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O Negueba é limitado, mas não é o carrasco do Fla


A sexta-feira rubro-negra amanheceu tenebrosa no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, para aqueles que admiram e torcem pelo Mais Querido do País. 

Por Wilson Hebert
Rio de Janeiro/RJ

Apesar da resultado pífio, Flamengo teve um ensaio
de camisa 10. Foto: Lancenet. 
Entre felizardos por terem uma assinatura a cabo que contém o único canal a transmitir o torneio-mor da parte centro-sul do continente americano, entre os que foram reforçados a retornarem aos tempos românticos do futebol onde a emoção se fazia ouvir no radinho, e entre aqueles que se aglomeraram nos bares de esquina da vida para assistirem a partida que prometia algo de diferente por haver, no meio-campo, uma escalação pra lá de "a parte" do que é habitual ao técnico do Fla, a profecia se cumpriu. Até de forma exagerada. Não se viu ou ouviu algo de diferente, mas sim tudo de diferente.

O Fla jogou, tocou, encantou, trabalhou. Não se preocupou em marcar, em destruir, em roubar. Louvável um setor meio-campista com Luiz Antônio, Muralha, Thomás e Ronaldinho Gaúcho, que após participar do "Mais Você", foi 'mais ele'. Não o 'ele' do pagode, mas sim o 'ele' do futebol. E claro, não há como negar que isso se tornou bastante possível por ter, ver e contar com companheiros que joguem mais futebol.

Isso não foi uma evolução? É claro que foi! Esquecemos por um instante o resultado e pensemos momentaneamente na temporada que está por vir, no "daqui pra frente". O Flamengo encontrou uma escalação ideal? Se não encontrou, chegou bem certo dela, convenhamos. Isso não pode ser apagado, destruído ou desmentido pelo momento derradeiro da partida que entristece os torcedores flamenguistas neste 16 de março. 

Ponderemos: é uma tristeza ocasional, bem mais fraca do que aquela de 2008, que foi definitiva, bem mais vergonha. Na ocasião, time foi eliminado, derrotado, espancado, desonrado. Bem diferente do que ocorreu nessa quinta-feira, não? 

Cheguemos ao momento crítico. Negueba entrou no jogo. Entrou numa barca furada. Já é sabido da sua limitação. Ele dribla? Sim. Ele joga pra frente? Sim. Ele não perdeu e nem vai perder suas características por conta do último jogo. Ele marca? Não. Ele recompõe? Não. Ele é aplicado taticamente? Não. Dá pra se imaginar que essa "derrota", muito embora dolorosa, também não vai servir de aprendizado ao jovem reserva do Fla. Só esse capítulo não, mas muitos, em conjunto, é que poderão ensinar algo ao rapaz. 

E era uma vitória que se construía com soberania coletiva. Era um time fazendo a sua melhor partida desde um bom tempo. Como, então, com uma alteração, tudo ir por água abaixo? Será que foi mesmo 'só' essa alteração? É muito mais fácil achar culpado que segurar um placar de 3x0, parece. E é aí que mora o perigo. É retrocesso crucificar alguém que atuou alguns minutos, ou, ainda por conta desses minutos, desqualificar o técnico por ter feito o que não costuma fazer, que era pra ter dado certo, mas que deu errado.

Aliás, dar errado faz parte, mesmo quando se busca a evolução. Até na vida é assim. O que não é aceitável é permanecer na burrice. Voltar ao que não parece ser o melhor, é digno de questionamentos. 

Mas, por ontem, e tão somente, o que transpareceu foi a falta de espírito. Sim, um espírito peculiar por demais: o tal espírito de Libertadores. O Olímpia não pareceu ser um time dotado de técnica. Essa impressão também temos com relação aos pequenos do Campeonato Carioca. Mas se mostrou aplicado taticamente, responsável por si próprio de não se entregar jamais. 

Mesmo jogando bem durante boa parte do tempo, aqueles que se desenhavam como derrotados inglórios, podem se glorificar de terem ensinados (mais uma vez) uma bela lição ao vermelho-e-preto do Rio de Janeiro: vocês podem jogar bem, muito bem, mas o jogo amigo, só acaba quando o juiz termina. É, fazer o que?


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