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Um jogo épico

Getty Images
Leonardo Martins
Tênis

Foi um jogo que entrou para a história do tênis, um jogo sensacional, inimaginável, enfim, não há palavras para descrever o que fizeram os dois maiores tenistas do momento, Novak Djokovic, o sérvio número 1 do mundo, e Rafael Nadal, o espanhol número 2, na final do Australian Open. Foram longas quase 6h de jogo que consagraram Djokovic como o novo rei do tênis em uma vitória por 3 sets a 2. O Sérvio faturou o bicampeonato na Austrália.

Eram 7h45 da noite em Melbourne quando o jogo começou e os dois tenistas iniciaram o jogo de forma cautelosa, trocando muitas bolas e games demorados. Logo no quinto game, Nadal conseguiu a quebra de saque, mas que foi devolvida três games depois. O espanhol foi mais seguro no set, parecendo que reverteria o rótulo de freguês do sérvio. A quebra decisiva para o set, pró-Nadal, aconteceu no 11º game, cabendo ao espanhol sacar para fechar em 7/5. E já foram 1h20 de jogo neste primeiro set.

Mas as coisas começaram a virar para o atual campeão no segundo set, pois Djoko começou a apresentar o tênis que o fez chegar ao topo do mundo, com golpes firmes e aproveitando os poucos erros do espanhol. Por isto, a partida foi equilibrada neste set, mas o sérvio conseguiu a quebra decisiva para o set logo no quarto game, depois só foi administrar o saque até empatar o jogo ao fechar o set em 6/4.

A derrota no segundo set, fez com que o número 2 do mundo se entregasse fácil e Djokovic passeou em quadra, conseguiu duas quebras, uma no quarto e outra no oitavo game para virar o jogo ao fechar o terceiro set em fáceis 6/2. Parecia que o jogo não duraria muito e Djoko passearia no quarto também, como fez em outras finais contra Nadal em 2011.

Já passavam das 3h de jogo e quase 11h da noite em Melbourne quando começou o quarto set. Mas Nadal, com uma garra impressionante, voltou para o jogo e evitou a surra que Djoko prometia após o terceiro set. Os dois tenistas iniciaram o jogo de alto nível que todos esperavam, com ótimas trocas de bolas e golpes firmes. Um destaque negativo foi para a atuação dos juízes de linha, erraram algumas marcações que irritavam os dois tenistas.

Voltando ao jogo, aconteceu de tudo, até começou a chover. Quando o relógio marcava 4h de jogo e o set estava empatado em 4 games para cada tenista, o jogo foi interrompido por 10 minutos para que se fechasse o teto da quadra Rod Laver e o jogo continuou com teto coberto. Depois da parada, o jogo continuou equilibrado e os dois tenistas jogando em alto nível. Diante deste aspecto, o tiebreak definiria o vencedor do set e foi isto que aconteceu.

No game desempate, os dois tenistas tiveram a chance de ganhar, Nole chegou a ficar dois pontos do título, mas viu Nadal virar o game e ganhar por 7/5. O quinto set era uma realidade e a torcida que acompanhava o jogo em Melbourne e no mundo, pela TV, ficavam maravilhados com o espetáculo proporcionado pelos dois tenistas.

E já eram 4h40 de jogo e Novak Djokovic, certamente, passaria a marca do jogo da semifinal contra Andy Murray, que durou 4h53, dois dias antes. Com, praticamente, 10h 7em quadra em dois dias, Djoko começou a sentir a maratona e iniciou o derradeiro set com enormes dificuldades perante o cansaço. Nadal, nitidamente, mais inteiro, começou dominando o set. O espanhol teve o jogo nas mãos quando quebrou o saque em 4/2 e sacaria para confirmar 5/2, mas foi a vez de Djokovic superar as adversidades e devolver a quebra no game seguinte. A essa altura já estávamos com 5h25 de jogo e os dois tenistas com mais vontade do que técnica.

Se não houvessem mais quebras o jogo continuaria, já que o 5º set do Australian Open não apresenta o tiebreak, mas o número 1 tratou de acabar o jogo com uma quebra no 11º game e a confirmação do título no game seguinte com um 7/5. E assim encerrou uma batalha de 5h53, que entrou para a história do tênis como a final mais longa de um Grand Slam.

Foi uma batalha onde o esporte ganhou. O sérvio conseguiu algumas marcas com essa vitória. Foi o terceiro título de Grand Slam seguido e, curiosamente, as três sobre o espanhol, a sétima vitória consecutiva sobre Nadal, o terceiro título em Melbourne e o segundo título seguido. O Djoko consegue se consolidar, mais ainda, como, o maior nome do tênis mundial no momento e devemos, também, parabenizar Nadal pelo exemplo de garra e força apresentados no jogo de hoje.

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