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Guia do Campeonato Paulista 2012 - Parte 4

Diego Henrique de Carvalho
Futebol Paulista

Neste sábado começa o Paulistão 2012. E não teria forma melhor de recebê-lo senão apresentando os cinco principais concorrentes ao caneco. Cada um deles com motivações diferentes e chances maiores ou menores. Os atuais campeões e vice devem priorizar a disputa da Libertadores. Com isso, o São Paulo tem tudo para despontar como o grande favorito. O desacreditado Palmeiras e a embalada Lusa tentarão surpreender.


Corinthians


Fundação: 1º de setembro de 1910

Cidade: São Paulo

Estádio: Pacaembu (37.952 lugares)

Mascote: Mosqueteiro

Em 2011: Vice-campeão

Destaque: Liedson e Alex

Fique de olho: Chen Zhizhao, o primeiro chinês a jogar num grande clube brasileiro

Capitão: Alessandro

Contratações:  Goleiro: Cássio (ex-PSV-HOL)
Zagueiro: Felipe (ex-Bragantino)
Meia: Vítor Júnior (ex-Atlético-GO);
Atacantes: Bill (volta de empréstimo do Coritiba); Gilsinho (ex-Júblio Iwata-JAP); Chen Zhizhao (Nnchang Hengyuan-CHI), Élton (ex-Vasco)

Quem saiu: Goleiro: Renan (Vitória)
Meia: Morais (Bahia)

Time-base (4-2 3-1): Júlio César, Alessandro, Paulo André (Chicão), Leandro Castán  e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex; Émerson Sheik, William e Liedson. Técnico: Tite


O episódio mais marcante do Corinthians nas páginas do Campeonato Paulista é, sem dúvida, a decisão com a Ponte Preta em 1977. Em três partidas no Morumbi, nas três vezes abarrotado (o segundo confronto com o maior público da história do futebol paulista: 138.032 pagantes e 146.083 pessoas no total), o Timão encerrou o jejum de 23 anos com o histórico gol do predestinado Basílio, aos 36 minutos do segundo tempo.

Depois disso, além do campeonato de 2009 vencido de forma invícta com Ronaldo, as edições de 1982 e 1983 foram as que se destacaram para o clube que mais vezes venceu a competição (26 vezes). O time da Democracia Corintiana, liderado por Socrates, bateu o São Paulo nos dois anos, foi bi, e só não foi tri porque, no ano seguinte, o Santos de Serginho Chulapa não permitiu.

E é inspirado pelo Doutor, que se despediu no 4 de dezembro de 2011 em que o Corinthians foi pentacampão nacional, que os comandados de Tite tentarão o vigésimo sétimo título estadual. O principal reforço conseguido pela diretoria foi a manutenção do elenco campeão brasileiro. Não houve baixas no time titular e, para o banco, chegou o centroavante Élton, que se destacou no ano passado na bela temporada que fez o Vasco. 

Porém, durante o andar da carruagem corintiana, a rota do Paulistão pode ser deixada de lado, em privilégio do tão desejado título da Libertadores.


Palmeiras 


Fundação: 26 agosto de 1914

Cidade: São Paulo

Estádio: Pacaembu (37.952 lugares)

Mascote: Periquito

Em 2011: 3º colocado

Destaque: Valdívia

Fique de olho: Hernán Barcos

Capitão: Marcos Assunção

Contratações: Goleiro: Bruno (estava emprestado para a Portguesa)
Laterais: Juninho (ex-Figueirense)
Zagueiros: Román (ex-River Plate-ARG)
Meias: Daniel Carvalho (Atlético-MG)
Atacante: Hernán Barcos (LDU-EQU)

Quem saiu: Goleiro: Marcos (se aposentou)
Lateral-esquerdo: Gabriel Silva (comprado pela Udinese-ITA e emprestado ao Granada-ESP)
Volante/ lateral-esquerdo: Rivaldo (Sport)
Atacantes: Kleber (Grêmio) e Dinei (Vitória)

Time-base (4-2-3-1 ou 4-4-2): Deola; Cicinho, Henrique, Román (Leandro Amaro ou Thiago Heleno) e Juninho; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Valdívia; Maikon Leite (Daniel Carvalho), Luan e Barcos. Técnico: Luiz Felipe Scolari


Entra ano e sai ano, o Palmeiras continua sendo motivo de chacota por parte dos rivais. E existem duas respostas para isso: a quilométrica fila sem títulos e a sequência de eliminações vexatórias, tais como as da Sul-americana e da Copa do Brasil de 2010, respectivamente diante de Goiás e Coritiba sendo, a última, resultado de um humilhante 6 a 0.  Neste 2012, surgiu uma terceira, tão preocupante quanto as anteriores: o time é mais fraco do que o do ano passado.

