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GUIA DO CAMPEONATO PAULISTA 2012 - PARTE 1

Diego Henrique de Carvalho
Futebol Paulista

Com a estreia deste espaço sobre futebol paulista - aqui, no Leitura Esportiva - às vésperas do início do Paulistão (cuja atual existência, a meu ver, só faz sentido aos clubes que precisam dele – mas isso é tema para um futuro post), lançarei hoje e nos próximos três dias uma breve apresentação das vinte equipes que participarão da edição de 2012.

Dou a largada com as agremiações de Ribeirão Preto e Campinas, além do Bragantino. No sábado, dia em que a bola começa a rolar, terminarei com o quarteto de grandes da capital mais o Santos.

O (questionável) método de disputa continua o mesmo de 2011: os vinte times se enfrentam em turno único durante 19 rodadas. Os oito primeiros fazem a fase de mata-mata, com quartas-de-final, semi e final. Apenas a decisão possui dois jogos, de ida e volta.

Embora em suas últimas edições tenha sido caracterizado pelo baixo público, o mais competitivo estadual do país permanece vivo, sobretudo, pelas fartas cotas de tevê que os clubes recebem, além da necessidade de preencher a grade de transmissão esportiva da Rede Globo, detentora dos direitos exclusivos da competição.

Vamos às prévias dos cinco primeiros times.

Botafogo

Fundação: 12/10/1918

Cidade: Ribeirão Preto (a 313 km da capital paulista)

Estádio: Santa Cruz (28.562 lugares)

Mascote: A Pantera da Mogiana

Em 2011: 13º colocado

Destaque: Márcio, campeão paulista do interior pelo Grêmio Prudente, em 2005

Fique de olho: Luís Ricardo

Provável capitão: Márcio ou Marquinhos

Contratações: Goleiros: Márcio (ex-Atlétigo-PR); Juninho (ex-Anápolis) e Paulo Vítor (ex-Vitória-ES)
Zagueiros: Gustavo Bastos (ex-Avaí); Cris (ex-Noroeste); Marquinhos (ex-Istambul BB-TUR); Daniel Horst (Joinville)
Laterais: Alex (ex-Primavera); Paulinho (ex-Coruripe-AL); Edmar Capixaba (Real Noroeste-ES), Raul (ex-lateral-direito)e Raul (ex-Atlético-PR)
Volantes: Vinícius (ex-Sporting Pombal-POR) e Gil Baiano (ex-Rio Branco-ES)
Meias: Emerson (ex-Mogi Mirim); Vitor Huvos (futebol coreano); Fabinho (ex-Skonto, da Letônia) e Israel (ex-Cuiabá-MT)
Atacantes: Clebinho (ex-Itapirense); Talles Cunha (ex-Internacional); Luiz Ricardo (Mauaense-SP); Anderson (ex-Esteghlal Tehran, do Irã) e Taubaté (ex-Corinthians)

Time-base (4-4-2): Márcio, Edmar, Gustavo Bastos (Cris ou Daniel Horst) e Marquinhos e Paulinho; Gil Baiano, Tiago Ulisses, Vinícius e Émerson (Paulo Júnior); Luís Ricardo (Félix) Talles Cunha (Taubaté ou Anderson). Técnico: Lori Sandri

Na história do Paulistão, o Botafogo de Ribeirão Preto possui relação estreita com o Corinthians. Seu principal feito na competição foi ser vice-campeão em 2001, numa final ante o Timão, com gol de falta de Marcelinho Carioca. Depois daquela decisão, os destaques da equipe Doni (goleiro), Luciano Ratinho (meia-atacante) e Leandro (atacante que depois ficaria marcado no São Paulo) trocaram o estádio Santa Cruz pelo Parque São Jorge.
Outra coincidência corintiana na história do Fogão Caipira está em seu maior ídolo. Sócrates, um dos principais jogadores da história do Corinthians, é cria das categorias de base do Tricolor - tal qual o seu irmão Raí, que também faria história no Tricolor da capital. Pelo Botafogo, o Doutor foi artilheiro do Paulistão em 1976 (com 15 gols) e conquistou o primeiro turno do campeonato.
Nesta temporada, o Bota trouxe de volta o treinador de 2001, Lori Sandri, que estava no Noroeste desde o ano passado. Para repetir a campanha da primeira passagem, Lori conta com o experientes Márcio, goleiro criado no São Paulo, e Marquinhos, zagueiro revelado no Corinthians ; além dos reforços do beque Daniel Horst, que jogou no Lobos de Buap do México, e dos atacantes Félix e Anderson, vindos do futebol húngaro e iraniano.
Contudo, para o torcedor botafoguense basta vencer o rival Comercial, que agora está de volta.

