensiva essa que também tinha vantagem no confronto, já que eram quatro homens interistas contra três juventinos. Entretanto, essa vantagem numérica não garantiu uma total segurança. Isso porque Nagatomo esteve perdido em campo, perdendo praticamente todas as bolas para Pepe, que se tornou a única saída ofensiva do time de Conte, recebendo o auxílio de Cáceres. Por ali, foram três boas chances criadas, mas Júlio César e a falta de pontaria de Matri e Vucinic garantiram o zero no placar.

A Inter fazia uma partida taticamente muito boa, mas como nos últimos jogos, pecava no momento mais importante, o de fazer o gol. E Buffon foi o carrasco interista, fazendo defensas espetaculares na primeira etapa. Foram ao todo, seis chances desperdiçadas. Essas chances geralmente vinham de contragolpes e passes longos, sempre procurando os Diego's, Milito e Forlán. Como no lance abaixo, em que Stankovic lança Milito entre Chiellini e De Ceglie, mas 'Il Principe' teve seu chute defendido por Gigi, e no rebote, acabou isolando. 


Chances desperdiçadas, uma Inter inteligente, bloqueando a Juventus e levando perigo em contra-ataques... esse foi o primeiro tempo. Mas nada de gols. 

Na volta do intervalo, Antonio Conte decidiu não mudar nada - provavelmente passou instruções, essas que não surtiram efeito -, assim como Ranieri. E a tônica do jogo manteve-se, com uma Inter superior, defensiva e ofensivamente. 

Então Conte viu a necessidade de mudanças. Tinha opções para optar por um 4-4-2, ou o 3-5-2. Sacou Pepe e Matri, para as entradas de Bonucci e Del Piero, reposicionando sua equipe no 3-5-2 (desdobrado em 3-1-4-2).


E deu certo. Isso porque o time de Ranieri se perdeu em campo, assim como o mesmo. O bloqueio do primeiro tempo já não existia e a defesa se posicionava muito mal, especialmente os experientes zagueiros, Lúcio e Samuel, que ficaram vulneráveis à Del Piero e Vucinic/Quagliarella, esses que se movimentavam bastante, abrindo espaços. Stankovic, que fazia a cobertura, já não mais cumpria o papel.

Esses foram fatores determinantes para a vitória bianconera. O primeiro gol, entretanto, não foi só por culpa dos zagueiros, mas da marcação na bola parada. Pirlo bateu o escanteio de Cáceres, entre quatro homens sem marcar, subiu sozinho e cabeceou.


Atrás do placar, Ranieri sentiu que o time necessitava de maiores opções ofensivas, já que tinha apenas Maicon e os lançamentos longos, poucos e ruins, como geradores de oportunidades de gols. Colocou Faraoni e Pazzini, justamente nos lugares de Poli e Obi, os melhores interistas em campo, ao lado de Maicon. O 4-4-2 losango foi mantido, tendo Forlán como o vértice ofensivo. 


Com Forlán no lugar que antes era ocupado por Poli, Pirlo teve o espaço necessário. Assim como Vidal e Cáceres levaram a vantagem sobre Faraoni e Nagatomo. A Juventus, que já tinha o controle do jogo, passou a ter ainda mais domínio, especialmente pelo aliviador gol de Cáceres. 

E em mais um erro defensivo, saiu o segundo gol. Na entrada da área, Vidal limpou Faraoni, que precipitadamente deu o bote errado, e percebeu a movimentação de Del Piero nas costas de Samuel, que saiu de seu posicionamento para roubar a bola do meia chileno, lançando para o experiente atacante juventino, que não recebeu a cobertura de Stankovic, nem de Lúcio, tocar na saída de Júlio César.


Com o 2-0, a Inter praticamente desistiu da partida. E isso pode ser visualizado pelo números: enquanto o time teve seis chances no primeiro tempo, não deu sequer um chute a gol na segunda etapa. Nada. Zero. 

Já a Juventus, continuava com o domínio, mas com o ritmo mais lento. E em nova falha da defesa interista, quase o terceiro saiu, quase, porque Quagliarella perdeu uma chance de ouro, ao ver Maicon cortar seu desvio em cima da linha. Nas imagens abaixo, Chiellini, cercado por três jogadores, passa facilmente por todos e sai na cara de Júlio César, e toca para Quagliarella, perder o gol.


Com a vitória, a Juventus mantém o tabu de quatro jogos sem perdeu para seu maior rival, além de mostrar que ainda tem forças para recuperar a liderança. Já a Inter, bem, ocupa a oitava colocação, longe da terceira vaga para a Champions League 12/13, e sem forças para conseguir a vaga na próxima Europa League. Resta saber se Stramaccioni conseguirá conseguir fazer algo nos nove jogos restantes. 

Resultados da 29ª rodada: Milan 2-1 Roma, Palermo 1-1 Udinese, Atalanta 2-0 Bologna, Lazio 1-0 Cagliari, Napoli 2-2 Catania, Genoa 2-2 Fiorentina, Chievo 1-1 Siena, Novara 0-0 Lecce, Cesena 2-2 Parma, Juventus 2-0 Inter (Média de gols/jogo: 2,4)

Seleção da rodada: Buffon (Juventus); Cáceres (Juventus), Diakité (Lazio), Stendardo (Atalanta); Belluschi (Genoa), Dzemaili (Napoli), Donati (Palermo), Vidal (Juventus); Del Piero (Juventus), Ibrahimovic (Milan), Giovinco (Parma). Téc.: Antonio Conte (Juventus)

Jogos da 30ª rodada: Catania-Milan (31/03), Parma-Lazio; Roma-Novara (01/04), Bologna-Palermo, Siena-Udinese, Cagliari-Atalanta, Lecce-Cesena, Fiorentina-Chievo, Inter-Genoa, Juventus-Napoli

Classificação da Serie A, aqui.


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