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Ronny Turiaf e o problemático garrafão do Heat



Francês chega para tentar arrumar um dos maiores defeitos do time de Lebron e Wade na busca pelo título


Vinicius Carvalhosa
Basquete (Pick and Roll)
Rio de Janeiro/RJ


Jogador já passou pelo Knicks. Foto: Getty Images
Ronny Turiaf não é dos mais altos – tem 2,08m. Também não é dos mais técnicos. Sempre foi conhecido, principalmente nos tempos de Los Angeles Lakers, pela energia e vontade que trazia à quadra, além da defesa agressiva, no estilo Anderson Varejão. Levantava a torcida com sua garra. Ao sair da franquia hollywoodiana, em 2008, todos achavam que sempre teria seu espaço nos elencos da NBA. Porém, jogando por Golden State Warriors, New York Knicks e Washington Wizards, não conseguiu chegar perto do sucesso que teve em LA. Ainda assim, o Miami Heat resolveu apostar nele.


O francês foi dispensado pelo Denver Nuggets logo que chegou na troca que levou também seu companheiro JaVale McGee para o time e enviou Nenê para Washington DC. Após o interesse demonstrado por algumas franquias, ele acabou assinando com a equipe da Florida, que buscava a qualquer custo alguém para ajudar na rotação de garrafão: além do diretor Pat Riley e do técnico Erik Spoelstra, as estrelas do time Lebron James e Dwyane Wade também ajudaram a “recrutar” o ala-pivô. Já recuperado da lesão na mão que o afastou das quadras no início da temporada, Turiaf chega com a missão de melhorar um pouco um dos maiores defeitos do elenco.


O garrafão sempre foi um problema para o Heat. Desde que chegou à South Beach, o craque Chris Bosh logo afirmou que nunca mais queria ser improvisado por muito tempo como pivô, como acontecia no Toronto Raptors. Caso aceitasse, o time poderia facilmente usar o útil Udonis Haslem na posição 4 ao lado de Bosh. Embora joguem juntos bons minutos, Haslem é baixo demais para ficar no interior do garrafão por muito tempo, já que tem apenas 2,03m. O titular Joel Anthony é inexistente no ataque, marcando apenas 3.2 pontos por jogo, e não pega tantos rebotes (4.2) ou dá tocos (1.3) como se espera de um pivô defensivo. Os reservas Dexter Pittman e Eddy Curry jogam pouco e não passam confiança. A franquia chegou ao ponto de assinar com o bom defensor Mickell Gladness, de 2,11m, mas que desde que saiu da NCAA em 2008 (onde jogou por Alabama A&M e chegou a distribuir 16 tocos em um jogo, recorde universitário) nunca havia jogado na NBA – passou pelo basquete holandês e pela D-League. Agora que seu segundo contrato de dez dias expirou após jogar apenas 3.5 minutos por jogo em oito aparições, o espaço foi aberto para Turiaf.




A tarefa do francês em quadra será tentar contribuir o máximo de tempo que puder improvisado na posição 5 – já jogou bastante ali pelo Knicks – e garantir boa defesa e muita disposição. Pode até acertar um ou outro de seus jumpers razoáveis (tem médias de 5.2 pontos e 3.8 rebotes na carreira), mas isso não é prioridade, já que a equipe nunca exigiu produção ofensiva dos pivôs – já tem Lebron, Wade e Bosh para pontuar. Ou seja, só precisa fazer o que sempre fez. Com a experiência de quem já superou até uma delicada cirurgia cardíaca e voltou a jogar um esporte de alto rendimento, Ronny traz o que o Heat mais precisa para chegar ao título: coração.

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