Bragantino

Fundação: 8 de janeiro de 1928

Cidade: Bragança Paulista (a 83 km da capital paulista)

Estádio: Nabi Abi Chedid (13.212 lugares)

Mascote: Leão

Em 2011: 15º colocado

Destaque: Giancarlo

Fique de olho: Romarinho

Capitão: André Astorga

Contratações: Goleiros: Paulo (ex-River Plate-SE) e Rafael Santos (Corinthians)
Lateral-direito: Victor Ferraz (ex-Vila Nova-GO)
Zagueiros: Petterson (ex-Independente de Limeira); Murilo Gomes (ex-Karpaty, da Ucrânia)
Volantes: Cambará (ex-Paraná) e Serginho (ex-Paraná)
Meias: Fernando Gabriel (ex-Figueirense); Wellington (ex-Paraná) e Maurício Saucedo (ex-Vitória de Guimarães-POR)
Atacantes: Paulo Roberto (volta de empréstimo do Nanchang Hengyuan, da China); Giancarlo (ex-Paraná) e Daniel Gibi (ex-Maltes-POR)

Time-base (3-5-2): Alê (Rafael Santos), Murilo Henrique, André Astorga e Murilo Gomes; Victor Ferraz, Serginho , Cambará, Fernando Gabriel (Saucedo) e Franklin; Romarinho (Paulo Roberto ou Léo Jaime) e Giancarlo. Técnico: Marcelo Veiga

O Bragantino, que também atende pela alcunha de Massa Bruta, é daqueles clubes do interior que costumam dar trabalho aos grandes.
Em 1990, viveu a melhor fase de sua história de 84 anos, com a taça do Paulistão e o vice-campeonato brasileiro. Tal time era treinado pelo então iniciante Vanderlei Luxemburgo. Em seu esquadrão jogavam o goleiro Marcelo Martelotte, que treinou o Santos interinamente de 2010 a 2011; o lateral-direito/volante Gil Baiano, que possuía um petardo nos pés; o zagueiro Nei Pandolfo, que hoje é gerente de futebol do Santos e antes foi assistente de Luxa no Peixe;  o meia-esquerda João Santos, o atacante Tiba, autor do gol do título contra o Novorizontino e atual treinador do Araguaína (clube pelo qual se aposentou), e o tetracampeão Mauro Silva, que também brilhou nos anos 1990 por Palmeiras e Deportivo La Coruña-ESP
O atual técnico Marcelo Veiga, entre idas e vindas, dirige o Braga desde 2004. De lá para cá, acumulou alguns feitos com o clube. Subiu para A1 do Paulistão em 2005, foi à semifinal da competição dois anos depois (com equipe que tinha o goleiro Felipe, o zagueiro Cadu e o volante Moradei, todos, na sequência, contratados pelo Corinthians), e ano passado por pouco não voltou à elite do futebol nacional, ficando na 6º posição da Série B, com 58 pontos, a três do quarto colocado Sport, que conseguiu o acesso.
Com elenco reformulado, a principal novidade do alvinegro é o retorno do atacante Paulo Roberto, que também atua improvisado na lateral-canhota e passou os últimos quatro meses no chinês Nauchang Bayi.

Comercial


Fundação: 10/10/1911

Cidade: Ribeirão Preto (a 313 km da capital paulista)

Estádio: Palma Travasos (15.360 lugares)

Mascote: Leão (um dos apelidos do clube é Leão do Norte)

Em 2011: 4º colocado da Série A2 

Destaque: Romerito

Fique de olho: Fernando Gaúcho

Provável capitão: Romerito ou Fabão

Time-base (4-4-1-1): Alex, Sidny (Marcelo Ferreira), Fabão, Rafael Tavares (Marcel) e Rossato; Jordã (Vágner), André Bilinha, Carlos Magno, Luiz Augusto (Thiago Gallardo) e Romerito; Fernando Gaúcho (ou Elionar Bombinha). Técnico: Márcio Fernandes