E é por isso que, ainda com a confiança abalada e os nervos à flor da pele, apostar no Verdão é atirar no escuro.  O lado positivo que se pode encontrar na aposentadoria de Marcos e na saída de Kleber, é que são dois a menos para dar declarações efusivas após as derrotas e criar um turbilhão de encrencas no grupo. Todavia, no Parque Antartica ainda habitam o treinador Luiz Felipe Scolari e o meia Valdívia, que são as grandes referências palestrinas, mas, ao mesmo tempo, "falam mais do que a boca".

A propósito, é na recuperação do chileno que Felipão aposta a maior parte de suas fichas neste ano. As outras, são depositadas na recuperação física de Daniel Carvalho e nos gols do argentino que estava na equatoriana LDU, Hernán Barcos. Pedro Carmona, após o gol da vitória no amistoso contra o Ajax, pode sair. Segundo notícia divulgada no Tiwtter do jornalista Eduardo de Meneses, da Espn Brasil, o apoiador tem proposta do futebol asiático e não foi relacionado para a estreia deste domingo, contra o Bragantino, em Bragança Paulista.

Enfim, se aproximar dos tempos da Acadêmia, em que o Palmeiras, de Ademir da Guia, travava espetaculares embates com o Santos, de Pelé, nos Paulistões das décadas de 1960 e 1970, é utopia. Agora, acreditar em título, é primeiro torcer para que Santos e Corinthians foquem na Libertadores e se esqueçam do estadual. Em um segundo plano, ser esperançoso como o verde que veste.


Portuguesa

Fundação: 14 de agosto de 1920

Cidade: São Paulo

Estádio: Canindé (21.004 lugares)

Mascote: Leão

Em 2011: 6º colocado

Destaque: Edno

Fique de olho: Rafael Oliveira

Capitão: Marcelo Cordeiro

Contratações: Goleiros: Rodrigo Calaça (ex-Sport), Douglas Lima (ex-Itaúna-MG)
Zagueiro: Gustavo (ex-Lecce-ITA)
Volantes: Léo Silva (ex-Americana)
Meias: Maylson (ex-Portuguesa)
Atacante: Rafael Oliveira (ex-Paysandu), Vandinho (Al Arabi-Qatar), Wilson Júnior (ex-Coritiba), Tartá (ex-Fluminense), Rodriguinho (ex-Fluminense); Ananias (ex-Bahia)

Quem saiu: Goleiros: Bruno (retornou ao Palmeiras) e Lucio (Marcílio Dias)
Zagueiro: Mateus (Cruzeiro)
Laterais-esquerdo: Romano (emprestado ao Ceará) e Fabinho (Internacional)
Volantes: Ademir Sopa (emprestado ao Linense), Ceará (emprestado ao Paranavaí)
Meia: Marco Antônio (Grêmio), Ivo (Icheon United-COR)
Atacantes: Danilo (emprestado ao Paranavaí) e Ronaldo (Guarani)

Time-base (4-2-3-1): Wéverton; Luís Ricardo, Leandro Silva, Renato (Rogério ou Gustavo) e Marcelo Cordeiro; Ferdinando (Léo Silva ou Boquita), Guilherme, Henrique e Edno; Rodriguinho e Rafael Oliveira (Vandinho). Técnico: Jorginho


Desde a primeira edição do Campeonato Paulista em 1902 (que teve o São Paulo Athletic como vencedor), a Portuguesa foi campeã apenas três vezes: 1935, 1936 e 1973. A última delas dividindo a conquista com o Santos, de Pelé. Tudo por conta de uma antológica trapalhada do árbitro Armando Marques, que contou os pênaltis errado, após a decisão terminar sem gols durante o tempo regulamentar.

Desde então, a campanha mais vistosa da Lusa foi em 1985, quando o atual treinador Jorginho, na armação do time que tinha na zaga Luís Pereira, liderou a primeira fase, derrotou a Ferroviária nas semifinais, porém deixou a taça escapar na decisão, contra o esquadrão são-paulino de Zé Teodoro, Darío Pereyra, Falcão, Pita (que era reserva), Silas, Muller e Careca.

Em 2012, a Portuguesa tem umas das grandes chances dos últimos anos de poder repetir uma campanha como essa ou, quem sabe, ser campeã após 39 anos. Para isso, o presidente Manuel da Lupa se esforçou para manter a base campeã da Série B do Brasileiro de 2011 que, pelo futebol vistoso, recebeu a alcunha
de "Barcelusa", em comparação ao espanhol Barcelona, considerado o melhor time do mundo.

As baixas da equipe titular foram as saídas do zagueiro Mateus (para o Cruzeiro) e, sobretudo, do capitão Marco Antônio (para o Grêmio). Ainda assim, o meia Guilherme, cobiçado pelo Corinthians, ficará para a disputa do Paulistão. O destaque da Barcelusa é Edno, que parece ter nascido para jogar no Canindé.



