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Pensando o intocável



El Loco, Felipe, Fred e a intocabilidade: refletindo a situação no futebol brasileiro

Caio Cidrini
Rio de Janeiro/RJ

O atacante uruguaio do Botafogo
O Botafogo jogou pela 1ª eliminatória da Copa do Brasil na quarta-feira que se passou. O adversário foi o Treze-PB, o resultado um empate e uma atuação criticável. No entanto, a ausência de Loco Abreu foi o destaque. O uruguaio já ficou alguns jogos sem atuar, por causa dos torneios que a seleção disputou e lesões, mas agora a situação é outra. O atacante não atuou pois está fora de condições técnicas e físicas.

El Loco, devido as circunstâncias, personalidade e necessidade se tornou ídolo da torcida botafoguense. Desde que recuperou a posição na volta da Copa do Mundo de 2010, ele alcançou o status de peça fundamental da equipe. Loco é só um exemplo dentro de uma diversidade de casos. Recentemente vimos o meia Felipe, de qualidade incontestável e também ídolo da torcida no banco de reservas do Vasco da Gama, tendo inclusive reclamado publicamente sobre tal caso. Condição que não faz parte da cultura dos atletas que atuam no Brasil.

Fred, ainda pelo Lyon
O atacante Fred, por exemplo, não alcançou o sucesso na Europa por não conseguir ficar como opção em alguns jogos. Isto é resultado da tradição brasileira que elege 11 titulares, os quais normalmente só são modificados por lesão ou incompatibilidade com o técnico da equipe. Claro que muito disso se dá pela ausência de opções, porém acredito que a ausência de opção também é condicionada pelo status de intocável de alguns jogadores. Não quero discutir a qualidade ou papel de um ou outro jogador, mas sim o fato do status de intocável que permeia o futebol canarinho.

Até que ponto a titularidade absoluta pode existir no futebol? Acredito que, devido ao sistema que vivemos, é necessária a existência de lugares demarcados, até para estimular a competitividade e desenvolvimento dos atletas. Porém, quando essa “batalha” atinge o brio de um jogador consagrado, ou põe um ídolo fora de um jogo? A questão é muito complexa, perpassa a personalidade de cada jogador, com a reação da torcida e papel do treinador. Deve ir além ainda, mas é certo que a intocabilidade precisa ser pensada.

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