Contratações: Goleiro: André Luiz (ex-Santo André-SP) 
Zagueiros: Leandro Camilo (ex-Paysandu), Júnior (ex-Ji-Paraná-RO) e Fabão (ex-Henan Jianye-CHI) 
Laterais: Cleidson (ex-Itumbiara-GO) e Sidny (ex-Paysandu) 
Meias: Romerito (ex-Sport-PE), Luis Augusto (ex-Bragantino), Carlos Magno (ex-Boa Esporte) e Thiago Galhardo (ex-Botafogo-RJ) 
Atacantes: Fernando Gaúcho (ex-Santa Cruz-PE), Cristiano (ex-Ipatinga-MG), Elionar Bombinha (ex-Incheon United-COR) e Gustavo Rosa (ex-Ji-Paraná-RO)

Uma das maiores rivalidades do futebol paulista está de volta. Com o acesso do Comercial à Série A1 do Paulistão no ano anterior, poderemos ter o privilégio de assistir, novamente, ao famigerado Come-Fogo. À parte o fato de estarem afastados da elite do futebol paulista desde 1986, os comercialinos tiveram de aguentar a “tiração de sarro” dos seus rivais tricolores, que acumularam alguns bons feitos durante estes 25 anos.
Portanto, a meta do Bafo – como carinhosamente é chamado por seus torcedores -, além de vencer o Botafogo no super clássico de Ribeirão Preto, é permanecer na Primeira Divisão. Para isso, deposita as suas fichas no lateral-direito Sidny, ex-Náutico e que estava no Paysandu; nos gols de Fernando Gáucho; e na experiência do meia Romerito, campeão da Copa do Brasil pelo Sport, e do zagueiro Fabão, campeão Mundial Interclubes e da Libertadores pelo São Paulo.

Guarani


Fundação: 2/4/1911

Cidade: Campinas (a 96 km da capital paulista)

Estádio: Brinco de Ouro da Princesa (32.453 lugares)

Mascote: Índio

Em 2011: Vice-campão da Série A2  

Destaque: Fumagalli

Fique de olho:  Max Pardalzinho e Fabinho

Provável capitão: Wellington Monteiro

Contratações: Zagueiros: André Leone (ex-Fortaleza); Domingos (ex-São Caetano) e Rodrigo Arroz (ex-Grêmio Barueri-SP) 
Laterais: Cláudio Allax (ex-Paysandu); Oziel (ex-Goiás) e Bruno Recife (ex-São Caetano) 
Volantes: Wellington Monteiro (ex-Linense); Bruno Ferraz (Consadole Sapporo-JAP), Danilo Alves (ex-Sport), Fábio Bahia (ex-Goiás) e Willian Favoni (ex-São Caetano) 
Meias: Fumagalli (ex-Americana), Danilo Sacramento (ex-Grêmio Barueri) e Fabrício (ex-América-MG) 
Atacantes: Ronaldo (ex-Portuguesa) e Max Pardalzinho (ex-Palmeiras)

Time-base (4-4-2): Emerson, Oziel, Domingos, Rodrigo Arroz (André Leone, Aislan ou Éwerton Páscoa) e Bruno Recife; Wellington Monteiro, Wilian Favoni (Fábio Bahia), Danilo Sacramento (Renato ou Rafael Ipuã) e Fumagalli; Max Pardalzinho (Fabinho) e Ronaldo. Técninco: Osvaldo Alvarez (Vadão)

Ainda que nunca tenha faturado um título estadual, o Guarani é um time de muita história no futebol paulista. No entanto, há tempos não demonstra no campeonato estadual toda esta tradição .
A última boa atuação do Bugre no Paulistão foi em 2003. De lá pra cá, já sofreu com dois rebaixamentos: em 2006 e 2009 (isso para não falar em outros torneios em que o Alviverde despencou para divisões inferiores). Em 2011, o Guarani retornou à Primeira Divisão e para não repetir os recentes fracassos, a equipe de Vadão se reforçou com jogadores experientes: os zagueiros André Leone, ex-Goiás e Fortaleza, Rodrigo Arroz, cria do Flamengo, e Domingos, do Santos; o volante Wellington Monteiro, campeão Mundial com o Internacional em 2006; e o meia-atacante Fumagalli, que atuou no clube de 2000 a 2001 e fez louvável campanha com a Americana (atual Guaratinguetá), na disputa da Série B do Brasileirão de 2011.