Santos



Fundação: 14 de abril de 1912 
Cidade: Santos (a 85 km da capital paulista)

Estádio: Vila Belmiro (21.256 lugares)

Mascote: Baleia

Em 2011: Campeão

Destaque: Neymar

Fique de olho: Fucile

Capitão: Edu Dracena

Contratações: Lateral-direito: Jorge Fucile ([URU] ex-Porto-POR)  

Quem saiu: Zagueiro: Bruno Aguiar (Sport) 

Time-base (4-3-1-2): Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Henrique, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges. Técnico: Muricy Ramalho


 Nas décadas de 1960 e 1970 não teve quem jogasse mais bola no estado de São Paulo do que o Santos. De 1958 a 1973, Pelé e cia. trouxeram dez dez taças do Paulistão para a sala de troféus da Vila Belmiro. Na primeira conquista, vencendo 29 vezes em 38 partidas, nas quais o Alvinegro marcou incríveis 143 gols, sendo 58 do Rei.

Na contemporaneidade, os atuais bicampeões paulista se não vivem um momento mágico como esse, possuem Neymar e Ganso e são tidos como os donos do melhor futebol do Brasil. Seria do mundo, não fosse Messi e o Barcelona, na decisão do Mundial Interclubes no final do ano passado.

E aí mora a imprevisibilidade do que fará o Peixe neste Paulistão. O trauma após a "aula de futebol" ministrada pelo time catalão é realidade, além da anunciada prioridade que será dada a disputa da Libertadores da América, torneio do qual o Santos também é o atual campeão.

A base que terminou o ano passado foi mantida e do time titular só saiu o lateral/volante Danilo, que jogou o Mundial Interclubes e a segunda metade do Brasileirão já negociado com o Porto. Do próprio clube português chegou o seu substituto: o lateral da Seleção Uruguaia, Jorge Fucile.


São Paulo



Fundação: 16 de dezembro de 1935

Cidade: São Paulo

Estádio: Morumbi (67.428 lugares)

Mascote: Santo São Paulo

Em 2011: 4º colocado

Destaque: Lucas e Luís Fabiano

Fique de olho: Paulo Miranda, Cortês e Jadson

Capitão: Rogério Ceni

Contratações:   Zagueiros: Edson Silva (ex-Figueirense); Paulo Miranda (ex-Bahia)
Laterais: Bruno Cortês (ex-Botafogo)
Volantes: Fabrício (ex-Cruzeiro), Juninho (ex-Los Angeles Galaxy-EUA)
Meia: Maicon (ex-Figueirense), Jadson (ex-Shaktar Donetsk-UCR)

Quem saiu: Zagueiro: Xandão (Sporting-POR)
Volantes: Jean (Fluminense) e Carlinhos Paraíba (Omiya Ardija-JAP)
Meia: Rivaldo (Kabuscorp-ANG)
Atacante: Dagoberto (Internacional).

Time-base (4-4-2): Rogério Ceni; Píris, Rodholfo, Paulo Miranda e Cortês; Wellington, Fabrício, Cícero e Jadson; Lucas e Luís Fabiano. Técnico: Émerson Leão


No Paulistão, o São Paulo viveu seu maior período na fila de 1957 a 1970, devido aos investimentos da diretoria para a construção do Morumbi, em detrimento da aquisição de reforços para equipe. Boa parte dos seus títulos estaduais vieram depois disso. Nos anos 1980, se iniciou a rivalidade com o Corinthians que ganhou proporções ainda maiores no novo século. Em 1982 e 1983 perdeu duas decisões para o democrático Corinthians de Sócrates. 

Em 1991 e 1998, o Tricolor deu o troco. No segundo, com o irmão do Doutor, o Rei Raí (como a torcida carinhosamente o chamava), voltando de Paris para jogar apenas a decisão, marcar o seu e ser campeão em cima do rival. Na atualidade, o São Paulo busca recuperar os recentes momentos de glória.

Para isso, o presidente Juvenal Juvêncio acredita que faltam jogadores aguerridos, que chamem a responsabilidade. Nesta linha, promoveu a manuntenção do enérgico - e quase sepre autoritário - treinador Emerson Leão, que em 2005 faturou o estadual pelo clube; além de trazer o volante Fabrício, que ilustra o perfil desejado.

Com as melhores contratações entre os cinco grandes paulistas (Paulo Miranda, e os selecionáveis de Mano Menezes, Cortês e Jadson) e a possibilidade de "desistência" dos dois adversários que disputarão a Libertadores (Santos e Corinthians), o Tricolor é o principal favorito ao caneco. No entanto, o êxito do time passa pelos seus dois principais atletas, que não estiveram bem em 2011: Lucas e Luís Fabiano.


Foto: Globoesporte.com

2 comentários:

  1. Sim, sim: vamos que vamos no Paulistão, que começou neste último final de semana com tropeços de Santos e Lusa!

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