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Quando o meio justifica o fim

Luís Felipe Barreiros
Futebol carioca

Sei que meu tema aqui na Leitura Esportiva é falar sobre o futebol carioca, mas, hoje, irei falar sobre um assunto que envolve também os times das demais regiões do Brasil: o não pagamento.

Motivo principal das crises existentes no futebol verde-amarelo, a falta de pagamento é um dos assuntos mais chatos e complicados de se falar quando se trata do seu time. Principalmente, quando envolve o ídolo - eu disse ídolo e, não jogador da moda - do seu time.

Constantemente noticiadas, as especulações do times estrangeiros sobre os jogadores que fizeram ou fazem sucesso na temporada nacional são uma grande dor de cabeça para os torcedores. São criadas campanhas nos estádios, redes sociais e, se deixarem, até acampam no jardim da casa do atleta. Mas, isso é determinante? Se o jogador não ficar, é um desrespeito aos amantes do futebol e 'ex-amantes' do 'ex-craque'?

É normal ouvir que alguém é mercenário por ter saído de um clube brasileiro que era idolatrado e foi jogar na Europa. Eu já fiz isso. Mas, após entender um pouco mais do que se passa, fico pensando 'será que realmente vale à pena ficar em um clube onde não te pagam há meses 'só' pelo fato de ser o grande craque daquela equipe?' Não, a resposta é não.

Não acredito que seja bom para qualquer pessoa que queira uma vida - sim, precisamos de dinheiro para ter uma vida - luxuosa e bastante 'aproveitável' trabalhar em um lugar onde não recebe o que tem para receber - não vou dizer que merece a quantia que recebe, mas, essa é outra história - só porque as pessoas gostam dela e querem que ela fique. Afinal, no caso de jogador de futebol, gostam pois ele faz um bom trabalho e, está certo ficar fazendo um trabalho acima da média e não receber por isso? É claro que existem os mercenários que só pensam em dinheiro e querer receber cada vez mais e mais, porém, continuo acreditando que a maioria não seja assim.

Então, quando o seu ídolo sair do seu clube e estiver envolvido no caso acima descrito, continue chamando-o de ídolo, afinal, ele agiu como qualquer pessoa agiria.

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