Ponte Preta

Fundação: 11/8/ 1900

Cidade: Campinas (a 96 km da capital paulista)

Estádio: Moisés Lucarelli (19.728 lugares)

Mascote: Macaca

Em 2011: 6º colocado

Destaque: Renato Cajá

Fique de olho: Márcio Diogo

Provável capitão: Lauro

Contratações: Goleiro: Lauro (ex-Internacional) 
Zagueiro: Gian (ex-Avaí) 
Lateral: Cicinho (ex-Brasiliense) 
Volantes: Willian Magrão (ex-Grêmio); Agenor (ex-Atlético-GO); Sandrinho (ex-Botafogo-SP) 
Meia: Enrico (ex-Vasco e Ceará) 
Atacantes: Leandrão (ex-ABC); Rodrigo Pimpão (ex-Vasco); Maranhão (ex-Vitória de Gumarães-POR); Charles (volta de empréstimo do Red Bull)

Time-base (4-4-2): Lauro, Cicinho (Guilherme), Gian (Wescley), Ferron e Uendel; Agenor (João Paulo Silva ou Gérson), William Magrão, Caio e Renato Cajá (Enrico); Márcio Diogo (Rodrigo Pimpão) e Leandrão. Técnico: Gilson Kleina

A centenária Macaca teve sua principal partida no Paulistão em 1977. Trata-se da final histórica (em três injustos confrontos, por nenhum deles ter acontecido na casa da Ponte) que teve como campeão o Corinthians, com o famoso gol de Basílio, aos 36 minutos da segunda etapa, em um Morumbi abarrotado por mais de 86 mil torcedores.
 A Ponte Preta atual não é tão boa quanto aquela que possuía Dicá, Lúcio, Rui Rei e Tuta compondo sua linha de frente; porém, sem dúvida, é o candidato do interior mais qualificado desta edição.
O time conquistou o acesso à elite do futebol nacional em 2011 e, neste ano, manteve a base montada por Gilson Kleina. Além disso, bons reforços – William Magrão, Agenor, Enrico e Leandrão - chegaram para qualificar ainda mais o elenco, que utilizará a competição como preparação para a disputa da Primeira Divisão do Brasileirão, que começa dia 20 de maio. 
O problema da equipe permanece sendo a zaga. Gian, que caiu com o Avaí ano passado, foi contratado, mas a diretoria admite que esta atrás de outro zagueiro. Já há um bom tempo, Digão, do Fluminense, é a bola da vez no Moisés Lucarelli. A melhor participação do alvinegro campineiro no Paulistão foi em 2008, quando perdeu a final para o Palmeiras, com um 5 a 0 no jogo da volta, no Palestra Itália.


Foto: Agência Estado


2 comentários:

  1. Só uma correção sobre o Botafogo: Ele foi campeão Paulista do primeiro turno em 1977, torneio que recebeu simbolicamente o nome de Taça Cidade de São Paulo.

    E atualizando: O clube contratou o meia Camilo, ex-Cruzeiro e o atacante André Dias, que também passou pelo clube mineiro, além de Vasco e América-MG.

    E não somos o "Fogão Caipira", somos apenas "Fogão". Não somos caipiras, por mais que insistam. :P

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  2. Obrigado pela correção e atualização das contratações do Botafogo, Vinicius!

    Não havia me atentado a este erro, agora devidamente corrigido por você. Esqueci de completar a frase com um “em 1977” no final. Porque o Magrão não foi artilheiro e campeão do Paulistão no mesmo ano. A primeira honraria ele alcançou em 1976; a segunda, em 1977.

    Aliás, esta mesma edição do Paulistão foi citada no texto da Ponte Preta, por conta da histórica decisão que o time de Campinas fez contra o Corinthians, que acabou com o jejum de 23 anos. Inclusive, o regulamento deste Paulistão era dos mais complicados. A segunda fase da competição, também vencida pelo alvinegro (contra o Palmeiras), foi chamada de Taça Governador do Estado de São Paulo. Os campeões da primeira e segunda fase (Botafogo e Corinthians) se juntaram aos seis melhores nas duas etapas (São Paulo, Ponte Preta, Santos, Guarani e Lusa) e dividiram-se em dois grupos. Os dois primeiros de cada grupo (Ponte Preta e Corinthian) fizeram a decisão daquele ano, em três jogos no Morumbi, com três belíssimos públicos (65.806, 138.032 e 86.677 pagantes). O segundo confronto, que ao todo teve 146.083 pessoas, é o maior público da história do futebol de São Paulo.

    Ah, e com relação ao “Fogão Caipira”, se você que é de Ribeirão Preto está falando, tudo bem, eu aceito. Mas foi apenas uma maneira carinhosa de diferenciá-lo do seu homônimo carioca – huahua.

    Brincadeiras à parte, grande abraço, Vinicius! E, mais uma vez, obrigado pelos toques!

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